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Oração — o maior poder sobre a terra!

Da edição de setembro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Oramos diariamente por nós? Pois é o que deveríamos fazer. Essa é a atividade mais importante de nosso dia. Certifiquemo-nos de que nada interfira com o tempo destinado a essa atividade sagrada.

Quanto mais ocupado for o dia, mais importante será orar. A oração científica dota-nos de inteligência e energia; evita a fadiga e a repetição de tarefas. Lembro-me de haver ouvido as seguintes palavras atribuídas a um importante líder religioso: “Estou tão ocupado de momento que se não orasse duas ou três horas diariamente não conseguiria fazer tudo o que é necessário.”

Encarar a oração como tarefa desagradável, considerá-la difícil ou de resultados duvidosos, é nutrir um falso conceito de oração. Até mesmo a oração que brota de profundo e íntimo arrependimento traz consigo a doce sensação que nos liberta do sentimento de culpa e da depressão.

Orar por nós mesmos é uma experiência cheia de júbilo e altruísmo. Por ser Deus Amor devemos reconhecê-Lo como a fonte de toda verdadeira alegria; e ao nos volvermos a Deus em inspirada oração, reconhecendo-O como o Tudo-em-tudo, refletimos Sua alegria.

Para que nossa oração seja eficaz devemos reconhecer Deus como o único criador do homem. E Deus, que é Amor, não deseja a moléstia ou incontáveis frustrações para Sua criação, da mesma forma que um amoroso pai humano não deseja que seu filho seja privado de bem algum.

Deus quer que Seus descendentes espirituais tenham eternamente saúde, inteireza, perfeição. A vontade de Deus, percebida, tem poder de eliminar a aparência do mal na vida humana, quer seja sob a forma de medo atormentador quer sob a forme de alguma espécie de pecado e aflição mental ou física.

À medida que obtemos novos vislumbres de Deus e de Seu poder, mediante o estudo da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, torna-se-nos mais claro que Deus fez o homem como a expressão completa de Suas próprias qualidades espirituais; que, onde para o sentido material parece apresentar-se um mortal, em verdade a formação do Espírito, o homem espiritual, a pura e perfeita idéia divina, está presente. Reconhecer tais verdades é orar e à medida que as reconhecemos, e percebemos a perfeição do homem, é-nos concedido o poder de levar uma vida imaculada e vibrante de amor.

Assim, por meio do estudo e da oração, o pensamento espiritualiza-se gradualmente e, pouco a pouco, nos capacitamos a aceitar que o Pai que tudo sabe, que a tudo ama, nunca permite que mal de qualquer espécie faça parte de Sua criação perfeita e desafie Sua totalidade.

Repetindo: Que é a oração científica? Consiste ela na elevação do pensamento acima e além do quadro de dificuldades depressivas que os sentidos físicos apresentem. Exige que nos volvamos diretamente a Deus e procuremos reconhecer Sua totalidade, bondade e poder, pois nunca encontraremos a solução dos problemas dentro dos parâmetros das crenças materiais.

A oração consiste na negação das crenças materiais sobre nós mesmos e os outros e na substituição dessas crenças pela verdade espiritual acerca de Deus e da coexistência do homem com Ele.

Para que moldemos nossos pensamentos e atos às nossas orações devemos considerar cada atividade, por mais insignificante que pareça ser, como uma oportunidade de expressar as qualidades de Deus: Sua sabedoria, amor, veracidade, santidade. Ao assim proceder estaremos melhorando a qualidade de nossa vida, de nossos lares e de nosso mundo. Curamos com nossa vida, por sermos o que verdadeiramente somos; por aquilo que expressamos e não pelo que dizemos. Tiago recomenda-nos: “Tornai-vos ... praticantes da palavra, e não somente ouvintes.” Tiago 1:22.

Sabemos que Cristo Jesus passava várias horas em oração, muitas vezes orando a noite inteira. Suas orações fluíam de um desejo humilde e constante de compreender Deus e de fazer Sua vontade. Ele sabia ser da vontade de Deus que todos estivessem bem, fossem produtivos e felizes. Disse ele: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10.

Os chamados milagres de Jesus provaram que a oração é o maior poder sobre a terra. Ele compreendia que a saúde, a harmonia e a abundância que as pessoas buscam são espirituais, portanto, fatos divinos. Sabia que as pessoas simplesmente precisam despertar para esses fatos por meio da oração e que esse despertar supre generosamente a todas as necessidades humanas. Jesus alimentou a multidão no deserto com uns poucos pães e peixes e, posteriormente, os discípulos recolheram doze cestos do que sobejara. Por meio da oração também ressuscitou Lázaro, que fora sepultado havia quatro dias. De outra feita, curou dez leprosos. Andou sobre as águas, transformou água em vinho e passou por portas fechadas. E S. João escreveu: “Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” 21:25. O Mestre declarou: “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço.” 14:12. Quem seria o “aquele” a quem Jesus se referiu? Não seria você, eu e toda a humanidade?

Esperamos que nossas orações sagradas curem, que nos permitam deixar de lado óculos, muletas, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, ataduras, pois não há, em realidade, nenhum dano físico que necessite ser compensado ou encoberto. Embora isso possa parecer impossível, “para Deus tudo é possível” Mateus 19:26.!

A Sra. Eddy, fiel seguidora de Jesus, aceitou inteiramente essa verdade e efetuou muitas curas miraculosas mediante a oração. Ela sabia que milagres são provas naturais do amor de Deus para com o homem. Hoje em dia testemunhos são dados nas reuniões de quartas-feiras nas igrejas da Ciência Cristã em todo o mundo, comprovando que esta Ciência continua a curar eficaz e permanentemente toda sorte de dificuldades físicas e mentais unicamente por meio da oração. A Verdade é tão poderosa hoje em dia como quando Jesus demonstrou o poder de Deus para curar.

Os métodos materiais de curar e suprir às necessidades, porém, ainda pretendem ter supremacia. As conquistas materiais parecem sensacionais enquanto que as vitórias do Espírito parecem irrelevantes e duvidosas. É importante que, como Cientistas Cristãos, não permitamos ser enredados nas crenças generalizadas, nem enganados a ponto de depender da matéria como algo real e poderoso, como a fonte de nosso ser e a base de nosso mundo.

Em Não e Sim a Sra. Eddy diz o seguinte sobre a oração: “Faz descobertas novas e científicas de Deus, de Sua bondade e poder. Ela nos mostra mais claramente do que antes víamos, o que já temos e o que somos; e, mais do que tudo, nos mostra o que Deus é.” Não e Sim, p. 39. O bem que pedimos na oração, já é nosso, em verdade. Já é o fato espiritual. E quando, por meio da oração, compreendemos aquilo que, na realidade, já temos e somos como manifestação de Deus, a qual habita em segurança no universo do Espírito, nossos assuntos humanos reproduzem a harmonia do que é divino.

Deus não conhece multidões de seres humanos miseráveis que se debatem em luta com miríades de decepções e problemas, e que Lhe suplicam o atendimento das necessidades da vida. Deus conhece o homem como Sua idéia livre, completa, sem estigma e sem cadeias, a própria evidência de Sua glória. A despeito daquilo que os sentidos físicos dizem estarmos vendo, ouvindo e sentindo, a existência é irresistível e inegavelmente espiritual e boa.

O mal é enganador. Leva-nos a cair na armadilha de crer que o progresso espiritual já alcançado protege-nos inteiramente da influência do mal. Isso não é necessariamente verdade. As orações de ontem nem sempre são suficientes para enfrentar as sugestões corruptoras de hoje. Como Cientistas Cristãos nunca devemos cessar de afirmar a onipresença de Deus e a irrealidade do mal, e nunca devemos cessar de querer afirmar essa onipresença e irrealidade, para que nosso pensamento permaneça puro e amável.

“Os Cientistas Cristãos não podem vigiar com demasiada diligência,” escreve a Sra. Eddy, “nem cerrar demais as portas nem orar a Deus com excesso de fervor para se libertarem das pretensões do mal. Assim procedendo, os Cientistas silenciarão as sugestões malignas, trarão a descoberto os seus métodos e porão fim à sua influência oculta sobre a vida dos mortais.” Miscellaneous Writings, p. 114.

Precisamos estar continuamente alerta contra os pecados do sentido pessoal, que é sempre egoísta e impetuosamente competitivo. É intrometido e gabola. Caracteriza-se pela justificação própria e por ser mesquinho. É raivoso. Critica. Possui língua desenfreada. E seu propósito é depreciar e desencorajar sempre.

As características do sentido pessoal parecem não ter fim, mas podem ser totalmente destruídas pela profunda compreensão de que Deus é a única Mente do homem, e que somente Ele provê de pensamentos o homem. Armados da oração científica que reconhece o Deus perfeito e o homem perfeito, podemos provar a irrealidade e falta de poder do mal. Podemos começar por tornar visível nossa herança recebida do Cristo, como filhos de Deus, por pensarmos, falarmos e agirmos com inteligência e amor.

A oração eficaz nunca é egoísta. Eleva o pensamento acima do interesse próprio e do egocentrismo. Elimina o estreito círculo do eu e meu, estendendo-o para o tu e teu.

Quando nos deparamos com o deformado, retardado, pobre, permitimos que nossa oração seja como a do fariseu que assim orou: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens” Lucas 18:11. ? Ou somos gratos pelo fato de que ninguém é em realidade um mortal aflito ou privado do bem; de que cada um de nós é o filho espiritual de Deus e o recebedor do bem ilimitado que procede do Pai-Mãe? Tais momentos de oração inequívoca e altruísta podem produzir um bem incalculável.

Se nossa cura requer oração acompanhada de jejum não há motivo para desistirmos ou para sentirmo-nos deprimidos. Há maravilhosas realidades espirituais a serem vislumbradas. E precisamos ser perseverantes em apegarmo-nos à verdade e em jejuar, ou seja, em recusarmo-nos a aceitar a evidência dos sentidos materiais. Essa é uma hora vital de retermos nossa fé e de perseverarmos. Perseverar com alegria e canções. Perseverar com louvor e gratidão por curas alcançadas no passado. Perseverar com fé mais forte no onipotente poder de Deus para curar!

Visto que o homem é espiritual e imortal, na verdade não estamos nos defrontando com problemas renitentes e insuperáveis. Na realidade não estamos cansados e sobrecarregados, nem o estivemos ontem, nem o estaremos amanhã. Agora e sempre expressamos a natureza divina, santa e livre, como idéias perfeitas na Mente. Na realidade nunca podemos perder a consciência de nossa unidade com Deus. Somente aquilo que está incluído no conhecimento que Deus tem a Seu próprio respeito é real, e é bom!

À medida que nos mantemos na verdade, a cura é inevitável, porque a oração é o maior poder sobre a terra!

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