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“De todo o coração”?

Da edição de julho de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


A maioria das pessoas está acostumada a ter periodicamente avaliado seu desempenho no trabalho. Às vezes pedem-nos uma auto-avaliação no que tange às qualidades de responsabilidade, autoconfiança e honestidade. Na área da meticulosidade e do esforça total, qual será o nosso desempenho? Provavelmente não tudo o que gostaríamos que fosse.

Os estudantes de Ciência Cristã aprendem o quanto é importante o seu auto-exame contínuo em termos de obediência aos ensinamentos da Ciência e de êxito em aplicar suas regras. Testam os pensamentos que nutrem e as ações subseqüentes para ver se estão ao nível do padrão da Verdade e do Amor divinos. A Sra. Eddy usa as palavras “na proporção” muitas vezes em seus escritos, ajudando o leitor a ver o relacionamento direto que há entre a fidelidade, ou devoção sem reservas a Deus, e a capacidade de demonstrar esta Ciência no viver diário.

O livro dos Atos relata uma experiência de Filipe, o Evangelista. “Um anjo do Senhor” inspirou-o a tomar a estrada que vai de Jerusalém a Gaza. Ali encontrou um eunuco etíope, devoto pesquisador da Verdade, que estava lendo o livro de Isaías. Após Filipe lhe haver explicado o texto bíblico, e a missão e os ensinamentos de Cristo Jesus, o etíope pediu para ser batizado. Filipe deu com clareza o requisito necessário para o batismo, replicando: “É lícito, se crês de todo o coração.” Atos 8:26, 37.

Nossa Líder, a Sra. Eddy, dá a resposta à seguinte pergunta em Miscellaneous Writings (p. 77):

“Dependia a salvação do eunuco simplesmente de ele crer que Jesus Cristo era o Filho de Deus?

“Sim, mas este crer era mais que fé no fato de que Jesus era o Messias. Aí verbo crer tomou o seu significado original, isto é, estar firme, compreender as grandes verdades asseveradas com relação ao Messias....” Em Ciência e Saúde também, a Sra. Eddy define a palavra “crer”. A primeira parte da definição diz: “Firmeza e constância; não uma fé vacilante ou cega, mas a percepção da Verdade espiritual.” Ciência e Saúde, p. 582.

Se, tal como o etíope, desejamos sinceramente ser batizados, ou purificados, e aumentar nossa devoção a Deus, precisamos atender às exigências de crer e saber no que acreditamos. Se constatamos que nossa sinceridade em crer em Cristo, a Verdade, e nosso jubiloso entusiasmo em resolver nossos problemas mediante a Verdade não chegaram ao máximo, talvez necessitemos examinar com honestidade o que significa ter restrições, ou seja, não crer de todo o coração. Algumas características desagradáveis então vêm à luz, tais como a instabilidade de propósito, a incerteza, a hesitação, a dúvida, a indiferença. Tais estados de pensamento são evidências do magnetismo animal, da resistência ao bem. Devem ser reconhecidas como imposições da mente mortal e não como nosso próprio pensamento, e precisam ser rejeitadas.

O grande mandamento, de acordo com Cristo Jesus, é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” Mateus 22:37. O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, apresenta este mandamento como pergunta penetrante: “Amas ‘o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento’?” Ciência e Saúde, p. 9. Ao examinarmos a qualidade de nossa devoção, acaso detectamos reservas, subterfúgios, falta de entusiasmo? Se assim for, esses falsos elementos mentais precisam ser expulsos. O verdadeiro crente não fica irresoluto. Recusa equivocar-se em sua obediência a Deus, em sua luta contra as influências e distrações mortais.

Mediante a compreensão da unidade do homem com seu Pai celeste por ser Sua semelhança, podemos firmes face à tentação de acreditar na realidade do erro. Obediência ao mandamento de Deus requer fé duradoura, constante; e as provas à nossa fé, corretamente sustentadas, estabelecem-nos sobre um fundamento mais firme, capacitando-nos a suportar as dificuldades — isto é, a não desistir diante delas. Consideremos intrépidos personagens bíblicos tais como Moisés e Paulo. Foram audazes e inabaláveis em servir a Deus. Não afrouxaram seus esforços quando em provações. Em Provérbios, lemos: “O justo é intrépido como o leão.” Prov. 28:1.

Paulo e Silas encontravam-se em Filipos para pregar o evangelho, quando, por ordem dos pretores da cidade, foram surrados e lançados na prisão. Mas oraram e cantaram louvores a Deus. Em resultado de sua oração, de sua gratidão e força moral, os alicerces da prisão tremeram e romperam-se as cadeias de todos os prisioneiros. E, pela manhã, Paulo e Silas foram soltos. Ver Atos 16:16–40.

Quaisquer que sejam as provações que se acumulem contra nós, podemos esforçar-nos para expressar a mesma confiança absoluta em Deus exemplificada por esses dois destemidos seguidores do Mestre. Se estivéssemos nas garras da dor ou tivéssemos sido inundados pelo desânimo ou convulsionados pelo medo, agora é o momento de nos voltarmos para Deus com a mais profunda confiança em Seu poder total. Agora é o momento de declarar com convicção que o Amor divino é onipresente e tem o controle completo do homem. Sua própria imagem, Seu filho querido. O que nos impele a esforçar-nos sinceramente para demonstrar a verdade, para sermos fortes no Espírito? É a Mente divina, Deus, a se expressar por nosso intermédio, respondendo antes que chamemos. Jesus fez clara distinção entre esforçar e procurar. Disse: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” Lucas 13:24.

Lembremo-nos de que, para crer verdadeiramente, precisamos compreender o Cristo, a Verdade, que Jesus apresentou mediante sua vida e seus ensinamentos. Existem fortes advertências bíblicas contra o ânimo dobre, a fraqueza de vacilar entre um e outro ponto de vista. Miscellaneous Writings afirma: “As Escrituras exigem mais do que uma simples admissão e fraca aceitação das verdades que elas apresentam; exigem uma fé viva, que incorpore suas lições em nossa vida a tal ponto que essas verdades se tornem o poder motivador de cada ato.” Mis., pp. 196–197.

Podem ser necessários testes constantes para que nos mantenhamos firmes no curso de crer de todo o coração, mas é um prazer esforçar-nos, suportar-nos, realizarmos. Nosso trabalho consiste em responder à mensagem crística de nossa unidade com nosso Pai-Mãe Deus como Seu descendente espiritual; dizer de todo o coração: “Eu creio”. E incorporar esta firme profissão de fé em nosso viver diário.

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