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Vislumbres claros, maravilhosos, de Deus

Da edição de abril de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Não conseguia encontrá-Lo. Repetidas tentativas de orar deixaram-me triste e alienada do Deus que eu conhecia. Daí, uma amiga sugeriu que eu deixasse de lutar e simplesmente reconhecesse: Deus é Tudo. A nova oração abriu-me os olhos e percebi a presença da bondade de Deus em toda parte. Senti Seu toque. Veio a alegria.

Aqueles que se conscientizam da graça infinita de Deus, sentem o toque do Cristo, e este age como bálsamo no coração humano. Este Cristo é a manifestação divina do Amor, que vem à consciência humana.

Cristo Jesus, o Filho amado de Deus, foi divinamente escolhido e ungido para trazer à terra o conhecimento, apto a salvar, do poder, da presença e da glória de Deus. Como representante terreno de Deus, Jesus compreendia cabalmente o que nós outros apenas visualizamos fracamente. A nossa compreensão, porém, crescerá na medida em que, com humildade, desejarmos ter o santo caráter vivido pelo nosso grande Mestre, e desse caráter nos revestirmos.

Podemos cultivar as qualidades divinas exemplificadas por nossos antepassados espirituais: a fidelidade de Abraão, a afeição pura de José, a retidão de Moisés. Reavivemos em nós o mesmo espírito de reverência e alegria que encheu o coração do Salmista ao clamar: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!” Salmos 84:1, 2.

Como os veneráveis patriarcas, também nós podemos esperar conhecer Deus ao procurarmos, conscientemente, a Sua sabedoria. Ao invés de lamentar problemas não resolvidos, por que não transformálos em momentos preciosos de maior familiarização com Deus, a Verdade infinita?

Confrontada com problemas nos negócios e contas vencidas, uma mulher de negócios andava de um lado para o outro. A ameaça de falência pairava no ar. “Com nossa falta de experiência, não deveríamos ter expandido para produtos manufaturados, nesta época”, lamentava. Em desespero, voltou-se a Deus em oração. “Onde”, clamou, “está a solução?” Desalentada e exausta, sentou-se a ler uma conferência da Ciência Cristã. Logo sentiu-se mais leve, com nova e exaltadora compreensão de Deus.

Começou a compenetrar-se de que Deus é Vida, a única Vida do homem. Viu que, embora muito apreciasse esse negócio desenvolvido pela família e dele dependesse, este nunca poderia ser-lhe o tudo na vida, mas refletiria atividade espiritual se estivesse baseado, com consistência, no Princípio divino. Ao invés de procurar causa ou efeito na matéria, ela sabia que tinha de desviar a vista desse desafio lancinante e olhar para Deus, a Mente divina, a fim de obter conforto, coragem e orientação correta.

Sentiu imediato alívio do desespero ao reconhecer que sua alegria, bem-estar e vida não dependiam desse negócio. Começou a perceber o poder e a eternidade da Vida divina, a qual transcende atividades humanas. Ela sabia que o Princípio podia ajustar, e ajustaria, as coisas de modo suave e perfeito.

Com o pensamento aberto para discernir um pouco do potencial ilimitado da Vida, viu que sua companhia especializada seria de vantagem, como distribuidora na costa oeste dos Estados Unidos da América, para alguma indústria manufatureira. Com sua nova confiança, fez propostas a várias firmas do leste e em pouco tempo o negócio foi vendido. Os novos donos trouxeram sua experiência às atividades, e estas provaram ser valiosa adição a seu negócio.

A gratidão da mulher superou sua tristeza em vender o negócio, pois então todas as dívidas haviam ficado pagas e a falência fora evitada. As lições que aprendeu aumentaram sua fortaleza espiritual e tornaram-se valiosas em subseqüentes negócios.

É no quarto da oração humilde que obtemos vislumbres claros, maravilhosos, de Deus. Aí, o Espírito parece-nos mais terno, mais real. A Alma silenciosamente nos assegura que a totalidade de Deus desaloja as supostas conspirações do mal. O Amor infinito fala-nos de nosso valor intrínseco como idéias espirituais de Deus. O Amor nos ampara, nunca nos rebaixa nem nos faz questionar o valor que temos perante Deus. A Mente infalível ouve nossas orações sinceras e, através do sentido espiritual, diz-nos não só qual caminho seguir, mas também qual não seguir.

A fé ilumina nossa visão espiritual e é a substância do desejo sincero. Por outro lado, falta de fé obscurece nossa busca de Deus. Falta de fé indica confiança na matéria, em vez de em Deus. Quão reconfortante é saber que a fé torna-se na verdade mais forte, melhor, quando as circunstâncias humanas estão as piores! Deveríamos ser gratos não só por esperança e fé, mas também por decepções, pois estas estimulam-nos a buscar a Deus.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy escreve: “Envoltos nas brumas do erro (o erro de crermos que a matéria possa ser inteligente para o bem ou para o mal), só podemos conseguir claros vislumbres de Deus quando a neblina se dispersa, ou se torna tão tênue que percebemos a imagem divina em alguma palavra ou ato que indique a verdadeira idéia — a supremacia e a realidade do bem, a nulidade e a irrealidade do mal.” Ciência e Saúde, p. 205.

Ciência e Saúde claramente indica que só podemos conhecer Deus pelo sentido espiritual, nunca pelos sentidos materiais. Por exemplo: “As diversas crenças mortais formuladas pela filosofia humana, pela fisiologia e pela higiene, são principalmente afirmações da matéria e proporcionam fracos vislumbres de Deus, ou a Verdade.” Ibid., p. 144. E, ainda: “As criações toscas dos pensamentos dos mortais têm de ceder, por fim, às formas gloriosas que às vezes vemos na câmara da Mente divina, quando o quadro mental é espiritual e eterno. Os mortais precisam olhar para além das formas finitas e desvanecentes, se quiserem conseguir o verdadeiro sentido das coisas. ” Ibid., p. 264.

A glória de Deus não conhece limites, mas nem por isso a imensidade de Deus é estéril ou ameaçadora. A receptividade espontânea põe-nos na presença da Divindade. As intuições espirituais, ilimitadas e eternas, revelam-se através do Cristo e manifestam-se na carne em formas práticas que abençoam e curam. Quando afirmamos, em oração, a supremacia do Espírito, confirmamos nossa compreensão do elo espiritual indissolúvel existente entre Deus e o homem. Isso ancora nossa fé naquilo que não vemos, mas pelo que esperamos. Também nos encoraja a purificar nossas aspirações e afetos, e a obedecer a regra cristã: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:14.

Mesmo que os vislumbres que alguém tenha de Deus pareçam fracos agora, atenha-se ao que já entendeu. Continue a fazer orações que sejam puras em petições, inocentes em simplicidade, porém maduras na expectativa do bem. A revelação do Amor é sempre nova, duradoura. Deleitar-nos-á quando nos esforçarmos em seguir o padrão de vida de Cristo Jesus e aumentará nossa percepção espiritual ao estudarmos a Palavra sagrada de Deus.

Nossa busca para conhecer melhor a Deus tornar-se-á cada vez mais doce, ao colhermos os frutos de Sua promessa: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” Jeremias 29:13.

E eis mais um vislumbre acerca de Deus: Sempre cumpre Suas promessas.


Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor,
porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.

Isaías 55:8, 9

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