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Para curar uma “casa dividida”

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Cristo Jesus, certa feita, curou um homem que não podia ver nem falar. Havia muitas testemunhas presentes, prontas para proclamar que Jesus era o Messias prometido. Mas, quando os fariseus souberam das realizações de Jesus e do sentimento de pasmo e reverência que elas haviam ocasionado, acusaram-no de trabalhar em consonância com o diabo.

Claro, Jesus refutou essa tentativa malévola de desacreditar sua missão designada por Deus. A Bíblia menciona que o Mestre discerniu imediatamente o que parecia estar no pensamento dos fariseus e rebateu essa acusação com discernimento e precisão espiritual irrefutável. Disse ele: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividido contra si mesma, não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino?” Mateus 12:25, 26. Obviamente, não podia subsistir. Mas Jesus sabia, e provou, que o Cristo, a Verdade, haveria de reinar para sempre.

No decorrer da história humana o mundo forneceu numerosos exemplos em apoio ao argumento básico de Jesus a respeito da “casa dividida”. Sempre que aceitamos falta de dedicação e infidelidade em lugar do propósito divino que o homem tem como expressão de Deus, em lugar da sua inquebrantável unidade com o Pai, é possível que encontremos dissenção e um potencial de calamidade na experiência humana. Para onde nos volveremos em busca de cura?

O Mestre indicou claramente o rumo quando, depois de refutar a possibilidade de que qualquer cura espiritual se realizasse com a assistência de Satanás, fez esta declaração notável: “Se, porém, eu expulso os demônios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” V. 28. É aí que mediante o poder do Espírito está sempre disponível a cura de conflito e separação, de ódio e cobiça, de cegueira e mudez.

No Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy define “Reino dos Céus”: “O reinado da harmonia na Ciência divina; o reino da Mente infalível, eterna e onipotente; a atmosfera do Espírito, onde a Alma é suprema.” Ciência e Saúde, p. 590. Onde reina a harmonia, onde a Mente divina e única é reconhecida como a única causa governante e criadora, está fechada a porta para as mentiras destrutivas da desunião, da vida separada de Deus, de uma Mente à parte do Princípio.

Muito do que a Bíblia e a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) ensinam nos encaminha à necessidade de integridade de propósito e de visão. Ficamos sabendo da exigência de abandonar as perspectivas duplas ou dualísticas a respeito de Deus e do homem. Não podemos dividir com êxito nossas afeições e interesses entre Deus e as riquezas, entre o Espírito e a matéria. Hipocrisia, a raiz da divisão, resulta em descontentamento e escuridão mental, até mesmo em doença, sofrimento e, finalmente, na morte. No entanto, Jesus manteve que “se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” Mateus 6:22..

Sustentar o propósito e o desejo de conhecer e fazer a vontade de Deus poderá exigir que ponhamos de lado algumas de nossas mais queridas “posses”, tais como os interesses que servem meramente ao eu humano: a força de vontade, o orgulho e o egotismo, a justificação própria e assim por diante. O apóstolo Paulo sabia reconhecer a luta e o sacrifício que tantas vezes se exige para haver redenção, ou para haver a mudança de consciência que nos prepara para abandonar o ponto de vista mortal acerca da vida e da realidade. Mas Paulo percebia também que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas” 2 Cor. 10:4..

Muito do que por vezes relutamos em abandonar nas maneiras limitadas e vacilantes do pensar e do viver materiais pode realmente parecer-se com “fortalezas” quando primeiramente reconhecemos a necessidade de redenção. Mas a onipotência e a onipresença do Amor divino estão do nosso lado. Portanto, as “fortalezas” precisam vir abaixo.

Ao progredirmos em nossa compreensão do relacionamento singular e inviolável entre Deus e o homem, o criador e a criação, a causa universal e o universo, passamos a ver com maior clareza que divergências realmente nada mais são do que a sugestão de que estamos separados do bem divino, Deus. A cura, portanto, começa em nossa própria consciência. A paz e a harmonia que procedem do amor à lei de Deus, à lei do bem incessante, precisam primeiro ser estabelecidas em nossa própria vida. Só do ponto de vista dessas demonstrações individuais de união com Deus é que será de valor permanente aquilo que oferecemos ao mundo na busca pela paz e pela harmonia.

Está o reino de Deus à mão neste momento, em nossa própria vivência? Estamos de bom grado nos submetendo ao reino e à norma do Princípio divino? Estamos vivendo, pensando e amando colocados sobre a rocha do Espírito, da Mente, da Alma? Ao conduzirmos nossos afazeres diários, estamos consentindo alegremente em seguir a vontade de Deus e não a assim chamada vontade mortal? Em nossos contatos com a família, os amigos, os colegas, estamos nos esforçando paulatinamente para ver mais daquilo que Deus vê — para saber só o que a Mente sabe? Essas perguntas sintetizam algumas das tarefas à mão. E toda pergunta oferece uma escolha. Contudo não está a escolha clara em cada caso? Só contribuiremos para o sentido puro de unidade espiritual, de que o mundo necessita tão desesperadamente, se contribuirmos mediante vidas dedicadas ao serviço de Deus e inspiradas pela revelação de Seu Consolador à humanidade.

Na medida em que nos esforçarmos para manter visão e propósitos íntegros, haveremos de conhecer satisfação duradoura e encontraremos paz firmemente estabelecida. Permanecendo leais aos dois grandes mandamentos — tendo um só Deus e amando-nos recíproca e incondicionalmente — sentiremos o toque do Cristo que sara as feridas e as divergências em nossos lares e em nossa sociedade. Hoje é possível começar a provar que o reino de Deus veio, está intato e é indiviso.

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