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A graça de abandonar o erro

Da edição de junho de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Abandonar as falsas crenças! Superar as próprias faltas! Perdoar inimizades! Perdoar a si mesmo! Apagar lembranças tristes e sacrificar a crença na realidade de tudo o que não é bom!

Que sensação de bem-estar nos sobrevém ao entoarmos a canção da totalidade do Amor divino! Mas como podemos libertar-nos das lutas e provações passadas? Como podemos extingui-las em vista de sua inutilidade?

A Ciência Cristã ajuda-nos a obter a capacidade de abandonar com graça uma mórbida fixação no passado e ter uma visão mais ampla do que está realmente acontecendo. A necessidade de corrigir erros, de reparar onde for necessário, é inevitável. Quando tal for feito, estaremos prontos para aceitar a mensagem divina de que nossos erros nunca foram verdadeiros porque nunca acontecerem no reino do Espírito. Na totalidade do bem infinito, o mal nunca foi nem um pouco real. O mal foi e é erro, um falso estado de pensamento, assim como um sonho. O único valor do sofrimento é o de que o erro provocado é a nossa oportunidade de despertar do sonho para a realidade espiritual.

Como em cada experiência se aprende uma lição, aquele acontecimento preencheu sua finalidade; portanto, já não é necessário, e podemos parar de insistir nele. Os acontecimentos diários não têm significado permanente, exceto se incluem o aparecimento de conceitos mais elevados, os quais, por sua vez, são necessários para desfazer as falsidades. O viver diário é útil como um instrumento de aprendizagem — como um passo no sentido de se perceber com mais clareza a presença eterna do amor de Deus e o nosso verdadeiro lugar nEle. O mais elevado valor dos desafios consiste em purificar os nossos motivos, elevando-os acima da simples busca de uma melhora humana até o desejo de ficarmos livres da escravidão do sonho da mortalidade.

Basicamente o que se faz necessário para abandonar crenças materialistas mortas é a intimidade com o fato espiritual, que o erro pretende esconder. Encontramos um exemplo na natureza quando as folhas mortas caem devido à pressão do novo broto, e o florescimento cede lugar ao desenvolvimento do fruto que desponta. Assim acontece conosco. Os brotos dos novos e renovados conceitos espirituais expulsam as limitações ultrapassadas. A Sra. Eddy esclarece toda esta perspectiva: “À medida que as pegadas toscas do passado desaparecerem das veredas que no presente se vão desfazendo, compreenderemos melhor a Ciência que governa essas mudanças, e assentaremos os pés em solo mais firme.” Ciência e Saúde, p. 224.

Os falsos traços pessoais que acreditamos sejam nossos, às vezes impedem que abandonemos a crença num passado discordante. Por exemplo, é difícil sacudir as recordações quando persistimos constantemente nos sentimentos de gratificação pessoal, enfatizando o passado. O orgulho inflado ou a altivez da importância própria fariam encolher nossa gratidão a Deus e obscurecer nossa percepção espiritual do que é realmente importante e duradouro. E condenar a si próprio pelos erros passados é realmente o outro lado da mesma moeda dos motivos egotísticos. Quando, por meio do progresso na Ciência Cristã, descobrimos nosso verdadeiro motivo — expressar Deus e obedecê-Lo antes de tudo o mais — rompe-se a prisão das infelicidades passadas e podemos deixá-las irem-se.

Outra falácia que pretende nos aprisionar a dias ultrapassados é o apego a algum resultado obstinadamente delineado que não aparece. Talvez indaguemos: “Por que isto acontece quando tenho me dedicado tanto à verdade? Fiz tudo que sabia a fim de resolver este problema. Se Deus é todo o poder, por que não tive êxito?” A resposta está em que na Ciência não estamos procurando espiritualizar a matéria ou a existência material, mas vê-las como irreais e assim descobrir que nossa única existência é a espiritual. Com esta perspectiva espiritual mais elevada podemos ver o efeito transformador do poder de Deus. Quando nosso motivo é modificar as aparências externas — quando estamos tentando melhorar a matéria doente — misturamos o irreal com o real e assim não obtemos o verdadeiro conceito de saúde. Problemas insolúveis pedem-nos o reconhecimento de que o erro a ser expungido nunca foi real e que as lições a serem aprendidas são valiosas oportunidades de crescimento.

Após a ressurreição, Cristo Jesus deu um nítido exemplo de esquecimento científico. Alcançou dois de seus discípulos que caminhavam para a aldeia de Emaús. Eles não reconheceram o Mestre e ficaram espantados com que ele não soubesse das recentes ocorrências em Jerusalém. Perguntou-lhes: “Quais?” Lucas 24:19. Não indica isso que o Mestre já estava deixando para trás a consciência do ódio de seus inimigos?

Certamente podemos aprender a cessar de reviver os tristes sonhos do passado, porque a graça de Deus proporciona-nos a compreensão de que eles nunca foram genuinamente substanciais — nunca tiveram parte na realidade divina. Este é o presente de Deus para nós — esta compreensão de que a existência mortal é irreal. Como a semelhança imortal dEle nunca estivemos num sentido errado das coisas, e podemos começar a prová-lo. É por este motivo que podemos abandonar o erro, e abandoná-lo com gratidão à medida que nos apegamos à verdade.

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