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Estejamos alerta

Da edição de abril de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu ficara mesmerizado.

Quem me faria uma coisa dessas?

Ninguém. Fui eu mesmo quem o fez.

Ficamos mesmerizados quando permitimos a pensamentos iníquos dominarem e governarem algum aspecto de nossa vida. Nesse caso, temos os olhos cerrados parcialmente à nossa maneira natural de ser, que é a de escutar a Deus e deixar que Suas idéias boas e verdadeiras nos governem o pensamento e nos abençoem.

Havia anos estava eu consciente de que a filiação à igreja me proporcionava muita satisfação. Eu havia progredido espiritualmente e trabalhava na igreja não só com vistas ao meu próprio crescimento espiritual, mas também com o desejo sincero de bendizer a outros.

Então, mudei-me para nova região do país. Era solteiro e conheci uma jovem atraente. Envolvi-me com tudo o que se podia fazer e ver na nova zona. Por me ocupar tanto em estar “numa boa”, não me filiei à Igreja de Cristo, Cientista, na nova comunidade. Eu ia aos cultos com certa regularidade, mas não reassumi o compromisso de servir à igreja como o fizera anteriormente. Fechando os olhos à grande bênção que há na filiação à igreja e na participação plena em suas atividades, eu me privava de algo que tanto estimula e satisfaz espiritualmente. Mas, justificava-me, prometendo-me que me filiaria à igreja e nela me tornaria ativo, “mais tarde”.

Esse era o mesmerismo. Eu permitira ter o pensamento dominado pelas atividades materiais, pelos divertimentos passageiros e pelo pensamento sutil de que eu estava cedendo a outros a responsabilidade dos trabalhos na igreja.

Talvez você já houvesse passado por esse tipo de experiência. Talvez tivesse se deixado envolver pelas responsabilidades de família ou dos negócios e achasse que precisava descansar da igreja “por alguns meses”. Ou, talvez acreditasse que, por já ter servido duas vezes em cada função na igreja, chegara a hora de se aposentar e deixar a outros assumirem os encargos.

Ou então, talvez se sentisse magoado e abandonasse a igreja. Ou, tivesse medo de sair à noite e, por isso, não comparecesse às reuniões de testemunhos às quartas-feiras.

Os argumentos que nos vendam os olhos às ricas bênçãos espirituais oriundas da filiação à igreja e do serviço altruístico prestado a outros, raramente são o que aparentam ser. São mesméricos e fazem parte da crença de que pensamentos limitados ou egocêntricos podem nos influenciar. Se aceitarmos o medo, a procrastinação, a pressão, como legítimos e agirmos conforme o comando desses pensamentos, ficaremos impedidos de discernir as idéias de Deus, que nos guiam a fazer o que é bom e natural. Quando agimos de modo errado ou negligenciamos fazer o que é certo, mesmeriza-nos o sutil modo de pensar materialista que tentaria obliterar as idéias vindas de Deus, a Mente divina.

Cristo Jesus falou aos seus discípulos a respeito da necessidade de estar alerta. “Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.” Mateus 24:43. Os seguidores hodiernos de Jesus recebem grande inspiração e perspicácia espiritual, quando rejeitam todo e qualquer argumento sutil que lhes cerraria os olhos ao amor de Deus e a servi-Lo, bem como ao seu próximo.

No meu caso, repentinamente dei-me conta, certo dia, de que, embora estivesse me divertindo, não sentia a satisfação profunda que resulta de servir-se altruisticamente aos outros, mediante as atividades de igreja. Porque eu não obedecia ao ditame de Jesus “de graça recebestes, de graça dai” Mateus 10:8., sentia-me um tanto vazio e insatisfeito. Quando percebi que eu fora enganado — mesmerizado — comecei a orar. Tomei providências para defender meu pensamento contra sugestão mental agressiva. Então tornei-me membro de uma igreja filial. Foi como voltar para casa! A oportunidade de servir aos outros, que se seguiu, foi a maior recompensa que já tive. O progresso espiritual foi notável. Continuei também a desfrutar de momentos maravilhosos com meus amigos. Dar a primazia a Deus não me privou de nada que fosse bom.

Em resposta a sua própria pergunta, “Como é que se pode fazer distinção entre idéias verdadeiras e ilusões?” a Sra. Eddy escreve: “Verificando a origem de cada uma. As idéias são emanações da Mente divina. Os pensamentos, que procedem do cérebro ou da matéria, são brotos da mente mortal; são crenças mortais, materiais. As idéias são espirituais, harmoniosas e eternas.” Ciência e Saúde, p. 88.

A Mente divina é a única Mente que de fato existe. Como é a imagem e a semelhança de Deus, o homem expressa sem cessar a Mente divina. O homem, em realidade, não tem mente pessoal, à parte, que possa ser mesmerizada, cegada ou enganada. Não existe inteligência separada que manipule o homem ou lhe cerre os olhos. Não existe nenhuma inteligência material que torne ativo o erro ou paralise o bem. Em realidade, nunca é possível tornar o homem noutra coisa senão naquilo que Deus o fez ser, isto é, bom. O homem nunca pode ser levado a pensar, ser ou fazer coisa alguma que Deus desconhece.

Porque o homem está sempre unido com a fonte divina de todas as idéias corretas, é-nos possível esperar ser inspirados e dirigidos por Deus em cada atividade, inclusive no que tange a filiação à igreja. A verdade de que o homem é inseparável da Mente divina eleva-nos e desperta-nos para a nossa verdadeira condição de homem e mulher perfeitos, livres de qualquer influência que não a divina. É-nos possível fazer exame freqüente e nos certificarmos com certeza absoluta de que estamos dando atenção aos pensamentos e motivos cuja origem é o bem, a Mente eterna, e de que agimos de acordo com eles.

À nossa espera estão as ricas bênçãos e o grande bem inerentes ao serviço prestado com altruísmo e amor pelos outros, exemplificado por nosso trabalho na igreja. Servir com abnegação torna-nos mais receptivos e auxilia-nos a responder melhor ao Cristo que cura. Estejamos alerta!

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