Os acontecimentos que se sucedem em nossa vida são, muitas vezes, de alegria. Mas, o que dizer das outras vezes, em que as coisas parecem estar contra nós?
Pelos ensinamentos da Ciência Cristã aprendemos que Deus é o Princípio, a Causa única, o Pai-Mãe onipotente e amoroso, a fonte de todo o bem. Aprendemos, também, que o homem é inseparável de Deus e coexiste em perfeita harmonia com o seu criador. O amor de Deus para com Seus filhos é constante e infalível. Confiando nessas verdades, volvemo-nos imediatamente a Deus, o Amor divino, em busca de auxílio e proteção. Deus, o bem infinito, está sempre presente, é sempre atuante.
Cristo Jesus nos ensinou a confiar no Pai. Ele disse: “Pedi, e darse-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.” Mateus 7:7, 8.
Em qualquer situação podemos comprovar o amor de Deus, quando compreendemos a ação ilimitada do amor. Deus não conhece limitação. Ele é infinito. Seu amor é inexaurível. Então, por que não buscar nessa fonte divina que nunca se esgota, o suprimento necessário para a nossa vida?
As fontes humanas se esgotam porque são limitadas. Aquilo que provém de Deus, o Amor, nunca se acaba, nunca termina. Paulo escreveu: “O amor jamais acaba.” 1 Cor. 13:8.
Precisamos colocar-nos e colocar toda a humanidade num círculo de amor. Num círculo não existem cantos nem ângulos onde alguém possa esconder-se ou ser excluído. Colocar pessoas ou a humanidade num círculo de amor significa cercá-las de amor, amá-las sem restrições, sem preconceitos, totalmente, como Jesus amou. E será que nos veremos frente a situações que nos pedem amar como Jesus amou? Sim, porque na verdade espiritual somos idéias de Deus, expressando Suas qualidades, coexistentes com o Princípio divino que é o Amor.
O que o Apóstolo Paulo declarou aos atenienses comprova esta nossa capacidade de amar. Disse ele, da relação entre o homem e Deus: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Atos 17:28. Isto é, somos na realidade inseparáveis de Deus. Reconhecendo-o, sabemos que estamos aptos a expressar o amor genuíno que resplandece de pureza, ternura, serenidade, compassividade, calor.
Jesus mandou que amássemos uns aos outros como ele nos amou, sem excluir ninguém. Assim estamos vivendo nossa verdadeira identidade como homem, o reflexo do Amor, e vendo todos com a mesma capacidade de amar, de serem amáveis e dignos do amor.
Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy afirma, de Deus, o Amor, que “está por baixo, por cima e em volta de todo ser verdadeiro” Ciência e Saúde, p. 496.. Para aplicar essa verdade nas situações onde a evidência material parece ser contra nós, precisamos visualizar o ser verdadeiro do homem, a manifestação infinita, a expressão pura e perfeita, do Amor divino. Quando compreendemos a natureza do homem dessa maneira, sabemos que ele é completo, que reflete todas as qualidades de Deus. Com isso, estamos habilitados a vencer o erro e a discórdia, as crenças mortais de carência, limitação, pecado, doença e morte.
O imenso amor de Jesus anulou as aparências materiais discordantes. Jesus aceitou e demonstrou a perfeição do ser e isso o habilitou a curar o pecado, a doença e a morte. Quando assim amamos as pessoas, reconhecemos sua natureza verdadeira. Não as veremos como criaturas mortais descuidadas, maldosas ou desonestas, mas como idéias de Deus, refletindo a beleza da perfeição. Isso não quer dizer que ignoramos o mal. Ao afirmar, porém, que o ser espiritual do homem é sua única realidade, aliamo-nos à Verdade, Deus. Tal oração coopera em eliminar toda e qualquer tendência a procedimentos ímpios.
Recentemente, quando nos aconteceu o extravio de um documento muito importante, oramos valendo-nos dessas verdades, incluindo deliberadamente todos os envolvidos num círculo de amor. Ao mesmo tempo, entregamos o caso aos cuidados de nosso Pai-Mãe Deus, que é onisciente e onipotente Amor.
Em oração científica, afirmamos que nada pode estar perdido no reino de Deus e que nenhuma perda nos poderia advir, uma vez que Deus estava suprindo todas as nossas necessidades. Sabíamos que a Verdade, Deus, está sempre presente e que isso nos revelaria quais os erros que se precisava corrigir. Ampliamos nosso círculo de amor abraçando a toda a humanidade, afirmando que a ninguém pode ser subtraído o bem que lhe pertence.
Reivindicamos também para nós a inocência dos filhos de Deus, perfeitos, puros, livres de desespero e preocupação, livres da crença sugerida pela mente mortal de que sob o governo da Mente infinita possa haver desaparecimentos ou extravios. E negamos o dualismo, isto é, a crença de que haja dois poderes: o bem e o mal. Afirmamos, com veemência, que Deus está conosco, portanto, nada nos pode faltar.
Voltamo-nos continuamente para a afirmação da Sra. Eddy acerca da onipotência, onipresença e onisciência da Mente, Deus, quando ela escreve: “Nenhuma sabedoria é sábia, senão a Sua sabedoria; nenhuma verdade é verdadeira, a não ser a divina; nenhum amor é amoroso, a não ser o divino; nenhuma vida é Vida, a não ser a divina; nenhum bem existe, a não ser o bem que Deus concede.” Ibid., p. 275.
Sabendo que tudo vem de Deus, o resultado teria que ser o bem. Negamos a pretensão do magnetismo animal, ou mal, que procuraria sugerir que havia outro poder capaz de destruir o bem emanado de Deus, o bem representado em nossa experiência pelo documento supostamente extraviado.
O documento original não nos voltou mais. Porém, tivemos acesso novamente à origem dele e um outro nos foi fornecido com as mesmas características e dando-nos os mesmos direitos.
O que muito nos alegra, ainda, é sabermos que o ocorrido alertou a autarquia com a qual realizamos as transações permitidas pelo documento, a tomar maior cuidado em remessas de documentos aos clientes, evitando assim futuros extravios. Nossa maneira científica de orar, adquirida através dos ensinamentos da Ciência Cristã, alargou nosso círculo de amor para ficarem incluídas nele pessoas que nem conhecemos e que também terão necessidade desse mesmo tipo de documentos.
Cristo Jesus deu-nos a visão clara de um círculo de amor universal ao dizer: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” João 17:20. Jesus incluiu os que estavam ali e os que ainda viriam, estendendo a todos o direito de gozarem os benefícios da graça divina. Esses benefícios se alcançam através da oração baseada na compreensão e visão corretas da unidade do homem com Deus, no reconhecimento de que Deus é o único poder e de que o homem reflete todas as qualidades do seu criador.
 
    
