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Encontrando a liberdade mediante filiação à igreja

Da edição de agosto de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


As pessoas nem sempre associam liberdade com filiação à igreja. Muitas acham bem o contrário: que sua liberdade de agir como querem fica seriamente restringida, quando se envolvem com instituições e organizações.

A Ciência Cristã, no entanto, lança nova luz sobre essa questão toda. Traz aquela liberdade cujo caráter é muito mais fundamental, e esta influência libertadora estende-se, por sua vez, aos nossos relacionamentos dentro da organização e, até, a todas as veredas de nosso viver. Filiação à igreja traz muitas recompensas: renascimento espiritual, fortalecimento da unidade de propósito com outros, oportunidades de partilhar o ânimo da cura pela Ciência Cristã com nossas comunidades. Este editorial ocupa-se apenas de uma faceta do bem espiritual que a filiação à igreja pode trazer, isto é, a descoberta do que a liberdade realmente significa para a nossa vida individual e, portanto, para as nossas comunidades.

A Ciência oferece o caminho que permite nos livremos da mais tirânica forma de escravidão: a dominação exercida pelos sentidos materiais. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A escravização do homem não é legítima. Cessará quando o homem entrar na posse de sua herança de liberdade, ou seja, o domínio que Deus lhe deu sobre os sentidos materiais.” Ciência e Saúde, p. 228.

Os sentidos materiais são o canal por onde recebemos informações, a respeito de nós e do mundo em geral. Quando acreditamos apenas no que eles nos dizem acerca de nossa situação na vida, estamos sendo dominados. Estamos escutando e aceitando a crença de que as condições materiais constituem a realidade da vida. Mas essa crença não é verdadeira.

A verdadeira identidade do homem, a sua e a minha, tem sua fonte em Deus, o Espírito. O homem não é um mortal, aprisionado numa mortalidade decadente ou limitado por uma mentalidade material. O homem é a idéia ilimitada, consciente, imortal, de Deus, a Mente infinita, a Vida e o Amor. Quem não desejaria desfrutar da liberdade presente ao se compreenderem tais verdades espirituais que rompem a servidão?

Cristo Jesus arrasou com as leis aparentemente implacáveis da matéria, mediante suas irrefutáveis obras de cura, evidenciando o domínio sobre a matéria que lhe fora dado por Deus. Jesus, ao demonstrar a Vida divina, venceu as condições materiais e as transcendeu. Rompeu as restrições impostas pelas crenças materiais e mostrou que a lei libertadora, lei de Deus, pode ser comprovada em todas as circunstâncias humanas. Os ensinamentos da Igreja de Cristo, Cientista, assentam sobre o próprio fundamento do Cristo, a Verdade, que Jesus demonstrou. É por isto que unir-se a essa Igreja é tão útil à nossa genuína liberdade. O Mestre ensinou e demonstrou que Deus é bom, que Deus não é o criador do pecado, da doença, da enfermidade, da carência e da morte, mas que é a própria Vida infinita. O próprio Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10. E Ciência e Saúde assegura-nos: “A Ciência Cristã ergue o estandarte da liberdade e grita: ‘Segui-me! Fugi da escravidão da doença, do pecado e da morte!’ Jesus traçou o caminho.” Ciência e Saúde, p. 227.

“Mas o que tem a filiação à igreja a ver, de fato, com demonstrar domínio sobre os sentidos materiais?” alguém talvez indague. “Quando não posso ir à igreja, acaso não posso encontrar a liberdade ao trabalhar e orar à minha moda?” Certamente. Pessoas que vivem em regiões remotas nem sempre conseguem comparecer a uma igreja por mais que o desejem, mas isto não significa que o Cristo redentor e sempre presente não se encontre tão próximo delas quanto de um freqüentador regular de igreja. O amor de Deus está sempre à mão, onde quer que estejamos, e nos libertará das pretensões dos sentidos materiais na proporção em que estivermos dispostos a orar, escutando o Cristo e lhe obedecendo. De fato, é neste voltar-se para Deus, sincera e individualmente, que todos os Cientistas Cristãos, de todo o mundo, encontram sua unidade fundamental uns com os outros. É desta maneira que se unem em apoio ao conceito verdadeiramente espiritual de Igreja, o qual, por sua vez, sustenta a organização.

Tal como nossa Líder, a Sra. Eddy, diz: “Só nos podemos unir a essa igreja à medida que nascemos de novo do Espírito e alcançamos a Vida que é a Verdade e a Verdade que é a Vida, produzindo os frutos do Amor — expulsando o erro e curando os doentes.” Ibid., p. 35.

Contudo, se o fazer parte do quadro de membros de uma igreja filial está ao nosso alcance, o participar das atividades da igreja oferece incentivo e oportunidade especiais de superar os elementos básicos do materialismo que nos retêm em servidão, especialmente a vontade humana. Filiação à igreja requer que deixemos de lado o que a vontade humana pessoal diz que desejamos fazer a respeito de determinada situação, permitindo que prevaleça a decisão da maioria e confiando na efetividade da vontade de Deus. Mesmo que a decisão majoritária nem sempre nos pareça a melhor segundo o nosso ponto de vista, a disposição de cooperarmos amavelmente e de confiarmos na lei do Amor divino é útil ao nosso crescimento espiritual. Conseguimos em certa medida a liberdade dos elementos escravizadores do egotismo e da autojustificação, que constituem facetas do materialismo.

E, enquanto orarmos a respeito da situação e deixarmos que as qualidades de humildade, paciência e tolerância abram caminho à solução, estaremos demonstrando, até certo ponto, as qualidades do Cristo, as quais conduzem a superarem-se, eventualmente, todas as pretensões dos sentidos materiais. Jesus falou na necessidade do verdadeiro sentimento cristão para que haja salvação, quando disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6.

A liberdade recompensadora que resulta da filiação à igreja é a liberdade de ser e fazer o que, com nosso mais profundo desejo, queremos ser e fazer. Todos desejamos estar satisfeitos, ser úteis e dignos. Mas a verdadeira liberdade não se encontra realmente em cedermos às exigências e aos caprichos dos sentidos materiais. Como estes falsos sentidos nos confinariam nos limites da suposta vida na matéria, não nos podem trazer satisfação.

Somente o que descobrimos e demonstramos da realidade espiritual, a substância do Espírito, a Vida divina, dá a alegria pura que todos procuramos. Não existe maior felicidade a ser encontrada que a de demonstrar a espiritualidade inerente ao homem como idéia de Deus e, especialmente, em ajudar outros a constatarem que estão livres da materialidade. Para que conquistemos a liberdade para nós mesmos faz-se invariavelmente necessário que nos preocupemos com a liberdade de toda a humanidade, para que esta fique livre do cativeiro do materialismo. E este é o verdadeiro propósito da Igreja: libertar a todos das crenças mortais que escravizam. Quando nos aliamos ao trabalho que satisfaz, de libertar cada indivíduo, é que encontramos o verdadeiro contentamento.

As bênçãos de superar temores, inibições, sensualismo, rebelião, podem todas ser conquistadas mediante o altruísmo promovido pelas atividades da igreja. Vencer os erros mortais e viver de acordo com o governo que Deus exerce sobre o homem são os meios de encontrarmos nossa liberdade para curar e sermos curados pela presença do Cristo em nossa vida.

A pretensão dos sentidos materiais, de darem-nos a verdadeira liberdade, é apenas engodo tentador a manter-nos ainda mais presos à escravidão da matéria. Mas a porta de saída da prisão está aberta! Ao nos conscientizarmos de que a liberdade vem apenas com crescermos para fora da materialidade, estaremos entusiasticamente dispostos a deixar que a filiação à igreja nos ajude em nosso caminho.

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