Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Que é a Bíblia?

1a. parte (continuação): Visão geral

Da edição de setembro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Logo após os quatro evangelhos, em nossa incursão no Novo Testamento, temos o livro dos Atos, que registra a vida da comunidade cristã em seus primórdios e as viagens do apóstolo Paulo, que pregou o cristianismo por quase todo o mundo mediterrâneo. Paulo não foi um discípulo pessoal de Jesus. Contudo, foi alguém que expressou da mais bela maneira o que significa ser discípulo. No negar-se a si próprio e na imolação de seu eu, ele aderiu à exigência de Cristo Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Marcos 8:34. Podemos tornar-nos verdadeiros discípulos, tal como Paulo, por obedecermos ao mandamento de Jesus. Os livros que vêm após os Atos incluem as cartas de Paulo e de outros escritores a igrejas e a pessoas.

Em suas cartas, Paulo admoesta e anima as igrejas. Aborda problemas específicos das igrejas, oferecendo soluções e afastando seus leitores da crítica pessoal, do orgulho e da dominação. Dessa maneira ajudou os membros a preservar a unidade e a pureza das igrejas.

O último livro do Novo Testamento é o Apocalipse, ou livro da Revelação, que registra o que o seu autor viu do novo céu e da nova terra.

Como vimos, a Bíblia é realmente uma biblioteca que contém muitos tipos de literatura. Mas o elo unificador desses escritos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é que praticamente todos eles tratam de Deus, o único e verdadeiro Deus, que é todo-poderoso e além de quem não existe nenhum outro poder. Esse livro descreve a criação de Deus e mostra como Deus Se revelou paulatinamente à humanidade.

Outro aspecto da Bíblia que podemos considerar é o das muitas nações a que ela se refere. Os egípcios, os assírios, os babilônios, os cananeus são descritos no Antigo Testamento. Mas o povo em destaque são os israelitas.

O Antigo Testamento é o relato histórico dos filhos de Israel. Descreve suas lutas e vitórias e mostra-nos que a nação e a pessoa que está em maior segurança é a que anda mais perto de Deus. [Ver (1) na seção Leituras adicionais no final deste artigo.] Em Ciência e Saúde, à página 133, a Sra. Eddy diz: “No Egito, foi a Mente que salvou os israelitas da crença nas pragas. No deserto, jorraram águas da rocha, e maná caiu do céu. Os israelitas olhavam para a serpente de bronze e imediatamente acreditavam estar curados das picadas venenosas das víboras. Em períodos de prosperidade nacional, milagres acompanhavam os êxitos dos hebreus; quando estes, porém, afastaram-se da idéia verdadeira, começou sua desmoralização. Mesmo no cativeiro, entre nações estrangeiras, o Princípio divino fazia maravilhas para o povo de Deus, no forno ardente e nos palácios dos reis.”

Quais as nações a que o Novo Testamento faz referência? Aos judeus da Palestina, aos gregos e aos povos da Ásia Menor Paulo faz referência em suas cartas, e também a eles se refere o livro dos Atos, que lhe registra as viagens. Também ouve-se falar em Roma e no Egito. Resumindo, podemos dizer que o Novo Testamento refere-se às nações da região mediterrânea. (2) Embora o Antigo Testamento encare essa região principalmente do ponto de vista de Israel, o Novo Testamento dá-nos uma perspectiva bem mais universal. O Novo Testamento mostra-nos que a mensagem do Cristo começa a circundar o mundo. Ilustra o apelo universal do Cristo.

O Novo Testamento expõe também como os discípulos começaram a seguir o mandamento de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Mateus 28:19. A primeira coisa que os discípulos tinham de fazer era ensinar ao povo o conceito correto de Deus.

O Antigo Testamento foi escrito na linguagem dos israelitas, quase todo em hebreu. O Novo Testamento não trata apenas dos judeus, mas dos povos que viviam nos países do Mediterrâneo. Nele a linguagem era o grego, visto que esse era o idioma da cultura predominante.

Durante séculos a Bíblia, no seu mais profundo significado de cura, era um livro fechado para a maioria dos cristãos. Uma “chave” se fazia necessária para abrir esses tesouros. A Sra. Eddy deu-nos essa chave. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, ela diz-nos: “As Escrituras são muito sagradas. Nosso objetivo deve ser torná-las compreendidas espiritualmente, pois só com essa compreensão se pode alcançar a verdade. A verdadeira teoria sobre o universo, inclusive o homem, não está na história material, mas no desenvolvimento espiritual. O pensamento inspirado renuncia à teoria material, sensual e mortal sobre o universo, e adota a espiritual e imortal.” Ciência e Saúde, p. 547.

“O pensamento inspirado” se faz necessário para se compreender a Bíblia. Estudamos as Escrituras a fim de que o significado espiritual possa vir à luz. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras mostra-nos como adquirir a compreensão da Bíblia como um todo, uma compreensão a respeito de Deus e do homem. Com essa compreensão correta do Ser Supremo e de Sua criação, estamos capacitados a descobrir os tesouros ocultos que há na Bíblia. Precisamos de ambos os livros.

[No próximo mês: 2a. parte: O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó]

Leituras adicionais:

(1) Ver, por exemplo: Êxodo 8 a 12; Números 20: 7–11; 21: 6–9.

(2) Pegar um mapa e ver onde se encontram as nações e onde é que as pessoas viviam.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / setembro de 1981

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.