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Ter só uma Mente cura o preconceito

Da edição de novembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


As Escrituras dizem que “o Senhor nosso Deus é o único Senhor”; também falam na “mente do Senhor” Deuter. 6:4; Romanos 11:34.. No livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy coloca esses dois conceitos juntos: “Só pode haver uma Mente, porque há um só Deus; e se os mortais não pretendessem ter outra Mente, e não aceitassem nenhuma outra, o pecado seria desconhecido.” Ciência e Saúde, p. 469.

A Ciência Cristã ajuda as pessoas a obterem uma compreensão espiritual da única Mente que individualmente as capacita a se salvarem do pecado do preconceito. Na única Mente existe harmonia perfeita, sem conflitos de interesse, sem opiniões ignorantes e, portanto, sem ocasião para o preconceito. Compreender e demonstrar o que a única Mente inclui é o meio de superar os entraves do preconceito.

Ter só uma Mente significa ter uma única fonte de inteligência, compreensão sabedoria, julgamento, amor — e esta fonte, inteiramente espiritual e boa, isenta de um elemento sequer de matéria ou mal. Significa receber, mediante oração, a inteligência, a compreensão, a sabedoria, o julgamento que são infalíveis, e significa amar o que é imparcial e invariável. Significa conhecer o homem que é a idéia de Deus — homem perfeito, imortal, homem que expressa a harmonia de seu criador.

O homem criado na semelhança de Deus é a verdadeira identidade de cada um de nós. E podemos dar provas de que somos inseparáveis da única Mente, embora pareça haver muitas mentes — tantas, temse a impressão, quantas há de mortais. A paz universal pode ser conseguida, aí mesmo onde os mortais aparecem divididos por regiões, religiões e raças.

A paz é o eterno produto de haver uma Mente única, toda harmoniosa. Na medida em que rejeitarmos o sentido mortal das diferenças que haveriam de nos separar de Deus, o bem invisível, poderemos ter essa paz. O estudo e a prática da Ciência alertam-nos a permitir que seja a Mente divina a nossa única fonte de informações, absoluta e verídica, e a única a influenciar-nos as ações.

A Mente divina sempre reporta a perfeição inalterável. A Mente, inclusive suas idéias, é a única realidade. O conceito errôneo denominado mente mortal (ou mentes mortais), apesar de todas as suas pretensões de perpetuar seus supostos prós e contras, não tem escolha senão a de mudar até ceder inteiramente o lugar à perfeição imutável da Mente única.

Como apressar essa regeneração? Cristo Jesus mostrou o que devemos fazer. A Sra. Eddy escreve, a respeito dele: “Conhecia só uma Mente e não pretendia ter qualquer outra.” Ibid., p. 315.

Desde o começo de seu ministério, Jesus demonstrou a unicidade e a totalidade da Mente ao libertar as pessoas da escravidão a preconceitos de feição regional, religiosa e racial, para que pudessem compreender e acompanhar a verdade universal que ele ensinava. Por exemplo: Quando Filipe falou a Natanael, homem de preconceitos, a respeito de Jesus, Natanael disse: “De Nazaré pode sair alguma cousa boa?”

Instado por Filipe, Natanael veio ver Jesus e verificar por si mesmo. Quando o Mestre viu Natanael se aproximar, antes de obter qualquer conhecimento pessoal do caráter desse homem, declarou: “Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo!”

Durante essa visita, o preconceito de Natanael desapareceu. “Mestre,” disse, “tu és o Filho de Deus.” Ver João 1:45–49.

Em outra ocasião, Jesus falou a uma mulher que era samaritana, ou seja, que pertencia a um grupo religioso hostil ao modo de vida em que o Mestre fora criado. Ela lembrou-lhe: “Os judeus não se dão com os samaritanos.” Mas, como Jesus lhe falasse de sua identidade espiritual como o Messias, ou o Cristo, o preconceito dela sumiu. Mais tarde, ao contar a outros a respeito desse encontro, ela interrogava: “Será este, porventura, o Cristo?!” Ver João 4:5–29.

Jesus, ainda em outra ocasião, e refutando as objeções preconceituosas de seus discípulos, curou a filha da mulher cananéia. Ver Mateus 15:21–28. E, mesmo na cruz, Jesus pediu a Deus o perdão para aqueles que perpetraram a injustiça que ele sofria. Ver Lucas 23:34.

Pelo exemplo, Jesus ensinou seus seguidores a reivindicarem a aptidão da Mente para curar o preconceito. Um desses seguidores, o discípulo cujo nome era Pedro, estava firmemente convencido de que só os judeus, ou aqueles plenamente aceitos no judaísmo, podiam se tornar cristãos. Mas, quando a iluminação espiritual mudou seu modo de ver as coisas, Pedro aceitou o centurião romano Cornélio como um dos convertidos, e disse: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável.” Atos 10:34, 35.

Que é que tudo isso significa para nós? Significa que podemos cumprir a exigência bíblica: “Tende em vós o mesmo sentimento [a mesma mente] que houve também em Cristo Jesus.” Filip. 2:5. Na Mente ilimitada não existem fronteiras regionais, religiosas ou raciais. Informações truncadas, desentendimento, suspeita, desconfiança, ódio, sensitividade, vingança, resistência à reconciliação, sugerem haver mais de uma Mente. Mas os erros das divisões cessam de nos enganar, quando compreendemos que há uma Mente única e que esta, de fato, une todo o ser real em perpétua paz.

Mediante o discipulado cristão, podemos expressar e vivenciar o amor imparcial, livre de discriminações. Dizer que “eu não tenho preconceito” talvez alardeie posição humana de tanta vanglória quanto a do próprio preconceito. Mas provar que ninguém é preconceituoso porque o homem é o reflexo indivisível e infinito da Mente indivisível e infinita, assenta a demonstração no alicerce espiritual da Ciência Cristã. Tal prova traz à luz a paz celestial na terra.

Independente do que professamos cultuar, de fato adoramos um único Deus só à medida que temos uma Mente única, e esta Mente, o Amor.

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