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O melhor companheirismo

Da edição de setembro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem jamais se sentiu solitário ao menos uma vez?

Em geral falham as tentativas de preencher o vazio por meios materiais ou meramente humanos. O verdadeiro companheirismo precisa ter uma base espiritual. a oração inspirada é invariavelmente seguida de um crescente sentido de harmonia. Um desejo genuíno dessa harmonia é recompensado: a pessoa passa a fazer companhia às verdades do ser, e elas por sua vez lhe fazem companhia. A resposta é deixar que essas verdades nos acompanhem em tudo o que fizermos.

Há pessoas que contam haver encontrado companheirismo no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. De igual modo, todos os periódicos da Ciência Cristã inspiraram e, de há muito, vêm amparando a milhares de pessoas. A companhia dos fatos da realidade, encontrados nessas fontes, ajudam a manter-nos leais aos pontos de vista mais elevados do homem. Além disso, na medida em que entretemos a presença da Verdade perdemos progressivamente o medo da solidão ou o medo de não sermos queridos.

A gratidão a Deus e a consciência do Cristo são imprescindíveis. E precisamos querer conscientemente o Cristo como nossa companhia. A luz do Cristo revela com clareza as verdades eternas da realidade, o fato de que Deus é bom, de que o homem é Seu representante perfeito, e que o mal carece de substância.

A desventura da solidão resulta da resistência, consciente ou inconsciente, a estar em companhia do que o Cristo traz à luz. João, banido para a solitária ilha de Patmos no mar Egeu, numa tentativa de ser eliminada de vez sua influência em prol do bem, transformou a solidão em algo de grande proveito para milhões de pessoas solitárias. Para começar, considerou-se como “irmão... e companheiro na tribulação” Apoc. 1:9. até mesmo dos cristãos que se encontravam distantes. Sua “Revelação de Jesus Cristo” Apoc. 1:1., bastante distinta de sua mensagem profética, é um jubiloso lembrete sobre companheirismo. Ele foi capaz de discernir o convite que o Cristo faz a cada um de nós: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.” Apoc. 3:20. Somos levados a concluir que não deve haver solidão confrangedora.

Cristo Jesus tirava tempo para estar a sós com Deus, a fim de melhor preparar-se para seu iminente trabalho com Deus. Bem que podemos nos favorecer do conceito de solidão dado pelo Mestre. Podemos aprender a nos deleitar na presença invisível de Emanuel, ou “Deus conosco”. Tendo-se por demais companhia humana o sentido dessa presença talvez se perca na confusão de personalidades.

O reconhecimento da companhia salvadora do Cristo redime do pecado, da doença e da alienação todos os que amorável e persistentemente a procuram e a aceitam. De acordo com o Antigo e o Novo Testamentos confiar nessa presença real resultou no que parecia ser um livramento milagroso.

O livramento de certas formas de cativeiro e da morte foram vividamente documentados. Além disso, se uma percepção mais aguçada da presença do Cristo pode significar um livramento eficaz de perigo extremo e injustiça, por certo podemos confiar nesta presença para que nos dê companheirismo acertado sob todas as circunstâncias.

O que dizer da tendência em seguir apenas delineamentos pessoais com respeito à escolha de amigos e companheiros? Sem algum conhecimento da capacidade divina para nos guiar com acerto, a escolha feita por motivos egotísticos pode ser uma fonte de infortúnio e de desencanto. A vontade humana pode levar ao apego pessoal excessivo ou à hostilidade. A menos que haja algum desejo de reconhecer o poder do Cristo para unir pessoas com uma finalidade correta, até mesmo o relacionamento que começa de modo amistoso está sujeito a sofrer tensões ou a romper-se pela influência do sentido pessoal.

A menos que envidemos esforços no sentido de deixar que verdades específicas, as mensagens do Cristo, nos acompanhem e nos guiem, o julgamento meramente pessoal pode prevalecer sobre a orientação mais segura do Princípio. Vezes sem conta, a Sra. Eddy demonstrou esse ponto numa carreira em que a confiança no Princípio divino era da máxima importância. Dirigindo-se a um grupo de seus alunos, disse-lhes: “O Princípio, e não a pessoa, ocupa o primeiro lugar nos nossos corações, nos nossos lábios e na nossa vida. Nosso lema é Verdade e Amor; e, se nos abrigarmos na Verdade e no Amor, estes abundarão em nós, e seremos um em coração — um em motivo, um em propósito e um em empenho.” Miscellaneous Writings, p. 135.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, perdi a amizade de uma pessoa muito querida. Em vez de desperdiçar o tempo lamentando erros passados, busquei uma melhor compreensão do Princípio. Procurei emular a fidelidade de Abraão, que estava disposto a sacrificar até mesmo seu único filho, Isaque, em vez de desobedecer o que entendia ser uma ordem de Deus. Ao procurar uma compreensão melhor de Deus, a convicção espiritual asseverou-me que se viesse a necessitar de uma companhia mais permanente, esta estaria ao meu dispor. E foi assim que se deu.

Deixar que a inspiração cristã nos faça companhia, coloca a aprovação do Princípio antes da pessoa, Deus antes do homem, a aceitação da Verdade antes da crença cega. Consentimos com que os fatos espirituais do ser, em vez de os conceitos materiais errôneos, sejam nosso amigo e guia. E não é do plano de um Princípio divino todo amoroso que alguém fique sozinho, privado de companhia, ou sem a convicção da presença de Deus.

Quando acalentamos verdades espirituais estamos em comunhão com o Cristo. E, realmente, que melhor companhia podemos pedir?

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