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A Igreja em ação

Artigo de uma série que ilustra como o apoio às atividades da igreja e seu uso abençoam famílias.

A Igreja em ação

Da edição de outubro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Journal


Seguindo aquela carreira

Durante muitos anos eu pensava que estava levando uma vida inútil. Desejava sinceramente cuidar dos “negócios de meu Pai” Lucas 2:49 (conforme a versão King James). e orava para saber que carreira seguir. Embora minha resposta fosse a de que o que eu fazia no momento (colhendo informações sobre crianças e educação) estava certo e que devia prosseguir, ainda assim eu me sentia insatisfeita. Era o certo para mim estar na companhia de meus filhos de um ano e de três anos de idade e eu não queria deixálos por horas a fio, enquanto trabalhasse fora. Eu me sentia bem na companhia deles. Mas eu achava que não estava realizando algo de importância para mim mesma por estar em casa. Quando se apresentava uma oportunidade que exigia deixar as crianças aos cuidados de outrem, era grande a tentação de aceitar a oferta. Mas o Amor divino indicava, de maneira suave mas firme, que aquela não era a coisa certa. E, assim, eu continuava reconhecendo, em oração, que o homem está sempre empregado corretamente. Isso se estendeu por quatro anos, durante os quais eu fazia pequeninas coisas que eventualmente se somaram. Eu estudava cada página sobre educação que trazia o jornal The Christian Science Monitor (guardando muitas delas para uso futuro), pesquisava o tema crianças e, o que é mais importante, desfrutava da companhia de meus filhos. Ao mesmo tempo, uma percepção mais divina da verdadeira identidade dos filhos revelou-se-me com o estudo da Ciência Cristã.

De vez em quando, eu dedicava minhas orações a saber que meu lugar correto me seria mostrado. Ao final do quarto ano mudamo-nos para outra cidade e ali entrei para o quadro de membros de uma igreja filial. Devido a várias mudanças, aquela era a quinta igreja em que eu me filiava. A igreja tinha para aquele ano esta meta espiritual: “Curar alguma coisa, a cada dia.” Após muita pesquisa sobre o que a Sra. Eddy diz quanto a trabalho diário, comecei a vislumbrar a importância de tal oração. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “Precisamos acolher o Princípio divino na compreensão, e vivê-lo na vida diária; e se o não fizermos, não poderemos demonstrar a Ciência, assim como não poderemos ensinar e exemplificar geometria, quando a uma curva chamamos linha reta e a uma linha reta chamamos esfera.” Ciência e Saúde, p. 283.

Ainda assim, a sugestão de que uma das filhas de Deus não tinha propósito nobre na vida assaltava-me diariamente, e todas as vezes era isso negado. Seguir a orientação do Amor divino nunca é trabalho em vão, mesmo que não tenhamos a mínima idéia aonde o Amor nos está guiando.

Apresentou-se-me a oportunidade de lecionar numa escola particular em que meus filhos estudavam. O salário era muito baixo e, ainda por cima, aceitei tarefas extras, enquanto eu me perguntava se isso levaria a alguma carreira. Mas o Amor divino dizia-me algo diferente. Continuei a trazer diariamente o poder da Verdade e do Amor à minha experiência, pensando de modo correto e negando todos os pensamentos errôneos acerca de mim mesma. Afirmava diariamente minha utilidade como filha de Deus e, por fim, a tristeza transformou-se em alegria. Os proprietários da escola convidaram-me para ser a nova diretora. A qualidade do trabalho e a dedicação apresentadas no ano anterior, como professora, os haviam impressionado. Meu salário foi aumentado e meus filhos puderam estudar sem ter de pagar. Todo o trabalho de pesquisa e oração, feito durante os anos anteriores, deu seus frutos. Já agora essas idéias podiam ser postas em prática precisamente da maneira que eu havia desejado, mas que nunca poderia ter imaginado. A oração em favor da meta de uma igreja filial havia, por certo, ajudado a preparar-me para um serviço mais amplo. Tive uma profunda satisfação quando li em Ciência e Saúde: “Se a Verdade está vencendo o erro na tua conduta e conversa diárias, podes finalmente dizer: ‘Combati o bom combate. .. guardei a fé’, porque te tornaste um homem melhor. Isso é participarmos da unificação com a Verdade e o Amor.” Ibid., p. 21.

As lições bíblicas ajudaram

Obsęrvando nossa família hoje e rememorando a época em que criávamos os filhos, é fácil verificar que a igreja e suas atividades verdadeiramente nos abençoaram e uniram.

Minha esposa e eu sempre reconhecemos que a compreensão da Ciência Cristã, em conjunto com o amor pela igreja, é a maior herança a deixar aos nossos filhos. Sabíamos que somente com os nossos esforços não iríamos consegui-lo, mas percebemos que o Cristo, algum dia e de alguma maneira, seria capaz de torná-los Cientistas Cristãos. Aos poucos, ficou claro que nossa tarefa era a de manter-nos cônscios da identidade espiritual de nossos filhos, tanto em épocas boas como em ruins. Demos a eles oportunidades de examinarem a Ciência Cristã por si mesmos e de demonstrarem-na individualmente. Encontramos as ferramentas para esse trabalho nas diversas atividades de igreja — entre elas, a Escola Dominical, a lição-sermão do Livrete trimestral da Ciência Cristã, os periódicos.

Na época em que nossos filhos estavam crescendo, havia na sociedade forte tendência a uma atitude permissiva por parte dos pais. Em vista de várias experiências, aprendemos que, numa certa dose de disciplina, havia, na verdade, amor sincero pelos filhos. Desta forma, assim como exigimos que fossem à escola para seu próprio bem, insistimos calmamente que, enquanto morassem em nossa casa, também freqüentassem a Escola Dominical.

Esse passo nem sempre foi fácil. Houve ocasiões em que tivemos de orar para que se restabelecesse a harmonia em nossa família. Mas, a compreensão persistente da identidade espiritual já presente em nossos filhos, mesmo quando havia evidências exatamente do contrário, foi a pedra fundamental de nosso trabalho. Fizemos o possível para apegar-nos ao fato de que filhos, em sua identidade real, não passam por fases materiais para alcançar maturidade e inteligência. Insistimos em que eles eram, já naquele instante, o que a Sra. Eddy revela serem os filhos, quando escreve: “Filhos. Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor.” Ciência e Saúde, p. 582. Sabíamos que eles eram em maturidade os pensamentos de Deus, e não pessoas colhidas num estágio intermediário. Freqüentemente éramos desafiados a manter ativa tal compreensão, mas isso foi a base da qual adveio à nossa família harmonia duradoura e grande progresso espiritual.

Um dos resultados mais recompensadores dessa atitude foi o projeto da família, de trabalhar em conjunto na lição-sermão. Geralmente, cada um dos filhos lia uma das seções da lição e dela selecionava uma frase ou duas que lhe era particularmente importante. Um por um, expunham as frases escolhidas, dizendo por que haviam escolhido certas citações e qual pensavam ser seu significado. Como os animávamos a compreender o que liam, ficaram apreciando a lógica seqüencial da Ciência Cristã. Isto é, não se sentiam forçados a aceitar algo que não compreendiam. No final da semana, estavam bem preparados para a Escola Dominical, e esta se tornou para eles mais interessante e produtiva. Diminuiu a resistência em ir à Escola Dominical. Mas o melhor de tudo foi, provavelmente, que podíamos debater com eles as aplicações práticas da Ciência Cristã nos problemas diários e viam a Ciência Cristã atuar em sua própria experiência. Além de curas físicas, obtiveram também outras bênçãos.

Certa vez, estivéramos debatendo a verdade de que, por ser Deus todo ativo e inteiramente bom, nunca se chegaria a um ponto em que fosse tarde demais para provar a totalidade do bem. Num acontecimento esportivo, o tempo pode passar tão depressa que se torna tarde demais para vencer, mas nunca é demasiado tarde para chegar à bondade espiritual. A Ciência Cristã prova que não existe erro e nunca é tarde demais para provar que o erro jamais ocorreu. Desta forma, podemos remover o efeito aparente de acontecimentos passados nocivos. Alguns dias depois dessa conversação, nosso filho chegou em casa e disse que tinha um caso em que era tarde demais para vê-lo resolvido. O rapaz tinha sido reprovado num teste para o qual vinha orando; a reprovação arruinaria sua média, e já não havia o que ele pudesse fazer. Convenci-o de que, numa circunstância dessas, jamais deveria desistir. Deveria orar com mais seriedade. E foi o que ele fez.

Na semana seguinte, ao chegar em casa ele comunicou-nos que o professor decidira ter sido o teste injusto e que, por isso, não o incluiria nas médias de nenhum aluno. Nosso filho teve, dessa forma, mais uma prova do poder sanador da Ciência Cristã.

A Sra. Eddy diz-nos que a prosperidade da Ciência Cristã depende grandemente da lição-sermão. Ver Manual de A Igreja Mãe, § 1° do art. 3°. Assim, não é surpresa que o nosso estudo participou enormemente em promover a harmonia e a prosperidade espirituais em nossa família. A compreensão que nossos filhos obtiveram graças a esse estudo jamais poderá ficar perdida. E é reconfortante saber que, hoje, eles são Cientistas Cristãos ativos e bons cidadãos.

É claro que discussões diárias sobre a lição-sermão podem não ser algo viável para cada família nem vir ao encontro de suas necessidades em especial. Mas, foi necessário para a nossa família e deu-nos base sólida para trabalharmos juntos, numa participação que continua ainda hoje. Porque o Amor divino satisfaz a toda necessidade, sejam quais forem as condições que enfrentamos no lar, podemos estar seguros de que há, na oração persistente, um canal para unir a família de acordo com a lei divina da harmonia. E isso demonstra ao mesmo tempo a idéia espiritual de Igreja. Ver Ciência e Saúde, p. 583. (A pedido, não publicamos o nome do autor.)

[Excertos transcritos da seção “The Church in Action” do Christian Science Journal]

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