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Decisões individuais: bênçãos coletivas

Da edição de novembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Os problemas contemporâneos com os quais a sociedade está se defrontando hoje são, no íntimo, questões profundamente morais. Muitas pessoas consideram que as decisões e as opiniões de cada um com relação a esses assuntos morais deveriam mudar ou abrandar porque os costumes da humanidade têm mudado — ou, em outras palavras: “Todos o fazem, por que eu não deveria fazê-lo?”

Há uma boa razão. Padrões morais que estão baseados na verdade eterna de que o homem é espiritual, nunca podem mudar. O homem é inteiramente espiritual. O homem não é um animal ou uma máquina biológica, mas a imagem incorpórea e imortal de Deus, a Vida eterna. A verdade de que o homem é a própria semelhança de Deus é permanente. O genuíno eu de cada um de nós é o homem de Deus, o reflexo espiritualmente completo do Pai-Mãe Deus.

Decisões procedentes da crença errônea de que o homem é um mortal físico e vulnerável tendem a nublar nossa visão e impedir que vejamos a verdadeira identidade do homem, completa em Deus.

Entretanto, melhores do que as sugestões aviltantes que circulam na atmosfera geral do pensamento, são as decisões individuais de ouvir o Cristo, sempre presente na consciência humana, decisões que nos gratificam pessoalmente com espiritualidade crescente e maior felicidade. Ajudam-nos a entender e demonstrar, de modo mais eficaz, o poder curativo inerente a Deus, o bem. Mas esta escolha moral ainda faz algo mais — ajuda outros a reconhecerem as idéias salvadoras e curativas oriundas de Deus, as quais também estão, em realidade, na consciência de cada um. Indivíduos receptivos, todos aqueles que anseiam por algo melhor, corresponderão de maneiras às vezes insuspeitadas.

Como é útil reconhecer que, quando temos uma decisão moral ou espiritual a tomar, há envolvido em nossa escolha bem mais do que uma decisão pessoal; o que escolhermos pode vir a ser uma bênção para a humanidade — de fato, uma maneira de viver para toda a humanidade. Quando encaramos nossa tomada de decisões com o desejo de que elas fortaleçam tanto a outros como a nós, tal motivo pleno de amor alinha-nos com a onipotência de Deus, o Amor divino. E, como a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia.” Ciência e Saúde, p. 454. O Amor infinito dá-nos, sempre, a força e a coragem espirituais de que necessitamos a fim de ouvir o Cristo, a Verdade, obedecer aos mandamentos divinos e tomar decisões corretas e curativas.

Entretanto, não poderemos atender ao cumprimento da vontade divina se pensarmos que podemos tomar decisões numa base estritamente pessoal, não levando em conta ninguém mais, a não ser nós mesmos. Ciência e Saúde diz: “Não podemos escolher por nós mesmos, mas temos que desenvolver nossa salvação da maneira que Jesus ensinou.” Ibid., p. 30.

Cristo Jesus ensinou que o homem provém de Deus, que o homem pertence a Deus e que Deus é o Pai do homem. O homem expressa Deus porque é isso o que o homem é — a expressão de Deus. Em realidade, o homem não tem nenhuma escolha a fazer entre o bem e o mal, porque o homem é completamente, e sempre, governado por Deus, o bem. Jesus reconheceu que o seu próprio parentesco com Deus era assim como o do Filho com o Pai, e nisso fundamentou sua obediência a Deus. Jesus disse: “Eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.” João 12:49.

Na experiência humana, demonstramos a unidade do homem com Deus ao optarmos por viver de acordo com a verdade espiritual revelada pelo Cristo e pela Ciência Cristã — que o verdadeiro eu de cada um de nós é o do homem espiritual de Deus. Isso significa optar por viver em obediência ao Princípio divino, a fonte de toda lei moral e espiritual, em vez de optar pela vontade humana pessoal. Embora essa decisão individual de aceitar o Cristo, a Verdade, possa parecer uma escolha pessoal, é, realmente, a influência do Cristo na consciência — uma dádiva de nosso Pai-Mãe Deus, que nos ama de modo inefável e nos impele, constantemente, em direção ao que é correto e bom. À medida que escutamos o Cristo, a mensagem divina torna-se mais audível — invariavelmente salvando-nos e redimindo-nos.

Nossas decisões individuais, morais e espirituais, não são, portanto, meras escolhas pessoais; constituem oportunidades para provarmos que somos, com certeza, o homem da criação de Deus — e essas decisões afetam os demais. Obedecer a Deus significa estar refletindo a luz do Cristo — a luz que revela todo o parentesco, real e espiritualmente estabelecido, da humanidade em relação a Deus. Todas as vezes em que optamos por resistir ao mal e reconhecer que o homem é governado por Deus, o bem, elevamos, para todos, o padrão da verdadeira liberdade.

Ser governado pelo Amor divino era algo tão inato em Cristo Jesus, que ele optou, a despeito dos sofrimentos enfrentados, por seguir a senda que levaria ao maior bem que a humanidade já conheceu — a prova da vida eterna do homem em Deus. Nossas decisões morais e espirituais podem, sem dúvida, parecer insignificantes comparadas à demonstração de Jesus. Mas, cada vez que optarmos por expressar pureza em vez de sensualismo, amor em vez de ódio, coragem em vez de medo, tomaremos nosso lugar na salvação por Deus, que se revela para a humanidade. E seremos abençoados por essa escolha correta, porque a decisão provém do Cristo em nossa própria consciência e é sustentada pela onipotência de Deus.

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