Assim que percebemos como a compreensão de Deus, que a Ciência Cristã nos deu, modificou-nos a vida — às vezes tão radicalmente como quando Cristo Jesus modificou a vida dos que o procuravam — queremos transmitir esta Ciência a outros. Queremos que as pessoas venham à Ciência Cristã, à filial da Igreja de Cristo, Cientista, à qual nos unimos, à Escola Dominical, à Sala de Leitura e às conferências da Ciência Cristã. Queremos que leiam a Bíblia, e Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, para que todas aprendam mais sobre Deus e sejam curadas, também.
Por um momento, talvez nos vejamos tentados a fazer as coisas em grande estilo, atordoando as pessoas, lá fora. Todo o tempo, porém, uma voz interior nos diz: “Faça algo aqui dentro. Aprofunde sua compreensão de filiação com Deus para transmitir aquilo que atrai.” Essa palavra “transmitir” pode nos ensinar muito.
No verão, quando as azaléias florescem nas montanhas onde moro, transmitem uma fragrância celestial. Faz parte de sua natureza e é muito atraente.
Todos estamos transmitindo algo à atmosfera ao nosso redor, a todo instante. O que transmitimos não é determinado meramente pelo que dizemos ou fazemos ou escrevemos, mas pela qualidade de nossa maneira de pensar. Não podemos realmente ocultar o que vem de dentro de nós.
Por exemplo, agora mesmo podemos transmitir a fragrância atraente e pura de nossa confiança em Deus, nossa alegria, domínio, amor ativo pelo próximo e pela igreja, a menos que a dúvida, o desânimo e a crítica ocupem o espaço no pensamento e poluam a atmosfera. Que tal nos perguntarmos: Sorrio amavelmente para outro membro da igreja, mas será que o considero incompetente? Ou, levo comida quente e um Arauto da Ciência Cristã ao meu vizinho, mas será que o considero separado de Deus pela ignorância e pelo medo? Se a resposta em qualquer dos casos for afirmativa, não estamos vivendo de verdade a Ciência do Cristo.
O transmitir pode tornar-se tão fácil para nós como o é para as azaléias. A certeza, porém, de que só expressamos nossa natureza autêntica, as qualidades espirituais que derivamos de Deus, requer vigilância e oração constantes.
Ciência e Saúde nos diz que temos de nos empenhar para entender os fatos espirituais de nosso ser, e explica: “Esse empenho consiste no esforço de abandonar o erro de qualquer espécie e de não possuir outra consciência senão a do bem.” Ciência e Saúde, p. 323. Vê-se que esse é um trabalho interno, ou seja, uma exigência de haver mudança interior genuína.
Quando me surpreendo empenhando-me em levar certa verdade espiritual do ponto A (minha consciência) ao ponto B (algum lugar lá fora) ao invés de devotar meus esforços a abandonar todo e qualquer erro, e a reconhecer a presença e o poder totais de Deus, lembro-me duma experiência que tive há alguns anos. Estava começando a escurecer e voltávamos duma caminhada por uma trilha muito estreita. Já podíamos ver o carro, mas bem à nossa frente, no meio da trilha, enrolada e com a cabeça para cima, estava uma cobra venenosa. Após algumas tentativas imprudentes de forçá-la a mover-se, procuramos recitar-lhe “a exposição científica do ser” Ver ibid. 468:9–15. de Ciência e Saúde. Duas vezes. Nada mudou. Então a recitamos para nós! Em poucos minutos prosseguimos andando, sem empecilhos. Quando deixamos de tentar impor a verdade a algo “lá fora” e passamos a incorporá-la em nossos próprios pensamentos, a verdade que transmitimos curou a situação de modo visível e agradável.
A Bíblia nos recomenda: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” Filip. 2:5. À medida que nos esforçamos por abandonar o erro que apresenta o homem como medroso, desanimado, com mania de criticar, e levamos nossos pensamentos à obediência de Cristo — a idéia espiritual da filiação do homem com Deus — para que os pensamentos fiquem repletos de amor a Deus e a todos os Seus filhos, a conseqüência é a cura.
A visão cristã citada anteriormente, e que temos daquele membroda da igreja, daquele vizinho, é a consciência clara de que o homem expressa qualidades divinas, tais como amor, habilidade, inteligência, as quais dão testemunho da natureza da única Mente divina, cuja idéia todos em realidade somos. Nosso trabalho não é o de empurrar essa verdade para cima de alguém, mas o de aceitar, na visão cristã, a nossa única visão e “não possuir outra consciência senão a do bem”. Então a atmosfera que nos circunda ao sorrirmos para o amigo na igreja, ou levarmos uma sopa quente para o vizinho, será sanadora.
A Sra. Eddy nos assegura: “Como uma porção ativa de um estupendo todo, a bondade identifica o homem com o bem universal. Assim possa cada membro desta igreja elevar-se acima da pergunta tantas vezes repetida: Que sou eu? para a resposta científica: Sou capaz de transmitir verdade, saúde e felicidade, e essa é a minha rocha de salvação e minha razão de existir.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165. Eis nossa natureza criada e mantida por Deus e nada nos pode impedir de provar que temos a consciência espiritual do bem.
Um conhecido versículo em 2 Coríntios diz: “Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.” 2 Cor. 2:14. Que “fragrância” poderia ser mais atraente?!
 
    
