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“Estamos de volta ao ponto de partida” foi o pensamento desalentador...

Da edição de setembro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


“Estamos de volta ao ponto de partida” foi o pensamento desalentador que me ocorreu, quando acordei certa manhã. As circunstâncias, por certo, pareciam similares ao que haviam sido quando do início de nosso casamento. Parecia que havíamos feito muito pouco progresso nos dezesseis anos de casados. Embora eu me rebelasse contra tal idéia, o sentimento de depressão não me deixou.

Mais tarde, naquela manhã, uma frase que li num testemunho de cura publicado no Christian Science Journal, chamou-me a atenção. A autora afirmava que diariamente refletia com gratidão nas muitas bênçãos que a Ciência da cura espiritual lhe havia trazido. Essa expressão de gratidão me fez pensar nas muitas curas que nossa família havia tido mediante a prática dos ensinamentos da Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss). Decidi anotar cada uma delas, desde a primeira de que me conseguia recordar até o presente. Depois de datilografar por umas duas horas, eu ainda não havia anotado todas elas. Percebi, então, que por certo não nos encontrávamos no ponto de partida! Em cada cura eu era capaz de ver certa medida de crescimento espiritual. A depressão logo desapareceu e o medo se desfez.

Estou convencida de que o Amor divino acha-se sempre presente, impelindo o progresso, guiando e preservando-nos. Mary Baker Eddy escreve no nosso livro-texto, Ciência e Saúde com Chave das Escrituras (p. 454): “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia.” Essa afirmação é, para mim, uma verdade que se comprova por si mesma.

Pouco depois de casada sofri recaída de bursite muito grave, num dos ombros. Essa manifestação ocorreu num momento em que nossa família (inclusive meus dois pequenos enteados) estava fazendo planos para uma viagem de carro em que iríamos cruzar o país. Levamos avante os nossos planos, e fiz uma almofada em que apoiar o braço, no decorrer da viagem. Um dia, ao entardecer, enquanto viajávamos pelo oeste dos Estados Unidos, comecei a estudar a lição bíblica da semana que se encountra no Livrete trimestral da Ciência Cristã. Este trecho de Isaías destacou-se (9:6): “O governo está sobre os seus ombros.” Olhei pela janela, meditando nesse versículo. Estávamos numa estrada que passava pelas Montanhas Rochosas. A beleza e a grandeza dessas montanhas simbolizavam para mim o poder, a sabedoria e a majestade de Deus. Pude perceber que o Princípio divino, que havia criado e mantinha o universo inteiro, era o mesmo terno Pai-Mãe que havia criado meus dois novos enteados, cuidava deles e era o responsável por eles. Senti como se um peso enorme tivesse sido tirado de cima de mim. Simultaneamente a dor me deixou e fui capaz de mover o braço livremente. O caso havia sido completamente curado.

Nem meu marido nem seus filhos tinham qualquer conhecimento de Ciência Cristã antes de nosso casamento. Sempre serei grata por haver ele consentido em matricular os filhos na Escola Dominical da Ciência Cristã e por haver sido, mais tarde, tão receptivo ao convite da filha para que fosse à igreja. “Por que você não vem também, Papai?” disse ela. E ele veio junto. (Mais tarde, depois de haver-se filiado a nossa igreja, meu marido teve o prazer de servir como professor na Escola Dominical.) A esse passo, seguiu-se uma oportunidade que lhe trouxe prova definitiva da eficácia da cura espiritual.

Nossa filhinha caiu de um skate de patinação e fraturou o braço. Meu marido não se encontrava em casa na ocasião, por isso, aninhando-a num braço, telefonei a um praticista da Ciência Cristã pedindo ajuda mediante a oração. Decidi, no entanto, que o braço dela seria engessado por um médico, se meu marido assim o desejasse. E o fizemos, e nunca esquecerei nosso filho de oito anos de idade lendo para a irmãzinha enquanto nos dirigíamos de carro ao hospital. Continuou ele a leitura mesmo depois de havermos chegado lá, lendo sua Bíblia, certo de que “Deus a haveria de curar”.

Em razão da gravidade da fratura, foi necessário que nossa filha permanecesse no hospital até o dia seguinte. O médico predisse dor considerável e, até mesmo, deixou uma abertura no gesso para que o braço pudesse inchar como previa. Durante a noite, a menina telefonou ao praticista pedindo ajuda. Este acalmou-lhe os temores e reafirmou que Deus estava exatamente ali com ela. No dia seguinte, nós a trouxemos para casa. Com a ajuda do praticista, vimos, cada vez mais claro, o que significa estar em união com Deus, ser Seu filho precioso. Reconhecemos algo da verdadeira identidade do homem como sendo inteiramente espiritual, incapaz de ser separada de Deus. E nos conscientizamos do fato de que a lei do Amor, que mantém o homem ligado ao seu Criador, nunca pode ser “quebrada”, nem pode Deus abandonar acidentalmente um filho Seu. A lei divina do ser harmonioso e perfeito está sempre em ação, anulando qualquer suposta lei de dor, inchaço ou convalescença.

O braço nunca inchou. Nossa filha jamais recebeu medicação alguma, nem jamais se queixou de dor, após haver deixado o hospital. Na sua própria e confiante maneira, ela sabia que Deus era o seu remédio, e na verdade Ele o foi. Passadas pouco mais de duas semanas, nossa filha insistiu tanto em dizer que seu braço estava curado, que foi removido o gesso. (Originalmente, o médico que a atendera havia dito que se passariam pelo menos de oito a dez semanas antes que o gesso pudesse ser removido.) Imediatamente depois disso, emprendemos uma viagem em que acampamos. Como tinha liberdade completa no uso do braço, nossa filha foi nadar com o irmão.

De volta ao ponto de partida? Não conosco.

Embora naquele dia eu tivesse relembrado muitos casos de cura física, outras provas de crescimento espiritual também me vieram ao pensamento.

Nosso casamento havia se fortalecido consideravelmente mediante maior amor e apreço recíprocos. Um pouco desse fortalecimento, penso eu, resultara de um estudo que fiz durante um ano inteiro do Sermão do Monte proferido por Cristo Jesus (Mateus, caps. 5 a 7). Todos os domingos de manhã eu o lia por inteiro e, então, punha em prática no decorrer da semana as verdades que descobria mediante esse estudo.

Quando filiação em uma igreja passou a ocupar-nos o principal lugar no pensamento, todo desejo por fumo e bebidas alcoólicas simplesmente desapareceu. Não abandonamos coisa alguma. Mas, mediante a Ciência, o verdadeiro Consolador, passamos a experimentar liberdade genuína e obtivemos certa compreensão de Deus e de Seu Cristo.

“...de volta ao ponto de partida?” Bem, se esse ponto de partida é como o que o primeiro capítulo do Gênesis declara (vv. 1, 27): “No princípio criou Deus os céus e a terra. ... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem”, então é exatamente aí que estamos e é isso o que somos. E estou feliz por me achar aí!


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