Certa vez li, em um livro de contos, que um menino decidira dar um passeio ao luar Crockett Johnson, Harold and the Purple Crayon (Nova lorque: Harper & Row, 1955).. Como não havia lua no céu, o menino simplesmente pegou seu lápis de cor mágico e desenhou a lua. Depois, desenhou também o caminho por onde queria andar. Mais adiante, conta-se que, quando o menino precisou de um barco para chegar à terra firme, desenhou o barco com o lápis de cor, subiu no barco e levantou vela.
Naturalmente, era só história de faz-de-conta, mas muitas vezes penso nela. Lembro que o garoto tinha certeza de conseguir o bem de que precisava. E, sabem o que decidi? Decidi que há maneira melhor de encontrar o bem — algo até melhor do que algum lápis de cor mágico. Há a oração. Sempre posso orar e descobrir que Deus está comigo. Deus me dá aquilo de que realmente preciso. E a oração faz parte da vida real, não é uma história inventada.
Se estou com medo, ou doente, ou se preciso de uma amiga para fazer-me companhia, ou se quero ter bons pensamentos para ajudar meu cachorro quando este tem problemas — sempre que preciso da ajuda de Deus — eu oro. E oro também quando estou feliz.
Não estou querendo dizer que oro por coisas, como brinquedos. Minha oração é uma espécie de sentimento de que Deus está realmente onde estou, amando-me. Às vezes, oro com palavras: “Deus, eu Te amo muito, e como Tu és realmente meu Pai-Mãe, posso conversar conTigo, e Tu me mostrarás o que fazer. Isso é bom. Muito obrigada.”
Às vezes, a oração é mental. Simplesmente reconheço que Deus é bom, que Deus está em toda parte e que sou realmente Sua filha. Talvez o menino com o lápis de cor mágico pudesse desenhar a lua. Mas com a oração podemos sentir que Deus está perto o dia inteiro, e a noite inteira também. Seu amor é como uma luz que está sempre onde estamos.
Havia um tempo em que eu achava que não tinha amiga alguma. Nem queria pedir à Rebeca para brincar comigo, porque eu ficava com medo de que ela dissesse: “Não, não quero.”
Decidi orar, porque precisava sentir-me perto de algo bom. Por isso, comecei a pensar em Deus. Pensei: “Meu Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso Ver Ciência e Saúde por Mary Baker Eddy, p. 16., eu T e amo. Será que tens algo de bom para eu fazer, hoje?”
Em minha Escola Dominical aprendemos o que são anjos. As crianças que freqüentam a Escola Dominical da Ciência Cristã aprendem as verdades contidas na Bíblia e no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde. A definição de “anjos” encontrar-se à página 581 do livro-texto. Anjos não são seres com asas, não. Nem se pode fazê-los reais desenhados com lápis de cor. Anjos são pensamentos de Deus que vêm a cada um de nós, e que estão sempre justamente onde precisamos deles.
Bem, depois de pouco tempo (dez minutos, acho), tive uma idéia clara. Telefonei à menina nova que mora do outro lado da rua, e perguntei-lhe se queria vir à minha casa para jogarmos algum jogo, fazermos biscoitinhos, ou alguma outra coisa, e ela realmente queria vir. Ficamos tão contentes, as duas, que calculei ter sido aquele um pensamento angelical, e murmurei imediatamente: “Obrigada, Deus.”
Guia-me na tua verdade e ensina-me,
pois tu és o Deus da minha salvação,
em quem eu espero todo o dia.
Salmos 25:5
