O assunto de negócios e desemprego é uma questão complicada que abrange barreiras protecionistas de comércio, quotas de importação, política internacional, homens de negócios e trabalhadores.
Uma palavra que parece vir à baila com essa questão é “proteger”. Mas proteger o quê? Empregos. Os muitos empregos dos quais tantos milhões de trabalhadores excelentes e de eleitores de todo mundo dependem para obter bens palpáveis tais como alimento e moradia, bem como bens impalpáveis, como dignidade e respeito próprio. Talvez presumíssemos que os representantes de classes têm a aterradora responsabilidade de proteger a estabilidade da ordem econômica do mundo. E talvez estes sintam de maneira ainda mais pungente a necessidade de proteger a segurança de milhões de trabalhadores.
Mas, será que a segurança, a dignidade e o suprimento têm realmente suas raízes em empregos e em dinheiro?
Informações econômicas e comerciais dizem-nos que sim. Mas a Bíblia Sagrada tem referências muito importantes que dão-nos imagem diferente.
Os ensinamentos da Bíblia apontam, clara e ternamente, para a verdade de que Deus é nosso provedor e de que é nossa percepção desse fato, mais do que algum emprego em si, o que necessita ser cuidadosamente protegido.
A Bíblia oferece-nos tranqüilizadoras declarções, tais como estas: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” Filip. 4:19. e, “O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.” Salmos 91:1, 2.
Alguns pensadores sinceros talvez considerem essas declarações vulgaridades otimistas. Ao invés, são vislumbres da lei, terna mas todo-poderosa, da abundância infinita de Deus. Tais promessas aludem à verdade básica espiritual de que Deus é todo o bem e o homem é Sua perfeita imagem espiritual, a expressão de Sua bondade. Segurança, dignidade, abundância derivam de Deus, e, sendo a imagem de Deus, o homem inclui essas qualidades. Assim, de modo muito fundamental, as necessidades da vida não são materiais e escassas, mas espirituais, e encontram-se à mão.
Na medida em que cada um, na terra, aceitar sua verdadeira natureza como a expressão de Deus, ficará livre de tais elementos negativos como medo, orgulho e obstinação, os quais conduzem à carência e ao desespero. Expressará mais da natureza divina e estará mais receptivo à constante orientação e provisão de Deus. A Sra. Eddy escreve: “Deus vos dá Suas idéias espirituais, a estas, por sua vez, vos dão suprimento diário.” Miscellaneous Writings, p. 307.
A Bíblia inclui, também, casos de vidas transformadas pela oração a Deus. Alguns poderiam dizer que se tratava de milagres, acontecimentos que, momentaneamente, anularam a ordem natural. Com mais exatidão, são provas de que o despretensioso entendimento da lei do Amor divino anula crenças mortais limitadoras. Em um relato lemos como o profeta Eliseu comprovou a constante e ilimitada provisão de Deus, quando uma viúva pobre veio pedir-lhe ajuda. Ela teria que pagar credores que lhe exigiam os filhos como escravos. Mas tudo o que ela possuía era uma botija de azeite. Eliseu disse-lhe que pedisse emprestadas tantas vasilhas quantas fosse possível e que as enchesse de azeite. A mulher conseguiu encher todas as vasilhas, pois o azeite aumentava para satisfazer à sua necessidade. Isso permitiulhe pagar a dívida e viver, com os filhos, do que sobrou. Ver 2 Reis 4:1–7. Nesse mesmo sentido, muitos podemos recordar que Cristo Jesus alimentou milhares de pessoas com uns poucos pães e alguns peixes. Ver Mateus 14:15–21 e 15:32–38.
Hoje, até certo ponto, as afirmações bíblicas estão sendo comprovadas, e curas estão sendo repetidas, pela Ciência Cristã. Em minha própria vida, houve tempo em que as dívidas se mostravam esmagadoras. Orei sinceramente a Deus e obtive melhor compreensão de que o homem é Seu filho amado. No dia seguinte, minhas necessidades foram atendidas de modo totalmente inesperado.
Sem dúvida, uma das nossas maiores necessidades é a de proteger o que compreendemos da pura e terna verdade do ser. Todos precisamos entender que o homem é o filho perfeito de Deus, suprido de todo o bem, bem esse, cuja fonte está em Deus e nunca na matéria. Na proporção em que aceitarmos esta verdade, quer sendo cidadãos particulares, quer estadistas ou homens de negócios, estaremos dando importante passo em direção à nossa própria salvação e seremos levados a tomar as medidas mais sábias em benefício de toda a humanidade.
Vós todos sois filhos da luz,
e filhos do dia; nós não somos da noite,
nem das trevas.
1 Tessalonicenses 5:5
