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A Ciência divina sem mistérios

Da edição de abril de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando menino, eu gostava de procurar fragmentos de rochas junto às ribanceiras dos córregos, dos poços de pedregulhos e dos velhos leitos de estradas. Por fim acumulei considerável coleção de ágatas e fósseis. Lembro-me de um fóssil que se parecia com um quebra-cabeça. Eu não conseguia imaginar de que se tratava. Talvez fosse a coluna vertebral de um peixe pré-histórico ou o talo de um lírio marinho depositado no fundo do oceano milhões de anos atrás. Quando criança, o pouco que eu sabia de paleontologia não era realmente o bastante para solver o mistério.

Existem, é claro, mistérios bem mais profundos que os da simples tentativa de um menino em identificar fósseis. De fato, para a mente humana, muito da existência humana continua sendo um enigma. Ora, o caminho para resolver qualquer mistério, grande ou pequeno, é fundamentalmente o mesmo: obter melhor compreensão das questões e dos fatos envolvidos.

Quando me tornei estudante de Ciência Cristã, aprendi, no entanto, que, para alguém que se disponha a resolver os grandes mistérios do ser, é necessário, acima de tudo, obter compreensão espiritual. Na Bíblia, o livro dos Provérbios proclama: “O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento.” Prov. 4:7.

Contudo, um céptico poderia achar que algo como compreensão espiritual talvez fosse de pouco valor prático. E, se é isto o que a Ciência Cristã oferece, então perguntaria em que difere ela realmente daquilo que os princípios morais religiosos tradicionais têm oferecido através dos tempos?

É possível argumentar-se que a religião é uma área da experiência humana freqüentemente envolta em misticismo, dogmas e visões inexplicadas de forças sobrenaturais. Ora, a Ciência Cristã ensina que é fundamentalmente a ignorância, um sentido materialista e limitado da realidade, o que resulta numa aparente incapacidade de a humanidade resolver satisfatoriamente os mistérios da vida. A religião que permanece no reino dos fenômenos inexplicáveis e das crenças dogmáticas jamais poderá satisfazer plenamente ao verdadeiro desejo dos povos — o desejo de verdadeiramente conhecer Deus, de entender inconfundivelmente Sua presença e de compreender Sua vontade para com o homem.

Esta é a esperança e a promessa que a Ciência Cristã está trazendo, hoje, ao mundo: a promessa de conhecer-se Deus, de encontrar-se salvação, liberdade e o verdadeiro propósito da vida. De pleno acordo com os ensinamentos e a prática do Salvador, Cristo Jesus, a Ciência do Cristo está elevando os corações oprimidos e revelando o agradável domínio resultante da oração feita com compreensão espiritual e de viver-se de acordo com tal oração.

O ministério de Cristo Jesus demonstrou verdadeiramente, séculos atrás, que a prática da verdadeira religião não apresenta mistérios. Um dos fatos mais notáveis sobre as obras de Cristo Jesus e do cristianismo genuíno de seus discípulos foi seu aspecto prático imediato, evidenciado na vida dos homens. A inspirada compreensão que Jesus tinha do poder de Deus levou cura e regeneração a inúmeras pessoas.

O Salvador percebeu o caráter enigmático da existência mortal e provou ser o homem o reflexo perfeito, a imagem e semelhança, de Deus. Seu reconhecimento da relação inquebrantável existente entre o homem e o Pai transformou a vida daqueles cujos corações Jesus tocou. E, hoje, a compreensão espiritual alcançada com o estudo da Ciência Cristã está outra vez curando a doença e salvando vidas do pecado.

Quanto mais oramos e crescemos em graça, tanto mais se revela ao nosso sentido espiritual a verdadeira natureza de Deus como Espírito infinito, Mente divina. Quando vemos que somos verdadeiramente Sua expressão pura, completa e livre, a realidade da existência espiritual do homem e o poder de Deus para curar não mais parecerão sobrenaturais ou miraculosos. No livro-texto, Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy faz esta observação, referindo-se à Ciência Cristã: “Levanta o véu do mistério que envolve a Alma e o corpo. Mostra a relação científica do homem para com Deus, deslinda as ambigüidades entrelaçadas do ser, e liberta o pensamento aprisionado.” Em seguida o livro-texto continua, com a afirmação da natureza completamente sem mistérios da realidade: “Na Ciência divina, o universo, inclusive o homem, é espiritual, harmonioso e eterno.” Ciência e Saúde, p. 114.

A vida já não precisa parecer-nos um enigma, quando nos entregamos a Cristo, a Verdade. É realmente possível descobrir qual é o propósito individual de cada um de nós como filho amado de Deus. O livro-texto da Ciência Cristã declara: “A Verdade está revelada. Só precisa ser praticada.” Ibid., p. 174. Quando em nós a humildade, o amor abnegado e os motivos puros aumentam, crescemos em compreensão espiritual e o verdadeiro significado da vida transparece, trazendo alegria, paz e bênçãos mais elevadas para nós e o nosso mundo. Nossa vida como discípulos cristãos — que dão testemunho da Verdade e a praticam — pode dar prova de que não existem mistérios na Ciência divina.


E nós temos visto e testemunhamos
que o Pai enviou o seu Filho
como Salvador do mundo.

1 João 4:14

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