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Cristo vence o decurso e a decadência do tempo

Da edição de setembro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


O tempo visto como um tirano, dizendo-nos o que podemos fazer, e o que não podemos, deve ser vencido. Nossa determinação de não nos submetermos a essa forma de tirania, ou a qualquer outra, se ficarmos firmes todos os dias, salva-nos da fúria de uma luta de vida e morte. De alguma forma, fugir do tempo para a eternidade é inevitável através da espiritualização do pensamento.

De acordo com a Ciência Cristã, não é morrendo, mas sim crescendo espiritualmente, que nos livramos dos modos de pensar relacionados com o tempo. Praticamente em qualquer situação em que o tempo nos pressione, podemos optar por nos livrarmos de seu tormento. O de que necessitamos é menos tempo e não mais tempo, em outras palavras, de mais compreensão da existência que não está sujeita ao tempo.

Considere-se a interpretação metafísica de “tempo” constante do Glossário de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. (Essa seção está incluída no livro-texto para ajudar a encontrar a mensagem espiritual, a Palavra inspirada, da Bíblia.)

“Tempo. Medidas mortais; limites, dentro dos quais estão reunidos todos os atos, pensamentos, crenças, opiniões e conhecimentos humanos; a matéria; o erro; aquilo que começa antes e continua depois daquilo que se denomina morte, até que o mortal desapareça e a perfeição espiritual apareça.” Ciência e Saúde, p. 595.

Quando alguém se sente fortemente pressionado, pode ser que precise de coragem para volver seus desejos — suas orações — do “preciso de mais tempo” para “preciso de menos tempo e de menos limites”. Entretanto, fazer isso, não só abençoa a situação imediata, como também constitui medida prática para livrarmo-nos da própria matéria. E, à luz dessa interpretação metafísica, é uma medida imensamente prática. Pois, quem haverá de querer mais limites, ou mais matéria, ou mais erro?

Isso não é exercer vontade humana ou vontade própria. Na realidade, é o oposto da voluntariosidade de um mortal que se obstina em conseguir algo. A aceitação alegre da vontade divina — a renúncia a planos e decisões meramente pessoais — habilita-nos a obedecer à voz íntima, voz do Cristo, que nos guia por intuição espiritual.

Talvez em nada a mentalidade material apresente mais sutilmente sua contrafação do que no aspecto da vida que se relaciona com o tempo. A observância rígida de horários pode aparentar ser disciplina e ordem; uma atitude errática e caprichosa pode denominar-se espontaneidade intuitiva. Mas há meios de detectar a contrafação.

A orientação da intuição espiritual não nos vem quando estamos imersos no mero raciocínio humano, baseado naquilo que os sentidos físicos relatam, mas sim, quando estamos reconhecendo a supremacia e a onipotência de Deus. Este conhecimento que nos advém é o Cristo, assim explicado no Glossário: “A divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado.” Ibid., p. 583.

O tempo, obviamente encarnado num mortal desde a concepção, é por fim destruído completamente pela apreensão do ser eterno. Vibramos com a ação oportuna de Felipe por ocasião da conversão do alto oficial da Etiópia (ver Atos 8:26–39). E reconhecemos reverentemente a orientação espiritualmente intuitiva de nosso Mestre, Cristo Jesus, pois ele estava sempre onde precisava estar, aparentemente sem uma programação dominada pelo tempo.

Mal começamos a entender o domínio de Jesus sobre a matéria e a dimensão desta, o tempo. Entretanto, milhões de pessoas no mundo todo estão vivendo de acordo com os preceitos morais dele, e, assim agindo, encontram-se atuando de forma oposta à dominação do tempo. Quem nunca foi impelido pela compaixão a desviar-se de um programa rigidamente planejado? (Correndo para uma conferência, alguém pára a fim de não atropelar um animal.) Ou, quem nunca sentiu o impulso da fé desviá-lo de uma rotina conhecida?

É através do movimento moral — não através da manipulação mental habilidosa — que emergimos do tempo para a eternidade. E é permitindo que a compreensão metafísica substitua a definição meramente física daquilo que apreendemos dia a dia.

Cristo Jesus mostrou-nos como remover nossa vida da limitação do tempo. Esta não era uma parte periférica de seus ensinamentos, mas a verdadeira essência deles. Ele superou o decurso do tempo quando alimentou as multidões, a deterioração causada pelo tempo quando ressuscitou Lázaro; e nos ensinou: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” João 4:35.

Com referência a isso, a Sra. Eddy comenta: “Jesus não requeria ciclos de tempo nem de pensamento para amadurecer a aptidão para a perfeição e suas possibilidades.” Unity of Good, p. 11. A qualquer momento podemos tirar para fora do contexto do tempo nossos propósitos corretos — especialmente nossas esperanças para o mundo. Com isso, permite-se ao Cristo destruir o erro encarnado e revelar a eternidade da perfeição espiritual.

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