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Pobreza não é poder

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Se alguém nasceu pobre e mora num país ou região em que os recursos são escassos, a vida pode parecer desesperadora. Talvez pergunte: “Que bem a religião me pode fazer quando preciso tanto de ajuda material?” De fato, talvez considere falsas estas declarações bíblicas: “Criou Deus ... o homem à sua imagem” e “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gênesis 1:27, 31. Mas a Ciência Cristã mostra-nos como podemos provar serem verdadeiras essas palavras das Escrituras — como cada um de nós pode demonstrar sua inteireza dada por Deus ao invés de voltar-se para os outros em busca de ajuda material.

Referindo-se ao Princípio divino da cura, Deus, a Sra. Eddy afirma: “Esse Princípio apodíctico aponta para a revelação de Emanuel, isto é, ‘Deus conosco’ — a eterna presença soberana que aos filhos dos homens livra de todos os males ‘de que a carne é herdeira’.” Ciência e Saúde, p. 107.

Estudando Ciência Cristã aprendemos que todas as pessoas são, em realidade, idéias de Deus. Torna-se, então, a obra de nossa vida demonstrar tal verdade. Por reconhecer que o Espírito divino está sempre presente e é Tudo-em-tudo, começamos a ver que a materialidade com suas circunstâncias más é irreal e que tais circunstâncias carecem de poder para alterar nosso direito de primogenitura como filhos de Deus. Percebemos que a pobreza não é um poder, mas um mito. E, na medida em que assim fazemos, essa compreensão traz à luz no viver presente nossa afluência inata.

Durante sua carreira dinâmica cheia de curas e ensino, Cristo Jesus mostrou-nos algo do homem real e seu domínio. Embora nascido numa região pobre e sendo de condição humilde, Jesus nunca foi limitado pelas circunstâncias materiais. Não se ressentia contra os que tinham riqueza nem recorria a eles a fim de que atendessem às suas necessidades. Confiava totalmente no que compreendia da supremacia de Deus, o Amor.

Certa feita, enquanto em Jerusalém, encontrou um homem que jazia ao lado de um tanque do qual se acreditava que tivesse poderes mágicos de curar. O homem estava enfermo havia trinta e oito anos. Quando Jesus lhe perguntou se desejava ficar são, o homem estava tão ocupado em queixar-se do fato de que não havia ninguém para ajudá-lo, que mal reparou na significação das palavras do Mestre. Respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada.” Jesus não deu atenção a essa queixa. Disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:7, 8.

O homem foi curado. Por quê? Porque Jesus havia reconhecido seu verdadeiro eu espiritual e sua inteireza eterna, sua unidade com Deus, de quem nada o podia separar.

Um Cientista Cristão novato percebeu que se encontrava numa posição um tanto semelhante. Morando num país do terceiro mundo, acreditava-se enredado na pobreza e carente de educação formal. Muitos de seus amigos tinham esse mesmo ponto de vista e lhe disseram que só organizações que davam auxílio material o poderiam ajudar a melhorar de vida. Mas o jovem persistiu em estudar Ciência Cristã. Logo despertou para o fato de que vinha aceitando, a seu próprio respeito, o quadro de um mortal atacado de pobreza, inferior a outros mortais. Com grande alegria percebeu que todas as pessoas são, em verdade, descendentes espirituais de Deus, que refletem o amor imparcial e o bem infinito de Deus.

Aprendeu que o quadro apresentado pelos sentidos materiais a respeito de seres materiais, num mundo material de bem e mal, não é a realidade do ser. Na medida em que reconhecemos ser o reflexo do Espírito infinito, a aparente influência que as leis materiais limitadas exercem sobre nós é, pouco a pouco, substituída pelo governo das benevolentes leis do Espírito.

Esse jovem começou a ver que nada podia interferir, nem havia alguma vez interferido, com a expressão de seu verdadeiro eu na qualidade de reflexo de Deus e, como resultado, sua situação melhorou gradativamente. Ao estudar cuidadosamente as lições bíblicas do Livrete trimestral da Ciência Cristã e ao obter um sentido mais claro da terna solicitude de Deus com relação ao homem, começaram a surgir evidências tangíveis dessa solicitude. Acima de tudo, encontrou emprego. E, hoje, mediante a confiança continuada em seu conhecimento de Deus, vem provando que nada falta ao homem.

Estas palavras de 1 João resumem bem a questão da inteireza do homem (3:2): “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.”

Pensemos nisso! Todos temos a capacidade de levantar-nos e andar na condição de homem, como a própria imagem de Deus!

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