A menininha subiu para o assento do sofá, ao lado da bisavó. “Conte uma história”, implorou. “Por favor, conte uma história.” Patrícia gosta muito de livros e de histórias. E a bisavó também. Dessa vez, a bisavó contou a Patrícia esta história real:
“Num sábado à tarde, numa cidadezinha de praia, minha família estava ajudando a arrumar a igreja para o culto dominical da Ciência Cristã. Era um dia claro, de sol, e a porta da igreja estava toda aberta. Um passarinho entrou voando porta a dentro e saltitou por ali. Viu a luz nas vidraças que havia no teto alto e voou para lá, na esperança de estar ao ar livre de novo. Mas viu-se preso.
“Queríamos deixar o passarinho sair, mas não conseguíamos que ele descesse até a porta. Acabou ficando tarde e tivemos que fechar a igreja e deixar o passarinho lá dentro.
“No domingo pela manhã, quando as pessoas se reuniram na igreja e os alunos estavam todos na Escola Dominical, eu contei aos meus alunos o que tinha acontecido com o pássaro. Sentimos vontade de orar para achar a solução correta.
“Alguém citou as palavras de um hino:
Deus a todos livres fez.
Liberdade a Vida é.
Deus nos une o coração
Num só laço fraternal.Hinário da Ciência Cristã, n° 83.
Falamos no amor de Deus e no Seu cuidado para com toda a Sua criação. As crianças tinham certeza de que Deus cuidava do passarinho.
“Depois da Escola Dominical, seu bisavô, um amigo e eu ficamos sentados na igreja, calados. Oramos a Deus por uma resposta para podermos ajudar o passarinho a reconquistar a liberdade. Pensei: ‘Certamente, Deus fez a todas as Suas criaturas livres.’
“Após alguns momentos, o amigo que estava conosco decidiu oferecer água ao passarinho. Colocou uma tigela com água em cima de uma mesa, em frente à porta aberta. Depois disso, sentamos silenciosos, esperando que algo de bom acontecesse.
“Logo a criaturinha desceu para a mesa, pulou para a beira da tigela, bebeu e voou porta fora — livre!”
Patrícia olhou para a bisavó, ao final da história. “Sabe, Patrícia, aquele passarinho sempre esteve livre. Tudo o que tinha de fazer era descobrir que estava livre e demonstrá-lo”, disse a bisavó. “Isso mesmo, ele sempre esteve livre!” concordou Patrícia, aprovando com a cabeça.
E, na vez seguinte em que a bisavó veio visitá-los, adivinhem qual foi a história que Patrícia lhe pediu para contar?
