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Destruindo a pseudo-autoridade do medo

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Ninguém estaria disposto a se deixar invadir pela doença, mas se a consciência — o governo do corpo — é primeiramente minada e, então, ocupada pelo medo, uma incursão por parte da doença pode tornar-se possível, legítima e irresistível.

O governo fantoche do medo, até ser destruído pela Verdade, tentará justificar ter usurpado o controle, argumentando a favor do poder superior da doença e contra a eficácia do governo de Deus. A mente mortal poderá sugerir que, sendo a doença tão predominante, a autoridade de Deus é obviamente insuficiente para evitá-la, conseqüentemente o medo tem de tomar as rédeas e especificar o que é que precisa ser feito para proteger ou restabelecer a saúde.

Porém mesmo que se creia ser a doença um superpoder despótico, ela não pode realmente conquistar um único ser humano quando desafiada por uma consciência alerta à infinita impenetrabilidade da criação de Deus, pura e perfeitamente sadia. A doença só pode invadir o corpo, a manifestação da consciência humana, se crermos estar diante de algo real, de uma força superior que atua com autoridade de lei e à qual não podemos resistir. A doença, justificativa a que o medo se atém para dar um “golpe”, não tem legitimidade, poder nem existência real. Sua ilusão de credibilidade provém do falso governo do medo. Quando eventualmente se percebe que o pretenso domínio do medo está baseado numa mentira e o medo é destituído de seu posto pelo Cristo, a doença não mais pode ser encontrada. Nunca fora mais do que uma ilusão fabricada pela propaganda do medo.

Quando Jesus disse: “Quero, fica limpo!” Mateus 8:3., o que foi que aconteceu com a lepra? Ela sumiu.

Ao descrever o tratamento mental da doença, nossa Líder, a Sra. Eddy, dá ênfase à importância crucial de se destruir o medo: “A prática científica cristã começa com a nota tônica da harmonia apresentada por Cristo: ‘Não temais!’ Disse Jó: ‘Aquilo que temo me sobrevém’.” Ciência e Saúde, pp. 410–411. Mais adiante, ela aconselha: “Começa sempre teu tratamento acalmando o medo dos pacientes.... Se conseguires eliminar inteiramente o medo, teu paciente estará curado.” Ibid, pp. 411–412.

Tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer, resulta de cedermos a uma autoridade dentro de nossa consciência. De alguma forma temos de concordar que o que pretendemos fazer é necessário e precisamos dar nosso consentimento para fazê-lo, antes de agirmos.

Se aquilo que nos sentimos impelidos a fazer é realmente bom, de acordo com a lei moral, então a autoridade a que nos submentemos procede de Deus, o bem infinito. Sua eterna presença está sempre se fazendo conhecer de nós por meio do sentido espiritual, porque somos a expressão do Próprio Deus. Quando conscientemente nos alinhamos com Sua autoridade, o bem que fazemos manifesta o Seu poder, e o medo não encontra eleitorado em nossa consciência. Descobrimos a verdade das palavras de Cristo Jesus: “Para Deus tudo é possível.” Mateus 19:26. A autoridade procedente de Deus não pode ser desafiada. É uma lei que se impõe por si mesma.

Mas se aquilo que nos cremos impelidos a fazer não está em conformidade com a lei moral, a autoridade a que somos tentados a nos submeter não provém de Deus. É apenas uma contrafação baseada na matéria, uma mentira de que Deus, o Espírito, não é infinito, de que além do bem divino há um tipo diferente de bem a ser obtido, até mesmo um tipo diferente de saúde e de que estamos agindo corretamente quando o procuramos. Mas, se houvesse um tipo diferente de bem a ser obtido fora de Sua infinidade, qual seria? Se estivesse fora do Amor infinito, teria forçosamente que ser um tipo de angústia ou ódio. Se este bem pudesse estar fora da Mente ilimitada, teria de ser uma variação de burrice ou insanidade. Fora da totalidade da Vida, o bem teria de partilhar da doença e da morte. Crer que há bem a ser obtido fora do governo infinito de Deus, portanto, seria realmente crer no mal, numa mentira, em tudo o que não procede de Deus, o bem ilimitado. E, se nos permitimos crer que a mentira do mal sob o disfarce de “bem” é real, não é de admirar que o medo possa encontrar eleitorado em nossa consciência, candidatar-se a cargos e adquirir autoridade! Se o mal fosse real, deveríamos temê-lo!

Mas o mal não é real. As qualidades da perfeição, eternamente manifestadas por Deus e perpetuamente refletidas por Sua criação, são o único bem. Esses elementos são a verdadeira substância da criação, eternamente ilimitada, eternamente expressa em sua plenitude. A substância e atividades falsas que a consciência humana vê como matéria ou lei material, e a miríade de características — prazeres e dores — que parecem pertencer à matéria, são crenças equivocadas de que Deus não seja Tudo; e que onde Deus não está, o mal está. E onde o mal parece ser real, o medo pretende encontrar um eleitorado que apóia essa contenda pelo controle de nossa consciência.

O medo pode também sugerir que certas ações precisam ser tomadas “caso” o governo de Deus em Sua criação não proporcione sustento e proteção iguais para todos. O medo argumenta: “E se o declarar a verdade não o liberta, por você não ter ‘suficiente’ compreensão? Não seria mais sábio suplementar essa confiança em Deus com um pouco de ajuda da matéria? Antes de mais nada, a doença tem sido aliviada por meios materiais (métodos que se conformam com o meu ponto de vista de legitimidade), e uma vez que eles tenham o problema imediato sob controle, então você estará mais capacitado a voltar sua atenção ao espiritual.” Mas os meios materiais poderão rivalizar com a própria doença ou excedê-la para um impacto desfavorável na consciência ou, até mesmo, no corpo.

“Há um só caminho — a saber, Deus e Sua idéia — que conduz ao ser espiritual”, escreve a Sra. Eddy. “O governo científico do corpo precisa ser conseguido através da Mente divina. É impossível obter o domínio sobre o corpo por qualquer outro meio. Nesse ponto fundamental, o conservantismo tímido é absolutamente inadmissível. Só mediante uma confiança radical na Verdade é que o poder curativo científico pode ser realizado.” Ciência e Saúde, p. 167.

Quando nos tornamos cientes de que o medo está fazendo campanha para se eleger, o que é que podemos fazer para desqualificá-lo e lançar fora o intruso? Precisamos destruir sua falsa pretensão de autoridade. Tal como a doença tira sua credibilidade do medo e se evapora quando o medo é destruído, assim o medo apóia sua autoridade na suposta ausência de Deus e de Suas qualidades refletidas. Mas o medo precisa evaporar quando a presença eterna e infinita de Deus é compreendida e aceita. “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” 1 João 4:18., diz-nos a Bíblia.

Que é o perfeito Amor? Deus, o Amor infinito. Que é o homem? É a semelhança do Amor. De que é feito o homem? É feito da substância espiritual do Amor infinito porque não há outra substância de que possa ser feito. O homem existe plenamente no Amor. Não importa o que creia o ser humano, o homem nunca pode estar num vácuo, num lugar onde o Amor não seja Tudo. E, quando vislumbramos esta verdade, a mentira insubstancial de que o medo existe porque Deus não é Tudo, e de que o medo tem autoridade porque a Palavra onipotente de Deus voltou-Lhe, de alguma forma, vazia, essa mentira é lançada fora pelo Cristo, juntamente com o que quer o medo tenha “autorizado” a aparecer. Então a Verdade nos terá libertado.

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