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Não há problema

Da edição de julho de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao perguntarmos a um amigo se ele é capaz de fazer determinada coisa, talvez sua resposta animada seja: “Não há problema.” A frase mostra também boa maneira de começar o tratamento pela Ciência Cristã.

“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado” Ciência e Saúde, p. 1., escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde Não há nenhum problema na Mente onipotente e onisciente. Os seres humanos, porém, muitas vezes confrontam-se com dificuldades. O modo de enfrentar e vencer tais dificuldades está em compreender a presença da Mente divina. O Cristo, a Verdade, falando à consciência individual, traz a percepção espiritual que afasta o medo e vence os desafios. Então, não há mais problema.

Quando temos problemas, sentimo-nos tentados a ter medo ou a aceitar uma sensação de fardo. Ora, a Ciência Cristã nos ajuda a reconhecer, em problemas, oportunidades. Tais ensejos nos habilitam — às vezes nos forçam — a procurar e encontrar soluções. Elevando-nos acima das dificuldades não somos mais perturbados por elas e obtemos a alegria proporcionada pelo domínio.

À distância, uma subida na estrada pode parecer bastante íngreme. Ao nos aproximarmos de carro, a elevação parece que vai se aplanando. Para o pedestre, essa mesma subida é mais difícil e exige muito mais esforço, mas o motorista, utilizando a força do motor do carro, enfrenta-a com tranqüilidade. Da mesma forma, quando enfrentamos os ameaçadores problemas do dia-a-dia, podemos estar certos de ter o poder do Amor divino para ajudar-nos. Não haverá necessidade de longa e penosa luta para chegar ao topo, se compreendermos que o homem reflete o poder de Deus.

O tratamento pela Ciência Cristã começa do ponto básico de que nada existe senão a Mente perfeita. O Espírito expressa-se em idéias espirituais. Essas idéias refletem, de modo natural, a perfeição da Mente que as concebe. Problemas surgem da crença de que haja uma criação imperfeita, o que implicaria outro criador e, portanto, outro poder, além do bem infinito.

Se cremos que os problemas são reais, colocamos obstáculos em nosso caminho. O que é real é eterno e, portanto, não pode ser suprimido. Compreender a irrealidade do mal e de seus desafios não significa, de modo algum, que os ignoramos. Os problemas parecerão muito reais até que um reconhecimento dos fatos espirituais os elimine.

Em seus escritos, a Sra. Eddy usa muitas vezes o termo “problema” sob luz muito positiva: fala na solução do grande problema do ser. Este é um assunto profundo, e envolve comprovar que a vida espiritual, perfeita, é a única existência real. Numa dessas passagens diz: “Cada estudante deve, tem que, resolver seu próprio problema do ser; consciente, no entanto, de que Deus trabalha com ele e de que não precisa de ajuda pessoal. A natureza da Ciência Cristã é demonstrar o bem, não o mal — a harmonia, não a discórdia; pois a Ciência é o mandato da Verdade que destrói todo erro.” Miscellaneous Writings, p. 283.

Resolver o problema do ser refere-se a apreender a totalidade do bem. Inclui compreender a irrealidade da matéria e de suas fraquezas. Sendo infinito, só o Espírito pode ser a única realidade. Assim, os Cientistas Cristãos não trabalham para livrarem-se de uma dificuldade “real”, mas para ver sua nulidade, uma vez que a solução já está à mão. Não se trata tanto de uma questão de destruir o mal, quanto de provar que este é irreal. A cura terá ocorrido quando reconhecermos ser a saúde o único fato. Em conseqüência, a doença é eliminada. Quando a saúde é discernida espiritualmente, manifesta-se humanamente em bem-estar.

Desafiar condições como doença, pobreza ou imoralidade, muitas vezes requer a profunda consideração espiritual do problema do ser e a oração que demonstra o bem. A grande obra de Cristo Jesus provou que sempre há uma solução disponível. Jesus nos assegurou: “Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” Marcos 11:24. O desejo em oração deve começar com reconhecermos que podemos obter o bem pelo qual ansiamos. As palavras de Jesus nos encorajam a ir além e a perceber que nossa confiança em que o bem está sempre presente, nos habilita a comprová-lo como fato.

Às vezes, uma condição aflitiva ou uma situação desconcertante causa tanto medo e tensão que fica difícil pensar claramente. O problema preocupa-nos o pensamento. Nessas horas, temos de apartar-nos, com firmeza, do erro. Veemência autêntica talvez se faça necessária, se for para recusarmos ser mesmerizados. Podemos fazêlo, e sentir a presença calma e forte do Cristo, a Verdade. O mal é desafio quando o aceitamos como fato. Rejeitando e invertendo as mentiras do mal, vemos a verdade com clareza e provamos que o mal não tem poder para nos subjugar. Nós não temos de destruir o erro. A Verdade o corrige, de modo natural. As trevas do medo, da dor ou da dúvida são desfeitas pela luz do Cristo.

Certa vez, ao escalar uma montanha com um grupo de amigos, deparamo-nos com um enorme penhasco que parecia bloquear completamente nossa trilha. Tínhamos sido alertados para não saírmos da trilha, pois havia velhas e abandonadas minas de estanho nas redondezas. O líder do grupo, porém, conhecia o terreno e guiou-nos à volta da rocha, oferecendo um braço forte para puxar-nos para o topo. Logo, o que parecia um problema, revelou ser um imenso degrau. Tendo galgado o rochedo, deparamo-nos com gloriosa vista da região circunvizinha. Semelhantemente, problemas sociais, físicos, morais ou mentais que confrontam a humanidade, podem tornar-se oportunidades de elevação e de obtenção de vistas mais distintas de Deus e do homem.

Aqueles que se deparam com problemas e os resolvem, tornam-se mais fortes. Cada dificuldade vencida deixa de existir para eles. E uma condição que tenha sido totalmente curada com o tratamento pela Ciência Cristã não pode voltar. Sua irrealidade permanente foi comprovada e qualquer medo que tenha provocado foi dissipado pela compreensão espiritual do domínio dado por Deus ao homem. A gloriosa libertação que resulta, muitas vezes apaga até mesmo a lembrança do sofrimento. A alegria da vitória permanece para sempre.

Comprovei em minha própria experiência que isso é verdadeiro. Havia já algum tempo que uma condição física me afligia. De vez em quando, uma praticista da Ciência Cristã dava-me tratamento e eu orava continuamente. Vários aspectos do problema foram tratados e desapareceram, mas persistia uma sensação de dor e de fraqueza.

Certa noite, após um dia excepcionalmente difícil, pus-me a meditar. Comecei a expressar gratidão pelo fato de que, apesar do problema, eu sempre conseguia cumprir minhas obrigações. Que eu soubesse, ninguém estava a par da dificuldade, e por isso senti-me grata. Então orei com sinceridade para saber o que mais era necessário. Numa torrente de luz, veio-me o pensamento: “Pare de pensar em si como em alguém que tem problema.”

Percebi, de imediato, que esse era o nó da questão. Sentia-me grata porque o problema não interferia com minhas atividades, grata porque o problema não era conhecido de outros, mas continuava a crer que tinha um problema! E queria livrar-me dele pela Ciência Cristã! Então vi ser-me necessário compreender que, do ponto de vista da totalidade de Deus, na verdade não havia condição alguma a ser curada, pois só o bem existe de fato. Vi também que podia deixar de pensar em uma dificuldade física insistente e, com grande alívio, comecei imediatamente a fazê-lo. O problema desapareceu e nunca mais voltou. Não havia problema para mim, porque na realidade nunca houvera nenhum.

Se alguém nos perguntar: Você pode demonstrar o poder sanador de Deus? respondamos com alegria e confiança: Não há problema!

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