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A verdadeira adoração desfaz a superstição

Da edição de abril de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


A superstição não pode coexistir com a adoração cristã. Superstição implica muitos deuses, muitas causas, principalmente más. Ora, o Deus dos cristãos é Um só, infinito, e todo o bem que existe.

Deus não tem elemento maligno algum e não tolera o mal. É a Mente e causa de todo ser real, inclusive do homem espiritual criado a Sua semelhança, a verdadeira identidade de cada um de nós. Cristo Jesus disse claramente: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24.

Compreender Deus enriquece a adoração e assim extermina a superstição. Quando viajava pela Grécia antiga, onde o politeísmo predominava, o apóstolo cristão Paulo viu um altar em que se achava inscrito: “AO DEUS DESCONHECIDO.” Paulo explicou aos atenienses reunidos no Areópago que Deus “fez o mundo e que nele existe,” que Deus é “Senhor do céu e da terra” e “a todos dá vida, respiração e tudo mais”. E acrescentou que “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos.... Porque dele também somos geração” Ver Atos 17:22–28..

A crença na pluralidade de deuses, aliás, a crença na existência de muitas mentes ou substâncias, por vezes apresenta-se em forma de medo daquilo que outras pessoas possam pensar de nós, ou, também, em forma de respeito irracional pelo conhecimento materialista empírico. Mas, acreditar que nossa liberdade ou saúde possam ser influenciadas por algo dessemelhante de Deus, a única Mente, causa e substância, equivale a adorar o mal. Crer em que experiências tristes ocorreram e podem se repetir devido a medo e ódio, não está muito distanciado da superstição de que, se um gato preto cruzar nosso caminho, disto resultará má sorte; ou, de que a um espelho quebrado seguirão sete anos de desgraça.

Alguém que encara superstições folclóricas como insensatez talvez ainda tenha de anular a influência errônea de crenças generalizadas nelas. E, na proporção em que compreender que é Deus, o bem, quem governa tudo — é Tudo — compreenderá que o único pensamento errôneo capaz de deter uma pessoa é o erro que esta aceita como fazendo parte dela mesma. Entenderá, ademais, que, mediante o agir e o pensar corretos, é-lhe possível superar o engano de aceitar o erro. E, pelo discipulado cristão de praticar a Ciência Cristã, é-lhe possível provar o que Mary Baker Eddy diz em Ciência e Saúde: “A verdadeira jurisdição do mundo está na Mente, que controla todo efeito e reconhece que toda causalidade está estabelecida na Mente divina.” Ciência e Saúde, p. 379.

Se alguém teme o ódio que o mundo parece nutrir pela verdade e por aqueles que adoram verdadeiramente, seu medo implica superstição: é um conceito errôneo do que realmente é a causa e o governo do mundo. O reverente amor pela verdade expressa diretamente o Amor divino; e o Amor anula a oposição, por causa da totalidade desse Amor. Certamente muitos concordarão, hoje em dia, com que a ressurreição de Jesus provou o ódio, na sua pior forma de malignidade, realmente desprovido de poder. O Mestre disse: “Odiaram-me sem motivo.” João 15:25. Ver Salmos 35:19; 69:4. E tudo o que não tem motivo não tem causa, e é demonstravelmente sem efeito.

Acreditar que sofremos em resultado dos pensamentos de outrem indica que acreditamos existirem muitas mentes, muitos deuses. Nisso há um engano. A Ciência Cristã, a lei da causalidade divina, lei que Jesus demonstrou, rompe o mesmerismo do engodo que cegaria as pessoas a esse engano. A Ciência Cristã denuncia como superstição crassa, como perversão da verdadeira adoração, a crença de que malentendidos e desconfianças de outras pessoas a respeito de motivos justos e boas ações possam atuar como causa e produzir maus efeitos em nossa vida. Somente a própria crença de alguém no mal (ou, apenas a sua própria má prática, por assim dizer), poderia retardar sua prática sincera ou delongar sua conscientização da cura cristã.

A crença em que pensamentos alheios possam governar-nos negaria a responsabilidade moral que cada indivíduo tem, de vigiar seus próprios pensamentos. A Bíblia diz, de Deus que é a própria justiça: “Retribuirá ao homem segundo as suas obras, e faz que a cada um toque segundo o seu caminho.” Jó 34:11. Cumprir cada um sua responsabilidade de expressar Deus em todos os Seus caminhos é a mais elevada forma de adoração — o caminho do Cristo, a Verdade, exemplificado por Jesus. Requer que se denuncie o medo à má prática e se o elimine, pois tal medo é, em si mesmo, má prática.

À medida que apreendemos melhor a natureza eterna de Deus, o Espírito, a substância verdadeira, compreendemos que este axioma de que a história se repete, também é, por si mesmo, basicamente uma superstição sem fundamento em fatos espirituais. Esse axioma sublinha diagnose e prognose médicas comuns, visto basearem-se estas na observação de padrões repetidos de sintomas, de sofrimento ou alívio. Mas, não precisamos acatar a falsa conclusão resultante de examinar-se o que é, em si mesmo, uma falsidade: a matéria. Tudo quanto se deriva do depoimento dos sentidos materiais sabe a adoração da matéria e é, em razão disso, relato falso, idolatria, mera superstição. Ciência e Saúde diz: “É preciso que compreendas claramente que tanto a doença quanto o pecado não são a realidade concernente ao ser. Esse sonho mortal de doença, pecado e morte deve cessar graças à Ciência Cristã. Então, uma doença seria destruída tão facilmente como outra.” Ciência e Saúde, p. 418.

A cura pela Ciência Cristã é inseparável da verdadeira adoração, pois honra o Espírito, não matéria, como a única substância e o único poder. Na medida em que aumentar em nós a verdadeira adoração, mediante compreensão mais avançada do que é Deus e do que Deus causa e impede, demonstraremos melhor a revelação e profecia de Ciência e Saúde. O livro declara: “A superstição e a compreensão nunca se podem combinar. Quando os efeitos definitivos, tanto físicos como morais, da Ciência Cristã forem plenamente compreendidos, cessará o conflito entre a verdade e o erro, entre a compreensão e a crença, entre a Ciência e o sentido material, conflito esse pressagiado pelos profetas e inaugurado por Jesus, e a harmonia espiritual reinará.” Ibid., p. 288.

Manter em nossa vida a harmonia com Deus, harmonia inerente à nossa identidade verdadeira, é adoração genuína. E a adoração genuína expulsa e exclui a superstição.

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