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Banindo pensamentos que não são nossos

Da edição de junho de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


A alvorada da Ciência divina, há pouco mais de um século, deu início a mudanças profundas na maneira de a humanidade considerar Deus. A revelação que veio à Sra. Eddy trouxe claramente à luz a realidade do ser; ela viu que há uma Mente só, e que essa Mente é o Próprio Deus.

Tal verdade eterna oferece grandiosa promessa à humanidade. Impele nosso reconhecimento da realidade ao mostrar que a verdadeira existência não é composta de bilhões de mentalidades finitas. A Mente é indivisível. A Mente é a inteligência divina, a substância eterna. O ser individual do homem é a imagem distinta da Mente. O homem é espiritual porque a Mente é Espírito infinito. A verdade de que só Deus é a Mente sofre a resistência daquilo a que a Bíblia denomina mente carnal, a crença de que o homem tem uma mentalidade errática e mundana. A Ciência divina é indispensável para desarmar as influências errôneas que inevitavelmente provêm de uma assim chamada mente mortal ou carnal.

Nossa era bem poderá ser lembrada como a época em que se transferiu a ênfase da matéria para a investigação da mentalidade — em grande parte, a investigação da mente carnal, pesquisa que é realizada no reino da mentalidade material. Um cientista físico, por exemplo, faz esta observação a respeito da mente humana: “A revolução mental realmente começou. Teve início há cerca de cem anos, desenvolvendo-se num passo bastante lento até há bem pouco. Talvez esteja errado qualificá-la de ‘revolução’ durante aquele período, embora tenha havido acontecimentos muito importantes. Foi nestas últimas poucas décadas que ocorreu um desenvolvimento realmente revolucionário na maneira de o homem entender sua mente.” John Taylor, The Shape of Minds to Come (New York: Weybright and Talley, 1971), p. 10.

Em virtude da crescente ênfase colocada na mentalidade humana, é crucial que todas as pessoas religiosas desenvolvam e expandam seu conhecimento da unicidade e da totalidade da Mente divina; que vejam com clareza que a Mente é o Espírito infinito, livre de qualquer traço de materialidade, limitação, influência errônea. Uma adoração mais profunda da Mente única protege-nos de crer em muitas mentes e salva-nos de presumir que tais mentes possam ter efeito, até mesmo mau efeito, sobre outrem.

Os únicos pensamentos que verdadeiramente nos pertencem provêm de Deus. “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal” Jeremias 29:11., lemos em Jeremias. Pensamentos que supostamente se originam numa mentalidade material, quer pareçam ser os nossos próprios quer os de outrem, não nos pertencem. Quando compreendemos que sua pretensão à existência é errônea, eles não nos podem despojar de nossa verdadeira fonte do pensamento nem podem retardar nossa expressão cada vez maior da Mente única. Nossa capacidade de distinguir entre os pensamentos que procedem de Deus e aqueles que provêm de uma suposta fonte material cresce em importância, ao aumentar a ênfase que o mundo dá à mentalidade material.

Qualquer esforço, quer maldoso quer ignorante, de influenciar adversamente os pensamentos de outrem é denunciado na Ciência Cristã como má prática mental. Se consentimos que nos governe alguma outra fonte que não a Mente divina, estamos permitindo que nos tornemos vítimas.

Todo indivíduo tem obrigação de selecionar os pensamentos que lhe ocorrem; de viver apenas de acordo com aqueles que emanam de Deus e de rejeitar aqueles que tenham origem mortal. A Sra. Eddy escreve: “A menos que se tenha os olhos abertos para as maneiras de agir da má prática mental, que atua tão sutilmente que tomamos suas sugestões por impulsos do nosso próprio pensamento, a vítima consentirá, sem o saber, em seguir na direção errada.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 213.

A Bíblia fornece exemplos clássicos dos que deixaram de se proteger devidamente das incursões da má prática mental. O pendor para as coisas materiais é antagônico à semelhança do Cristo. Sempre foi antagônico. Aqueles que foram hostis a Cristo Jesus estavam cometendo as agressões da mente carnal contra a Verdade. De fato, a crucificação de Jesus ilustrou o ódio que o mundo tem à Verdade.

Até os próprios discípulos sentiram os elementos da mente mortal manifestarem-se como seus próprios impulsos. Pedro, por exemplo, não se protegeu o suficiente de tal má prática, desse pensamento errado ou mau. Jesus orou por ele. No entanto, Pedro, à certa altura, negou Jesus. Os pensamentos que levaram a essa negativa não eram os do próprio Pedro. Eram pensamentos maldosos da mente carnal. Judas, também, caiu vítima do ataque do magnetismo animal dirigido ao Cristo. Judas chegou a trair o Mestre. Os pensamentos que o levaram a essa ação não eram dele; tais pensamentos também originaram-se na mente mortal ignorante.

Esses exemplos de má prática vieram à tona quando Jesus se aproximava de sua ascensão, de sua vitória final sobre a crença de haver substância na matéria. O magnetismo animal, ou mente mortal, estava implorando para ser ouvido, e encontrou expressão através daqueles que deixaram sua mentalidade ficar sem suficiente proteção. A mente mortal dirigia seu antagonismo não tanto contra a pessoa de Jesus, mas contra o Cristo que ele tão poderosamente estava demonstrando.

Não devíamos nos surpreender com o aparecimento de fenômenos similares à medida que a Ciência Cristã cumpre cada vez mais sua missão de revelar que Deus é a única substância. Alguém que não terá sabido proteger-se devidamente e consentir em ser usado pela mente carnal, voltando-se contra os ensinamentos da Ciência Cristã, merece nossa compaixão e compreensão.

Nossa Líder, a Sra. Eddy, alertou seus seguidores a que dessem atenção diária a esta declaração: “Cientistas Cristãos, sede uma lei para vós mesmos, para que a má prática mental não vos possa prejudicar, quer estejais adormecidos, quer estejais despertos.” Ciência e Saúde, p. 442; ver Miscellany, p. 237. Em outra referência à má prática, ela nos assevera: “Quem não se deixa influenciar por alguma mente que não seja a Mente divina, dedica seu caminho a Deus, e eleva-se acima de sugestões de uma origem maligna.” Por certo podemos fazer eco à alegria que a Sra. Eddy expressou mais adiante: “Graças a Deus é possível resistir a esse mal por meio do cristianismo autêntico. O Amor divino é nossa esperança, fortaleza e escudo. Nada temos a temer quando o Amor está no leme do pensamento, mas tudo para desfrutar na terra e no céu.” Miscellaneous Writings, p. 113.

Que grandiosa bênção temos em saber da totalidade da Mente. E quão indispensável é perceber que a Mente é boa e pura, que a Mente é o próprio Amor. Nossa aceitação da Mente única dá-nos a habilidade de detectar e destruir conceitos que se nos apresentam mas que não nos pertencem. Banimos os pensamentos que não são nossos, os pensamentos que pertencem à mente carnal, quando reivindicamos a Mente divina como a nossa Mente única.


Confia ao Senhor as tuas obras,
e os teus desígnios serão estabelecidos.

Provérbios 16:3

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