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Silenciando as queixas

Da edição de março de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


O hábito crônico de procurar defeitos não é somente desagradável para os outros; em geral traz desconforto físico. Mas nem o pensamento positivo nem a apatia em relação às dificuldades prementes realmente silenciam as queixas. Muito mais é necessário. O que silencia a queixa é a compreensão de que Deus, todo bem, o criador de tudo, não produz nem permite o mal. Somos todos Sua descendência; e Seus filhos, ou idéias, não podem ser motivo ou vítima de queixas nem delas podem-se lastimar. Para desfazer a pretensão do mal, precisamos discernir sua nulidade, isto é, lidar com o erro cientificamente e destruí-lo. E onde o precisamos destruir? No silêncio de nossa própria consciência, por meio de comunhão com Deus.

Os Cientistas Cristãos não ignoram o mal e seus enganos freqüentemente trágicos. Mas o mal não pode ser derrotado pelas armas materialistas ou a partir de uma base de que seja real ou poderoso. Vencemos o mal somente partindo do ponto de vista de que ele é ilegítimo, não tem poder e é irreal, porque não procede de Deus. O mal não tem vida nem pode destruir a Vida, uma vez que Deus é única Vida. O mal não é inteligente; falta-lhe totalmente a validade da Verdade. Ele só pode destruir a si mesmo, o que inevitavelmente acontece quando não lhe é atribuída realidade nem identidade. Portanto, não precisamos reagir ao erro com censura, desgosto, ódio ou medo.

A crítica injusta tem sido descrita como farisaísmo cruel e como reconhecimento público da incapacidade de refletir o Cristo. É seguidamente uma sarcástica maneira de louvor próprio. Mas qualquer impulso que a procura de defeitos possa dar a nossa auto-estima fica mais do que negado pelo obscurecimento de nossa visão de Deus e Sua onipresença. As queixas escondem a Verdade, roubam-nos do reconhecimento do bem atual, enquanto que a gratidão demonstra apreciação pelo imaculado ser espiritual dos outros e pela ordem e harmonia da criação de Deus. A gratidão conduz-nos para mais perto dEle e capacita-nos a provar o poder que o Amor divino tem de tornar evidente a bondade.

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