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Haver conhecido a Ciência Cristã* desde o meu nascimento constituiu...

Da edição de novembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Haver conhecido a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) desde o meu nascimento constituiu o fundamento para minha livre escolha de ser Cientista Cristão ativo e de utilizar-me de seus preceitos para guiar minha vida. Do apoio que recebi de meus pais, pela sua prática ativa da Ciência Cristã e seus exemplos constantes em casa, tive uma infância harmoniosa e enriquecedora.

Após terminar a faculdade, enfrentei o que se pode chamar de “desafio máximo” nos anos em que prestei serviço militar na Força Aérea dos Estados Unidos da América. Enquanto eu servia no oeste do país e também como Primeiro Leitor numa igreja filial local, recebi ordens de partir para o Vietnã. Foi minha esposa quem calmamente me ajudou a ater-me ao que ambos havíamos aprendido na Escola Dominical da Ciência Cristã: “Tudo o que é de teu dever, podes fazer sem te prejudicares” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, p. 385). Os membros da igreja filial foram muito compreensivos quando me demiti e sempre recordo com carinho o meu breve relacionamento com eles.

Após alguns meses no Vietnã como engenheiro militar (o que requeria enviar homens em missões de restauração após as batalhas, a uma área mais avançada e hostil da zona desmilitarizada), vi chegada a minha vez de ir e tomei as providências para isso. Permitam-me aqui dizer que, num sentido muito real, A Igreja Mãe — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts — estava comigo no Vietnã. Antes de embarcar para o sudeste asiático, recebi credenciais de A Igreja Mãe, autorizando-me a ser Primeiro Leitor e conduzir cultos como Representante da Ciência Cristã junto às Forças Armadas. Um Representante da Ciência Cristã alistado no Corpo de Fuzileiros Navais era o Segundo Leitor desses cultos. Durante o ano em que estive na região de Da Nang, no Vietnã, faltei só a dois cultos dominicais da Ciência Cristã. Senti-me fortalecido também por duas reuniões patrocinadas por A Igreja Mãe. Um professor de Ciência Cristã conduziu a primeira reunião e um praticista da Ciência Cristã, a outra. Essas reuniões eram mesas-redondas destinadas aos Cientistas Cristãos que estivessem servindo nas diversas divisões militares.

Assim, quando segui em missão à área mais avançada, minha confiança na proteção de Deus estava bem alicerçada em minhas orações, minha vivência da Ciência Cristã e em minha filiação em A Igreja Mãe — Igreja que era um poder ativo e presente na minha vida. Ao dirigir-me à base aérea principal em Da Nang com o objetivo de tomar o avião para a zona desmilitarizada, atravessei uma ponte pela qual passara em segurança inúmeras vezes antes, quando ia para os cultos de domingo. Mais tarde disseram-me que a mesma ponte fora violentamente atacada uns vinte minutos depois de eu cruzá-la. Tendo decolado em segurança da base aérea, fiquei depois sabendo que esta sofrera ataques de infantaria logo após a minha partida. Ao chegar à zona desmilitarizada, desincumbi-me rapidamente de meus deveres e fiquei ainda com o resto do dia livre, já que só partiria na manhã seguinte.

Num impulso imprudente, um outro oficial e eu nos apresentamos como voluntários para uma missão de combate em helicópteros do Exército. Reconheço agora que aquilo não foi sábio nem necessário. Aprendi, no entanto, que mesmo quando cometemos uma insensatez, podemos despertar e passar a confiar na proteção divina, que nos livra do mal. O helicóptero em que eu estava foi atingido seis vezes e o do meu colega foi atingido e caiu. Ainda me recordo de que me senti calmo e destemido durante aquela experiência de combate, mas não devido a um sentimento de valentia e coragem. Para mim, isso foi o claro resultado de algo que a Ciência Cristã havia trazido à minha consciência, no decurso de minha vida, isto é: que não há nada a temer; e essa certeza envolvia a todos os que participavam da experiência, inclusive o chamado inimigo! (Após a batalha, descobri que uma bala passara a poucos centímetros do sargento sentado à minha esquerda e que os dois pilotos receberam o impacto das balas nos encostos de seus assentos, quase à altura da cabeça. Duas balas atiradas de baixo passaram pela cabina, perto de onde eu sentava.)

Nosso piloto aterrissou numa plantação de arroz em que o outro helicóptero caíro de borco na água. Esperávamos salvar sobreviventes. Todos os quatro membros da equipe, inclusive meu amigo, emergiram de debaixo da água cobertos de lama e correram para nós. Nosso helicóptero de quatro lugares levantou vôo com oito homens, levando-os à segurança. Fiquei sabendo mais tarde que a barra de controle, que passava sob o assento próximo ao meu, havia sido parcialmente destruída por uma bala. O controle do resgate dos oito homens foi feito com a fina peça de metal restante. O piloto confirmou mais tarde que, se soubesse do problema, não teria arriscado a difícil subida, a fim de evitar algum possível ataque do inimigo por ocasião do resgate.

Ao chegarmos ao acampamento na zona desmilitarizada, coubeme, por aquela noite, a cama do capelão da unidade, já que este estava fora. Enquanto eu estava ali deitado em relativa segurança, comecei a tremer incontrolavelmente com todo o corpo. Logo deime conta de que isso nada mais era do que medo: o pensamento humano impressionado com o que poderia ter acontecido e com a aparente proximidade da morte. Ao dar-me conta do que estava ocorrendo, comecei a rir alto. O absurdo da crença mortal que ainda tentava dominar-me por meio de sugestão agressiva, mesmo após a proteção que tivera, era de fato algo ridículo. O tremor parou imediatamente e fiquei consciente só de estar grato pelos cuidados do Amor divino.

Naquela noite sobreveio-me a clara convicção de que deveríamos partir durante a noite, ainda que isso parecesse perigoso, em vez de ficar ali até o dia seguinte. Arranjou-se para a meia-noite um vôo em que poderíamos sentar no chão do avião que iria levar também os mortos e feridos. Partimos, e a missão completou-se com sucesso. No dia seguinte, já de volta à segurança da base principal, fiquei sabendo que a cama vazia, na qual eu estaria dormindo, recebera o impacto direto de um projétil. (Também ouvi, mais tarde, que todos os ataques dos quais fora protegido em minhas idas e vindas da zona desmilitarizada, e dentro desta, faziam parte da Ofensiva Tet de 1968.) Pouco depois, voltei para casa, a salvo, agradecido e de novo dedicado à prática da Ciência Cristã.

Por essas provas claras do amor de Deus pelo homem, sinto gratidão monumental pela Ciência Cristã e, em particular, por A Igreja Mãe. A Sra. Eddy deu uma dádiva preciosa ao mundo quando descobriu a Ciência Cristã e fundou a Igreja de Cristo, Cientista. Fico grato por meus pais terem-me legado essa preciosa dádiva com praticarem suas normas e seus preceitos divinamente estabelecidos.


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