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Substituindo confusão por calma

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Quaisquer que sejam as distrações ou comoções do dia — problemas com os filhos, troca de palavras ríspidas entre marido e mulher, um choque resultante de notícias inesperadas — podemos ter agora mesmo o momento de paz de que necessitamos. E, os momentos podem estender-se a paz de espírito permanente, se percebemos que esta é o resultado de se compreender o relacionamento existente entre o homem e Deus. Segurança interior, então, quando espiritualmente estabelecida, não é algo que possa ser perdido.

Um Cientista Cristão aprende que Mente é sinônimo de Deus e que o homem, em seu ser real, é a idéia composta da Mente divina. Essa Mente é a consciência infinita e o homem só pode estar consciente do que a Mente divina, Deus, já sabe. Visto que Deus é bom e conhece apenas o bem, o homem só pode estar consciente do bem. Nessa inteligência infinita e seu reflexo individualizado, o homem, nada existe que possa interromper a harmonia inquebrantável da Mente. Paz caracteriza eternamente o relacionamento entre Deus e Suas idéias.

Conquanto vislumbremos a pureza metafísica dessas declarações de Verdade, por vezes pode parecer que estamos sendo desafiados por acontecimentos que contradizem esse relacionamento perfeito entre Deus e o homem. O trabalho do Cientista consiste grandemente em substituir as mentiras de um sentido material, limitado, pelo conhecimento do homem real e de que ele é inseparável de Deus. E a crença de que alguém está por demais perturbado ou confuso para pensar com clareza, ou para orar, é apenas tão errônea quanto a situação em si. Essa crença é apenas outra mentira do sentido material.

A Bíblia contém muitas declarações que fornecem uma razão de se manter a calma mental, seja qual for o desafio que se apresente. Por exemplo, Isaías disse a respeito de Deus: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” Isaías 26:3. Não estará presente em nós a calma interior na medida em que os nossos pensamentos se voltam para Deus? Se alguém confia em Deus, o bem, e volve-se continuamente para a fonte do bem infinito, está menos sujeito a ficar mentalmente irritado ou confuso diante de qualquer evidência do mal ou diante de qualquer confrontação.

Outro trecho da Bíblia promete: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.” Salmos 119:165. Nesse versículo mostra-se que o sentimento de paz está na proporção de nossa obediência à lei de Deus. O relacionamento entre o homem e Deus baseia-se sempre na lei. Porque o homem está para sempre mantido sob o poder protetor de Deus e Seu amor, toda evidência material em contrário tem de ser uma mentira. A evidência material não lhe pode ser um “tropeço”, para usar a expressão bíblica, porque carece da autoridade da verdadeira lei, uma vez que esta não lhe está subjacente.

A Sra. Eddy, depois de referir-se à declaração de Cristo Jesus de que o reino de Deus está dentro em nós, escreve: “Saiba, então, que você possui poder soberano de pensar e agir corretamente, e que nada pode despojá-lo dessa herança e invalidar o Amor.” Pulpit and Press, p. 3. Os Cientistas Cristãos compreendem, até certo ponto, que, ao invés de serem uma combinação de matéria e mente, as quais, por assim dizer, agem independentemente entre si como se procedentes de centros de força separados, toda experiência tem relação direta com a consciência. Portanto, podem ser rápidos em substituir sua percepção do que parecem ser acontecimentos ou desafios inteiramente materiais pela consciência do que realmente está ocorrendo no universo criado por Deus.

Viver nesse ponto de receptividade espiritual exige esforço. Podemos chegar ao ponto em que orientamos nossa vida de modo tal que nossa consciência expressa com mais firmeza algo da divina. Talvez seja necessário afastar-se parcialmente do frenético ritmo humano em que muitos indivíduos se deixam envolver. Quaisquer que sejam as exigências legítimas da vida profissional, familiar ou social, também temos a contínua obrigação substituir o sentido adâmico da existência pelo conhecimento de que o homem é o filho perfeito e eterno de Deus. Na proporção em que cuidarmos de tal trabalho mental, ou oração, os desafios que surgem estarão menos propensos a arrasar-nos. E, mesmo quando ocorrem tais acontecimentos, o Cientista deve voltar-se rapidamente para o que realmente está ocorrendo na consciência divina, a qual permanece sendo a única consciência real do homem.

Às vezes, somos tentados a pensar que a vida ideal é a que se leva numa estação montanhosa, ou num lugar favorito à beira-mar. Experiências humanas agradáveis podem, até certo ponto, dar-nos um maior sentido de bem-estar. Combinadas com a paz e a calma, essas experiências podem induzir à contemplação espiritual. Mas muitos pensadores ativos constataram que o desenvolvimento de sua paz real e de seu equilíbrio não ocorre apenas num ambiente renovador mas, muitas vezes, em meio do turbilhão e, até mesmo, da luta. No momento exato do desafio temos a oportunidade de provar, e talvez sejamos mesmo forçados a provar, que o homem está sempre consciente da presença, da perfeição e da atividade de Deus.

Qualquer desafio que tente destruir nosso sentimento de paz ou nossa capacidade de pensar corretamente a partir de um ponto de vista espiritual não passa de um argumento como: “Sou maior do que o que você conhece de Deus.” Talvez a melhor maneira de contrapor-se a essa falsa pretensão é invertê-la e responder: “Não é o que eu conheço de Deus, mas o que Deus conhece de mim o que conta mais.” Em realidade, é claro, o que conhecemos de Deus não pode estar separado do que Deus conhece a nosso respeito, visto que o homem real reflete a consciência divina.

“O sentido espiritual é uma capacidade consciente e constante de compreender Deus” Ciência e Saúde, p. 209., escreve a Sra. Eddy. Na medida em que o indivíduo se devota humildemente ao desenvolvimento dessa compreensão, pode dar-se conta, com a autoridade da lei divina, de que nenhum acontecimento ou circunstância pode roubá-lo dela ou de sua capacidade de aplicá-la ao desafio do momento.

O poder de Deus está sempre disponível. Não existe realidade no erro sutil ou agressivo que impeça o indivíduo de exercer sua compreensão da Verdade em cada caso. Nada pode roubar o homem de seu equilíbrio mental quando ele reivindica como sua a consciência divina, a única consciência que ele pode ter.

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