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Como é que se “desvia o olhar do corpo”?

Da edição de agosto de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao ler o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, encontrei a seguinte declaração: “Desvia o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de toda felicidade, harmonia e imortalidade.” Ciência e Saúde, p. 261.

Já havia lido essa frase diversas vezes antes. Na verdade, era uma à qual eu recorrera com freqüência, pois sempre me soara tão maravilhosa. Ao lê-la dessa vez, porém, veio-me ao pensamento o desafio: Como é que posso de fato desviar “o olhar do corpo para a Verdade e o Amor”? Como é que posso obedecer a esse conselho e provar a verdade? A resposta estava na linha seguinte: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.”

Tornou-se-me claro que por ser, em realidade, a expressão da Mente divina, Deus, eu podia obedecer a essa ordem e usufruir em minha vida diária do poder que a obediência à Verdade traz.

Aí começou o desafio de vigiar o pensamento. De fato, era uma vigilância constante para ver se eu estava mantendo o pensamento nas coisas de Deus: em Sua bondade, perfeição, presença e poder totais. No início, vi que uns cinco minutos depois de começar a “vigília”, era-me necessário trazer o pensamento várias vezes de volta da excitação do modo de pensar mortal. Fiquei certa, no entanto, de que na verdade o Princípio divino e sua lei me governavam continuamente como sua expressão; que eu não podia deixar de obedecer à lei divina e que, portanto, podia praticar a lei divina do bem. Sabia que a Verdade deteria os pensamentos usurpadores e estabeleceria com firmeza o pensamento disciplinado.

Pouco a pouco, minha consciência tornou-se mais consistentemente espiritual. Percebi que a vigília também era um modo de obedecer a um aspecto importante do último artigo de fé d'A Igreja Mãe, constante do livro-texto: “E prometemos solenemente vigiar, e orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus....” Ibid., p. 497. Sem dúvida, o pensamento de Cristo Jesus atinha-se com firmeza às “coisas duradouras, boas e verdadeiras”. A sua era, de fato, uma consciência sanadora.

Esse conceito de ater-se ao bom e verdadeiro já fazia parte apreciável de meu modo de pensar quando, certa manhã, tive a oportunidade de provar o poder curativo dessa disciplina. Coloquei gordura quente em um pote e peguei-o para pô-lo em outro armário. O pote escorregou e a gordura quente derramou-se por cima de minha mão direita.

Lembrei-me da instrução de desviar o olhar do corpo para a Verdade e o Amor. Passei a declarar que eu estava, naquele instante, mantendo o pensamento firme no duradouro, bom e verdadeiro, ou seja, que, independente da sensação material, eu podia firmar o pensamento em Deus, em Sua presença constante e em Seu poder absoluto. Afirmei que naquele exato instante a falsa crença de haver vida na matéria não podia levar-me a crer que houvesse uma lei de acaso ou acidente. Insisti em que meu pensamento estava, naquele momento, imbuído da firme convicção de que a única lei que me governava era a lei incontestável do bem.

Orei, então, em voz alta: “Obrigada, Pai, por Tua lei do bem sempre presente e por Teu poder espiritual, que anulam o sentido mortal de vida. Louvo o Teu nome, louvo o ‘bem’ como ‘Deus; Espírito; onipotência; onisciência; onipresença; oniação’ ” (Ciência e Saúde, p. 587). Perguntei-me: O que existe além do Tudo? Nada! Vi que isso era exatamente o que a sugestão de acidente era: nada. Não pensei mais no caso e, alguns dias depois, vi que não havia um único vestígio do acidente.

O trabalho de cura foi mental, mas o que significa, nesse caso, a palavra “mental”? É claro que não se refere ao materialmente mental, dependente do cérebro, mas antes ao moral e espiritualmente mental, derivado da única Mente divina, Deus, que sempre conhece Sua idéia, o homem, como perfeita.

Ciência e Saúde declara: “A verdadeira consciência do homem não está em qualquer semelhança corpórea ou pessoal mas sim na semelhança mental com o Espírito.” Ibid., p. 302. Aí é que reside o poder do pensamento: na verdadeira consciência, ou a Mente divina, Deus. Percebendo isso, vemos que é possível desviar o olhar do corpo e firmar o pensamento — em oração — no que é espiritualmente verdadeiro, pois na realidade a Mente divina é que o firma. É divinamente necessário ao homem ter caráter cristão. Qualquer sugestão em contrário nada é senão uma crença falsa.

Quão grato é saber que os textos da Bíblia e de Ciência e Saúde não são meras palavras bonitas que gostamos de ler ou repetir de memória, nem são simples teorias. São verdades espirituais científicas, idéias divinas, que, quando compreendidas e aplicadas, tornam-se tangíveis em nossa experiência no presente.

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