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Por que a Ciência divina é final

Da edição de setembro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao falar com seus discípulos pouco antes de ser crucificado, Cristo Jesus aludiu claramente a uma revelação final que ainda estava por vir. Deu uma descrição notavelmente precisa de sua natureza: “O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” João 14:26.

Outra vez disse: “Quando vier, ... o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade.” Ainda mais uma vez ele enfatizou que o Consolador haveria de revelar toda a verdade: “Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” 16: 13, 15.

Quanto maior a profundidade com que se entende a Ciência divina, tanto mais clara a percepção de que ela é o Consolador prometido. A Ciência divina, conhecida por sua aplicação à humanidade como Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss), preenche com surpreendente exatidão o que o Mestre descreveu. Expressando os ensinamentos de Jesus, seu espírito e exemplo, traz à nossa lembrança todas as coisas que ele ensinou, e comprova-as em obras de redenção e de cura.

Por explicar Deus e Sua criação esta Ciência responde as supremas perguntas sobre o que é a Vida, o que é realidade e o que não é realidade. Enuncia a verdade fundamental e conclusiva de todas as coisas; elucida a origem, ou Princípio divino, de toda existência. Revela a natureza inexaurível da Vida, da Verdade e do Amor infinitos. Traz à nossa compreensão um universo inteiramente novo que inclui os fenômenos do ser espiritual infinito: as idéias, as formas, as identidades, as leis, a substância e as qualidades coloridas e incomparavelmente interessantes que manifestam a Mente, a Alma e o Amor infinitos. Por causa de sua origem divina e por englobar todas as coisas e explicar a origem e a natureza delas, esta Ciência é tanto original como final.

Ao pensamento humano é difícil aceitar qualquer explicação a respeito da existência como sendo final. Essa atitude é particularmente característica de nossa época. As ciências naturais, que já eram consideradas guardiãs da verdade, ficam aquém das perguntas finais. Os cientistas naturais excluem perguntas a respeito da verdade fundamental num sentido metafísico como estando fora de sua esfera de competência. Até mesmo dentro de seu âmbito de pesquisa material, consideram suas conclusões como meras tentativas sujeitas a revisão à luz de novas evidências.

Outros campos do pensamento deixam igualmente de ter caráter final. Os limites do conhecimento humano estão sendo continuamente alargados num círculo cada vez maior, mas isto parece simplesmente alargar as fronteiras do desconhecido. Faz parte da natureza da mente humana finita estar sempre à procura de algo fora de si mesma. Ainda mesmo dentro do círculo do que se afirma ser conhecimento estabelecido, os pretensos “fatos” são cercados de adjetivos e pontos de interrogação e estão sujeitos à mudança.

O fato é que todo conhecimento material é temporário. Ser final é algo alheio aos modos de pensar baseados na matéria porque estes são finitos. Tudo o que é material é transitório. Ser final é algo que pertence apenas ao Espírito infinito e à consciência espiritual. Só o Espírito é eterno e absoluto. O Espírito é o que existe “além” da matéria, no sentido de que embora a matéria seja fundamentalmente e completamente ilusória, o Espírito é básico e substancial, indestrutível e causativo, a origem e a base de tudo o que realmente existe, inclusive toda vida, substância, inteligência, consciência e realidade.

Quando se considera tais coisas, começa-se a ver como é que a Ciência divina pode ser a revelação final da Verdade. No entanto, pensadores não versados nesta Ciência, influenciados por pontos de vista humanos e finitos de conhecimento e inteligência, muitíssimas vezes resistem a essa conclusão. Em particular, acham difícil aceitar que o livro-texto desta Ciência, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, possa conter a revelação final da Verdade à humanidade. Novas descobertas da verdade, argumentam, sempre foram feitas e sempre haverão de ser feitas. Como pode alguém dizer que um só livro de texto contém a revelação final da Verdade?

No entanto, quando se considera a natureza das proposições incomuns contidas no livro Ciência e Saúde, seu caráter final torna-se prontamente evidente. Tomemos por exemplo aquelas significativas palavras da “exposição científica do ser”: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” Ciência e Saúde, p. 468. Essa declaração, que diz respeito à origem, à natureza e à totalidade do ser, por sua própria natureza inclui tudo. Se é verdade (e é), tem de ser absoluta e final. Sair fora dela, ou elevar-se mais, ou aprofundar-se mais, ou ultrapassar os seus termos, seria inconcebível, simplesmente devido a sua estrutura toda envolvente. Quando aceita como verdadeira, começa-se a apreender o caráter final da Ciência; de fato, não se pode aceitar essa exposição como verdadeira sem aceitá-la como final. Portanto, aceitando-a, passa-se a participar da aventura sem limites de explorar suas implicações com respeito à natureza de Deus, do homem, da vida, do corpo, da individualidade, da consciência, da substância, das idéias, da ação, da lei, dos relacionamentos e de toda a existência. Começa-se a travar conhecimento com o reino de Deus, do qual Jesus falou.

Há, não resta dúvida, inúmeros outros trechos no livro-texto que revelam a natureza da Verdade absoluta, a Mente, Deus, e do que Deus cria. Tomado como um todo, o livro-texto apresenta por completo a Ciência de Deus, do homem e do universo, pois a Ciência nele existente expressa a Verdade que é infinita.

Dizer que essa revelação da Verdade é final não significa de modo algum que ela limita o pensamento ou anima a estagnação mental ou a rigidez. Antes pelo contrário. Ela amplia-nos imensuravelmente a visão, leva-nos a contemplar as altitudes e profundezas do infinito. Leva-nos a perceber o desdobrar inexaurível da Vida, da bondade, da Verdade e da inteligência que caracteriza o Deus infinito e Sua criação. Abre possibilidades sem fim de desenvolvimento individual, de alegria e exuberância, de frescor e atividade ilimitada, de Vida infinita. Como a Sra. Eddy escreve: “A Verdade não pode ser estereotipada, ela se desenvolve perenemente.” Não e Sim, p. 45.

Nem deixa esta Ciência as maravilhas de um Deus infinito e de Seu universo como algo a ser contemplado de maneira meramente teórica. Antes, ela as apresenta como algo a ser demonstrado de maneira prática. Mesmo se nosso atual grau de compreensão e demonstração é pequeno, podemos nos sentir gratos pela promessa que oferece.

A Verdade toda está expressa na sua Ciência, e dizer isto é dizer que ela é demonstrável; e a demonstração dela é infinita e continua por toda a eternidade. Essa demonstração é a oportunidade e a necessidade que a Ciência coloca diante de todos nós.

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