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Libertação mediante o Cristo

Da edição de agosto de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Pessoas que estão padecendo de dor precisam de algo mais do que alívio. Precisam de cura. Pessoas que estão sofrendo de culpa e remorso e, ainda assim, continuam a pecar, necessitam de algo mais do que palestras estimulantes. Necessitam de regeneração. Pessoas enlutadas e solitárias necessitam mais do que um ombro para chorar. Precisam ser restauradas, sentirem-se completas.

Cura, regeneração e restauração estão além de meras proezas humanas. São efeitos de Deus, atividades do Cristo, a Verdade.

Cristo é o estado ideal, imortal, do homem, a verdadeira idéia do homem como filho e filha de Deus. O Cristo eterno liberta o corpo e a alma e o coração das concepções errôneas materiais e mortais, livrando-nos para expressarmos a verdadeira identidade de homem, inclusive o sentido espiritual e a vitalidade perpétua. Cristo alcança a humanidade mediante bondade e amor altruístico, tal como Cristo Jesus o ilustrou supremamente.

Jesus foi o Salvador ungido, o Filho de Deus. Expressou o Cristo, a Verdade, no mais elevado grau. Curou instantaneamente o sofredor, por meios espirituais unicamente. Reformou o pecador e consolou o aflito. Por vezes, pessoas cheias de fé acorriam a Jesus em busca de cura, mas era-lhe comum despertar a fé em Deus onde essa qualidade não se fazia evidente. Desse modo, Jesus provou que suas obras de cura estavam assentadas na própria Verdade, ao invés de apenas na fé humana.

Será que havia muita evidência de fé em Deus ou mesmo em Jesus antes que alguma das seguintes curas ocorresse?

1. Um homem, enfermo havia trinta e oito anos, não tinha quem o ajudasse a entrar no tanque que ele acreditava ter propriedades curativas. Jesus perguntou ao homem: “Queres ser curado?” e ordenou: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:6, 8. O homem, levantado para uma nova maneira de ver a si próprio, obedientemente respondeu ao mandado e foi curado! Contudo, antes de sua cura, ele tinha fé num tanque de água e não em Deus!

2. Talvez nada mais do que a curiosidade impelisse Zaqueu, fraudulento coletor de impostos a serviço dos romanos, quando este subiu a uma árvore a fim de olhar por cima da multidão que cercava Jesus. O Mestre notou-o e chamou: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.” Lucas 19:5.

Jesus deve ter despertado a fé que deu àquele homem desonesto a capacidade de aceitar seu mérito espiritual natural. Zaqueu decidiu voluntariamente dar metade dos seus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais a quem houvesse defraudado mediante falsa acusação.

3. O Mestre aproximou-se de um funeral. Acaso havia evidência de esperança no semblante da chorosa viúva que seguia o caixão de seu único filho? Jesus compassivamente disse-lhe: “Não chores!” Lucas 7:13. A seguir, ressuscitou o jovem.

Está claro que mais do que a fé em Deus, ou em Jesus, realizou essas três curas. Em cada caso, o Cristo salvador foi demonstrado mediante a compreensão de Jesus e sua prática da verdadeira natureza de Deus, a quem chamava Pai, o Espírito; e do homem espiritual, o filho de Deus.

Na época de Jesus as pessoas podiam sentir os efeitos do Cristo, a Verdade, simplesmente por estarem na presença bondosa de Jesus. Mas, e nós, hoje em dia? São-nos negados os efeitos do Cristo porque Jesus não mais se encontra na terra? Acaso sua ascensão teria sido um passo de progresso para ele e um retrocesso para a humanidade? Não podia ser. Conhecendo a universalidade eterna do Cristo, Jesus prometeu: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” João 14:18.

Cristo, a Verdade, veio a nós mediante a revelação da Ciência Cristã. A Sra. Eddy foi despertada espiritualmente para perceber que Jesus não só expressava o Cristo, a Verdade, mas exemplificava o Cristo, a Verdade, para que todos o seguissem. A Ciência divina que a Sra. Eddy trouxe à humanidade é o Consolador prometido, a lei da cura oriunda do Princípio divino que Jesus ensinou e praticou.

Se agora esperamos apenas vagamente que a Ciência Cristã possa curar-nos, redimir-nos e restaurar-nos, é-nos possível progredir da crença cega para a fé ativa. Podemos avançar da fé ativa para a compreensão plena a respeito de Deus e do homem que esta Ciência ensina, e assim demonstrar, para nós mesmos, o que a Verdade pode fazer. E, mesmo que não acreditemos nem um pouco, mas sejamos como um curioso ocasional, ainda assim, tal qual Zaqueu, podemos subir suficientemente alto para investigar.

Podemos estudar as lições bíblicas do Livrete trimestral da Ciência Cristã. Com a ajuda das Concordâncias para a Bíblia e para os escritos de autoria da Sra. Eddy, podemos pesquisar as verdades adequadas às nossas necessidades. Podemos devotada e espiritualmente raciocinar com estas verdades, como é ensinado no Curso Primário de Ciência Cristã, e, deste modo, deduzir conclusivamente que somos, em realidade e de maneira prática, criados à semelhança de Deus, impecavelmente sãos e completos.

Mediante o tratamento pela Ciência Cristã, a aplicação devotada e direta da fé, da compreensão e do amor cristão, a Verdade demonstra sua veracidade em efeitos de cura visíveis e tangíveis. No caso de uma determinada necessidade, podemos, mediante o estudo de nossos livros de texto e da prática dos ensinamentos da Ciência Cristã, elevarnos, deixando de pôr em dúvida se a Verdade dará resultados e colhendo a prova de que a Verdade não pode falhar. Mas ninguém sabia melhor do que a Descobridora da Ciência Cristã que os passos rumo a Deus, passos de estudo e prática de preceitos morais e espirituais, não são, em si mesmos e de si mesmos, a causa da cura. Se fossem, a Ciência Cristã estaria à mercê da personalidade mortal ou da capacidade humana finita. O sanador real é o espírito do Cristo. A Sra. Eddy escreve: “Ficai também certos disto, que livros e ensinamento são apenas uma escada descida do céu da Verdade e do Amor, pela qual os pensamentos angelicais sobem e descem, trazendo em suas asas de luz o espírito de Cristo.” Retrospecção e Introspecção, p. 85.

Quando estamos suficientemente interessados na cura cristã para nos valermos dessa escada da oração, para as nossas próprias necessidades e para as de outros que, porventura, procurem nossa ajuda, oferecemos nossa vida e nossa alma e nosso coração ao espírito do Cristo, que redesenha o conceito que temos a nosso próprio respeito, revelando nossa identidade na semelhança de Deus. Nem mesmo os mais nobres dos esforços humanos, mas o próprio Cristo — que reluz de modo inefável e por igual sobre nossos pedidos audíveis, nossos anseios silenciosos e nosso desespero inexprimido, verdadeiramente atende às nossas necessidades. O Cristo de Deus, sanador, quando acalentado na consciência, espiritualiza os nossos pensamentos e purifica os nossos atos, estendendo-se além dos limites de nossa própria experiência para atender às necessidades do mundo. Cristo, a Verdade, está, de fato, em toda parte, sempre.

Muitos de nós, cheios de fé, já erguemos o olhar para o Cristo em busca da unção espiritual que cura. Mas precisamos fazer mais do que isso se desejamos realizar as “outras [obras] maiores” que Jesus esperava fizéssemos (ver João 14:12). Jesus olhava a partir do Cristo, com a compreensão crística que o autorizava a demonstrar o que discernia espiritualmente. Agia com a autoridade crística que despertava os outros, para que provassem, em certa medida, o potencial crístico que tinham. E mostrou-nos que também nós podemos fazer o mesmo.

Nossa fé pode e precisa crescer até à compreensão e à demonstração, pois a cura cristã é mais do que cura pela fé cega. A verdadeira cura cristã é cura pela Ciência Cristã.

Com certeza podemos demonstrar que estamos livres da carne. Um sanador divino, Redentor e restaurador está conosco, entre nós, agora, convidando-nos a provar e saborear seu poder. Cristo é a verdadeira individualidade do homem e a nossa. A Ciência Cristã é a lei de nosso ser real, a história de nossa identidade eterna. E nós podemos comprová-la.

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