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Nenhum lar desfeito

Da edição de setembro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


O lar não é realmente um apartamento confortável, uma cabana, um quartinho numa favela, uma mansão ou um metro quadrado de espaço numa beira de calçada. Não é uma estrutura nem um lugar ou um meio ambiente material, nem é composto de relações pessoais. O lugar em que você e eu estamos neste momento e em todos os momentos, está na consciência do Amor, isto é, na consciência que nosso Pai-Mãe Deus tem a nosso respeito como Seus filhos queridos, idéias espirituais Suas.

Seria possível a idéia do Amor deixar a consciência do Amor? Impossível! Seria possível que o Amor tivesse uma idéia que não fosse amorosa e não fosse amada? Nunca! Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy dá o sentido espiritual do salmo vinte e três: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa [a consciência] do [AMOR] para todo o sempre.” Ciência e Saúde, p. 578. A consciência do Amor é universal. Inclui tudo e todos. Ninguém está fora dela, e todos os que nela se encontram têm uma Mente só, um só Princípio, um só Pai-Mãe; constituem todos eles uma só família.

A Mente divina nunca está separada de sua idéia, o homem, pois a idéia existe sempre na Mente. S. Paulo expressa essa verdade fundamental quando, falando em Deus, diz aos atenienses: “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” Atos 17:28. Deus é Amor infinito, o Princípio divino do homem, e o homem está sempre mantido no que o Amor sabe a respeito de suas próprias idéias. O Amor está consciente de que todas as suas idéias são boas e indestrutíveis. Na consciência do Amor não existe lugar para a discórdia, o medo, ou a dor. O Amor divino não conhece a carência, porque é infinito e supre todo o bem, sempre. O Amor não conhece mal-entendidos, porque é divino, é a Mente que tudo sabe. O Amor não conhece separação, sabe só da unidade do Princípio e suas idéias.

A Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) revela que essa unidade entre Deus e o homem não será algo num futuro distante, pelo que temos ainda de trabalhar, nem foi um estado de bem do qual decaímos no passado, mas é o fato presente de nosso ser, fato que se precisa reconhecer e viver. A Sra. Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde: “O Princípio e sua idéia, o homem, são coexistentes e eternos.” Ciência e Saúde, p. 520. Como é totalmente impossível estar o homem separado de Deus, quer no passado quer no presente ou no futuro, é-nos igualmente impossível, compreendendo esse ponto, estar separados de nosso verdadeiro lar, a consciência de nossa união com Deus. Esse lar, a realidade espiritual, é o próprio fato e estado de nosso ser.

Na medida em que obtemos a compreensão dessa maravilhosa verdade a respeito de nossa unidade com Deus, emerge nosso lar real, não como algo que nos é externo, que depende de pessoas, lugares e coisas, mas como algo que se encontra no verdadeiro centro do ser. Não temos de criá-lo; ele já está aqui.

Assim como não podemos perder Deus, também não podemos perder nosso lar real, nem pode Deus perder-nos. Não podemos ser separados desse lar, assim como não pode a consciência do Amor ser separada daquilo de que está consciente. Habitamos na Mente divina e na Mente não há opiniões mortais, há apenas o conhecimento do bem. Não personalidades (seja a nossa própria ou a de outros), mas o Princípio divino governa o nosso lar.

A substância de nosso lar é o Espírito. Sua atmosfera é a Alma, tranqüila na expressão de beleza e alegria. O padrão de nosso lar é a Verdade, que nunca muda ou se torna evasiva, mas que é inexpugnável em sua integridade. O nosso lar serve ao propósito do Amor, de amar, abençoar, acalentar e apoiar as suas idéias. Na medida em que captamos mais firmemente esses fatos espirituais, eles trazem maior harmonia à nossa experiência de lar.

Sobrevindo-nos uma tentação que nos levaria a desfazer um lar e uma família (quer seja a nossa própria ou a de outrem), podemos reivindicar e usar o poder das forças do bem que emanam da Mente em eterna ação para nos ajudar a permanecer com o Princípio; e então podemos ter certeza de não estar abandonando o amor mas escolhendo-o, pois o Princípio é o Amor e nunca pode ser separado do amor. Assim, escolher o caminho do Princípio não significa cerrar a porta ao amor, mas abri-la bem aberta a uma compreensão mais elevada e mais profunda do amor. Pode parecer que sentimos saudade de uma pessoa, ou de alguma circunstância diferente, mas em realidade ansiamos por Deus, embora não nos demos conta disto.

Escolhendo o caminho de Deus, estamos preferindo o caminho do contentamento, pois, como o Salmista disse: “Dessedentou a alma sequiosa, e fartou de bens a alma faminta.” Salmos 107:9. Precisamos é nos aproximar de Deus, e permanecer perto dEle. Assim encontraremos bem à mão toda a ternura de que necessitamos. Ao vencer as tentações com perseverança, altruísmo e confiança, expandimos nossa compreensão do Amor e o que experimentamos dele. O Amor divino não só cuida de nós como um pai e uma mãe, mas é também nosso companheiro.

Se nos encontramos na posição em que temos de perdoar um cônjuge, podemos orar para expressar o amor incondicional que é nosso porque somos o reflexo de Deus. A compaixão cristã vem naturalmente e sem esforço quando obtemos melhor compreensão do método divino de perdoar. A oração tira-nos para fora da comiseração própria causada por algo que realmente nunca tocou nossa natureza real ou nosso verdadeiro relacionamento com Deus e sentimos a calidez do amor de Deus a nos sustentar. A Sra. Eddy diz-nos: “Deus se compadece de nossas mágoas com o amor de um Pai para com Seu filho — não por tornar-se humano conhecendo o pecado ou o nada, mas eliminando o nosso conhecimento daquilo que não é.” Não e Sim, p. 30. Confiando em Deus, podemos deixar que Ele remova a nossa crença na irrealidade. Recusando a nos atermos a algo irreal, podemos deixar que Sua verdade remova qualquer amargura, mágoa, raiva ou desconfiança e inunde a escuridão da irrealidade com a luz de Sua gloriosa realidade — o homem para sempre envolvido pelo abraço do Amor, amado e amável.

Nossa unidade com Deus é o “esconderijo do Altíssimo”, no qual somos amados e onde podemos expressar apenas amor. Habitando “à sombra do Onipotente” Salmos 91:1. libertamo-nos de qualquer crença errada de que viemos de um lar desfeito e que, por isso, toda espécie de conseqüências infelizes se podem seguir. A verdade é que Deus é nosso Pai-Mãe, portanto, não pode haver nenhuma separação entre Pai e Mãe; e podemos ver que todos somos filhos de uma paternidade e maternidade indivisível, completa e inseparável, cuja família nunca está desfeita. E, na medida em que aceitamos essa verdade espiritual, verificamos que nunca carecemos das bênçãos das qualidades paternais ou maternais — vigor, coragem, proteção, bem como ternura, gentileza, compaixão. Como em realidade não existe lar desfeito, não podemos de fato sofrer as conseqüências de uma causa inexistente, e, na proporção de nossa compreensão, haveremos de vencer o sofrimento.

Explicando o que acontece quando um ponto de vista pessoal, limitado, se ergue à compreensão espiritual de que Deus é Amor, a Sra. Eddy diz: “Esse conceito humano de Divindade cede ao conceito divino, do mesmo modo que o conceito material de personalidade cede ao conceito incorpóreo acerca de Deus e do homem como Princípio infinito e idéia infinita — como um só Pai com Sua família universal, unidos no evangelho do Amor.” Ciência e Saúde, pp. 576– 577. Nosso conceito de lar amplia-se quando constatamos que todos os filhos de Deus estão incluídos nele como uma única família.

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