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Progresso: atenção aos indicadores corretos

Da edição de agosto de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Nos dias atuais, as tendências da economia são um grande fator na vida das pessoas, afetando suas decisões de múltiplas maneiras. Os jornais diários e os noticiosos do rádio e da TV incluem geralmente informações sobre as atividades do mercado de ações, as mudanças nas taxas de juro e as flutuações no preço de mercadorias. Artigos em revistas e livros, que abordam e analisam várias outras facetas do cenário econômico pessoal, empresarial, nacional e global, proliferam.

No entanto, apesar de todos os atuais e sofisticadíssimos meios de colher e analisar informações, parece que a humanidade ainda está bastante à mercê das tendências nacionais e mundiais, ao invés de em controle delas. Haverá maneira mais segura de cuidar do assunto? Existirá um método em que o indivíduo possa confiar e que se aplique também a um cenário econômico mais amplo, universal?

Sim, existe uma maneira científica, espiritual, de abordar esse assunto e que é imensamente prática e eficaz, exatamente agora, em todos os níveis. Envolve indicadores assaz diversos dos que os economistas esquadrinham e um tipo de progresso que é individual e espiritual. Este método foi traçado há quase dois mil anos pelo Mestre, Cristo Jesus.

A conexão existente entre obedecer a Deus e ter domínio sobre as condições humanas foi vislumbrada e demonstrada em grande intensidade por Moisés e pelos profetas, conforme consta no Antigo Testamento. Jesus, no Novo Testamento, expõe-na sem rebuços nestas palavras tão conhecidas dos cristãos: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? ... pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:31–33.

Está claro que Jesus dizia aos seus seguidores, inclusive a você e a mim, hoje, que nos ocupássemos primeiro em compreender Deus e obedecer-Lhe; então, inevitavelmente, a necessidade humana seria atendida. Um estudo de suas palavras e obras mostra que o reino de Deus era, para ele, a realidade presente e não alguma utopia distante. Os Evangelhos relatam um número de casos em que Jesus exerceu controle absoluto sobre a carência. Está registrado que alimentou vários milhares de pessoas com uns poucos pães e peixes. Ver Mateus 14:15–21; 15:32–38.

Jesus falava freqüentemente no amor de Deus pelo homem; falava em vida abundante, na atualidade do reino dos céus. Serão os seus ensinamentos realidade presente ainda agora e ainda capazes de serem comprovados individualmente? ou será que a complexidade e a enormidade do cenário econômico mundial afastam, hoje em dia, essa maneira tão radical de solucionar problemas?

Consideremos as palavras em Ciência e Saúde, onde a Sra. Eddy escreve: “Jesus de Nazaré foi o homem mais científico que já palmilhou a terra.” Ciência e Saúde, p. 313. Muitos dos leitores desta revista aceitam a premissa de que o reino dos céus é, de fato, a realidade presente, ainda que fracamente vislumbrada pela humanidade. Esforçam-se diariamente para aprender mais a respeito desta realidade, mediante o estudo da Bíblia, e dos escritos de autoria da Sra. Eddy, e para demonstrar a lei espiritual neles exposta. Sustentados por provas obtidas em suas próprias vidas, quanto ao aspecto prático e ao poder da lei espiritual, adquirem a confiança em que suas orações pela pátria e pela humanidade têm efeito curativo e enaltecedor sobre o pensamento do mundo.

Independente de quão bem ou mal estejamos nos saindo neste curso, no momento, todos temos a capacidade, dada por Deus, de ser inteiramente obedientes aos ensinamentos de Jesus. E eis a melhor parte disto: não necessitamos esperar que um corpo governamental ou oficial entre em ação, que um conselheiro econômico nos diga o que fazer, ou que nossa situação no emprego melhore. Agora mesmo, podemos disciplinar-nos e não nos preocupar — não nos inquietar e sim ficar menos ansiosos — com as condições materiais, não só do corpo e sua alimentação e cuidado, mas também de nossas finanças e posses (indicadores que o mundo considera tão importantes). Procuraremos aprender mais, a cada dia, mediante oração e estudo, a respeito de Deus e de Sua criação perfeita.

“Reconcilia-te, pois, com ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem” Jó 22:21, lemos no livro de Jó. Ou, como o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, diz: “Desvia o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de toda felicidade, harmonia e imortalidade.” Ciência e Saúde, p. 261. Quem estiver orando, segundo a Ciência Cristã, por uma cura física, desviará o olhar do corpo e dos sintomas de doença e o voltará para o que é verdadeiro, o Deus todo-poderoso, o bem, e o homem espiritual como Sua imagem e semelhança. De igual modo, precisamos desviar o olhar do saldo bancário, do salário, das perspectivas de emprego, etc., quer estas coisas indiquem abundância ou insuficiência. Bem faremos em nos deter no que estamos aprendendo a respeito da onipotência e da onipresença de Deus. Idéias espirituais incontáveis fluem da Mente onipresente agora mesmo, as quais, se compreendidas e utilizadas, haveriam de atender a todas as necessidades humanas. Este fato pode ser comprovado agora por você e por mim, tal como o foi no tempo de Moisés e dos profetas, no de Jesus e seus discípulos.

Receptividade ao fluxo do bem procedente do Amor divino, a Mente infinita, e gratidão por esse fluxo, abrem o caminho para que, havendo necessidades legítimas, sejam atendidas em maneiras que os indicadores materiais nunca teriam revelado. “Todas estas cousas”, a que Jesus se referia, desdobram-se bela e adequadamente em nossa vida enquanto a espiritualização do pensamento afasta de nós os fardos da indecisão, da preocupação e da falsa responsabilidade por nossos entes queridos.

O egotismo pode obstruir o progresso espiritual se não estivermos alerta. Para quem sente a pressão económica, ele pode apresentar-se na forma de inveja, comiseração própria ou autojustificação. Mas o mero repassar dos males económicos, pessoais ou nacionais, silenciosa ou audivelmente, não promove a cura. Por outro lado, inverter mental ou audivelmente os argumentos negativos, se a ocasião surge, contrapondo-lhes as verdades que aprendemos em nossa contínua educação espiritual, tem efeito de cura definitivo.

O egotismo também pode tomar a forma sutil de deixar outros saberem que vamos indo bem financeiramente. Mas não se pode registrar o crescimento espiritual simplemente em mapas ou gráficos, em termos de pobreza ou riqueza material. Temos de examinar a qualidade de nosso próprio pensamento, a fim de determinar como nos estamos saindo. Ciência e Saúde afirma: “Para nos certificarmos de nosso progresso, precisamos saber onde pomos nossos afetos, e a quem reconhecemos e obedecemos como Deus. Se o Amor divino está se tornando mais próximo, mais querido e mais real para nós, a matéria se está submetendo ao Espírito. Os objetivos que procuramos alcançar e o espírito que manifestamos, revelam nosso ponto de vista e mostram o que estamos ganhando.” Ibid., p. 239.

Estaremos amando Deus um pouco mais a cada dia que passa? Reconhecendo a supremacia do Espírito com maior constância diante da evidência material? Prestando atenção mais seguidamente às intuições vindas da Mente e nelas confiando? Este é o efeito do Cristo, a Verdade, que Jesus demonstrou — em ação. Maior calma, domínio, alegria e abnegação são algumas das manifestações exteriores do Cristo em ação na consciência humana.

O escopo do crescimento espiritual é de tal natureza que nenhum mapa ou gráfico o pode indicar. Cada um de nós precisa conduzir sua própria auto-investigação. Quanto à questão do suprimento, perguntemo-nos: Poderia eu, iria eu, humilde, alegre e confiantemente continuar a reconhecer absolutamente que Deus, o Espírito, é a fonte de todo o bem para minha família e para mim, hoje, se:

1. Meu salário, minha pensão, minha mesada ou a renda de meus investimentos fosse cortada integralmente?

2. De repente, eu me tornasse materialmente muito rico?

Talvez muitos de nós em toda a honestidade não possamos responder estas perguntas com um sim inequívoco, neste atual estágio de nosso crescimento espiritual. Mas elas podem nos recordar de nossa meta: a convicção inabalável de que o Espírito é a verdadeira substância.

Ao aprender um pouco mais, cada dia, a respeito de Deus e de Seu desvelo por todos os Seus filhos e ao colocar essa compreensão em prática, damos testemunho do reino dos céus à mão. E nossa confiança não mais se assemelha à linha de um gráfico — que sobe e desce, em conjunção com a evidência material mutante — mas que vai aumentando, pouco a pouco, sem parar.

Mediante a obediência aos ensinamentos de Cristo Jesus, seus seguidores de hoje em dia têm, de fato, a oportunidade de contribuir para a elevação do pensamento individual e o mundial, elevação que o conduz para fora do materialismo. E, cada um de nós, como reflexo do único infinito, está plenamente qualificado a fazê-lo.

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