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Com terna misericórdia

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


“Por entre a confusão e a dor/A voz tranqüila faz-se ouvir” Hinário da Ciência Cristã, n° 238., assegura-nos um belo hino. A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) oferece essa “voz tranqüila” às vidas perturbadas, quer se trate de problema de doença, quer de tristeza, carência, confusão ou medo.

Com seu profundo sentimento cristão, o Mestre, Cristo Jesus, confortava os corações em luta, os sofredores, os atormentados. Ele é quem nos mostra o caminho. Podemos segui-lo. A Bíblia, e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, ensinam-nos como segui-lo. Despertam-nos para o caminho da pura espiritualidade, a qual é sempre terna e curativa.

Todos vimos plantas que lançam raízes profundas, vicejam e florescem gloriosamente num solo que é bem cultivado, fertilizado e rico. Num solo duro, sem cultivo, essas mesmas plantas não prosperam. Assim se dá com cada um de nós. No solo terno, espiritualmente nutrido e bem cultivado do pensar espiritual, o caráter aprofunda-se e floresce. Obtemos a calidez do amor cristão que pode chegar ao pensamento frio, duro e sofredor que, às vezes, encontramos. A doença, o pecado — qualquer miséria mortal — derreter na atmosfera da ternura cristã. Por quê? Porque a ternura genuína é real; chega ao próprio âmago da realidade, do Amor divino. A atmosfera gélida e árdua de um sentido mortal das coisas é totalmente irreal e carece de base.

Um pensamento sofredor, em luta, amargurado e endurecido pelo contato incessante com o mundo, freqüentemente desaparece na presença da ternura genuína. Poderosas fortalezas do mal cederam perante o amor do Cristo no Mestre, o qual ensinou: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” Mateus 5:7. O sentimento crístico penetra nas profundezas do mal e cura as mais horríveis enfermidades. Quando um leproso veio a Jesus implorando-lhe que o curasse, que extravazamento de amor e ternura ele recebeu de nosso Mestre! A Bíblia diz: “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.” Marcos 1:41, 42.

Porque o Cristo, a verdadeira idéia do Amor, não é pessoal mas universal, todos temos a oportunidade de deixar que a ternura crística aja em nós, em nossos contatos diários, no lar, na igreja, nas profissões, na política e na feira. Podemos manifestar paciência na presença de forte vontade humana, alegria vibrante diante dum estado mórbido, esperança jubilosa diante de funestas predições de mal. Expressar essas qualidades não é o privilegio de alguém, mas o dever de todos os que estão conscientes de sua filiação com Deus. A própria razão de nossa existência é manifestar o Amor.

Uma praticista bem nova foi chamada a ajudar uma mulher que estava sofrendo dores horríveis. Quando a praticista sentou-se ao lado de seu leito, a ternura do Cristo encheu o pensamento da praticista. Disse bem poucas palavras, mas sentiu grande anseio de aliviar a sofredora. Logo a dor intensa começou a ceder. Na presença da quietude da Alma, os argumentos viciosos do sentido pessoal e da mente mortal não despertaram reação alguma. Tiveram de ceder. Dentro de uma hora todo o sofrimento havia desaparecido.

Nos muitos anos que desde então se passaram, a lição aprendida com essa cura tem sido como farol luminoso na prática da cura pela Ciência Cristã exercida por essa mulher. Quando um sentido espiritual e profundo de Amor traz à tona umas poucas e simples verdades, podem ocorrer grandes curas. A verbosidade meramente intelectual, embora as palavras estejam corretas, endurece o pensamento e o impede de render-se à idéia-Cristo e de aceitar a idéia-Cristo que é fundamental à cura. A Sra. Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, diz-nos: “A palavra de ternura e o encorajamento cristão dados a um doente, a paciência compassiva para com seus temores e o afastamento destes, valem mais do que hecatombes de borbotantes teorias, de discursos estereotipados e plagiados, e de argumentos que não passam de outras tantas paródias à Ciência Cristã legítima, abrasada de Amor divino.” Ciência e Saúde, p. 367.

O sentir da “palavra de ternura e o encorajamento cristão” precisa ser genuíno. Uma fome profunda e sincera e o anseio de abençoar o próximo é impresciendível na cura. Devemos também compreender que a fonte da ajuda é Deus. A prática da Ciência Cristã não é uma tentativa emocional, pessoal, de curar, baseada no egotismo da mente mortal, que não tem substância alguma. Realmente não existe mente mortal; e até mesmo um conceito mortal de Mente tem de desaparecer.

Quando um colega é ríspido e indelicado, a ternura da genuína misericórdia cristã pode penetrar essa crosta aparentemente dura. A Bíblia assegura-nos: “A resposta branda desvia o furor.” Prov. 15:1. Permanecer firmemente no Cristo, a serenidade da Alma, e saber que a identidade real origina-se totalmente no Pai-Mãe, permite-nos inverter o impulso de ódio e, até mesmo, amar os nossos inimigos. Essa terna misericórdia pode ser poderosa força para o bem no mundo. A calidez da genuína gentileza desfaz a fronte dura e feia da existência mortal e desvenda a glória brilhante da existência no Amor.

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