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Os filhos de Deus não precisam se exibir

Da edição de novembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Era a primeira vez que eu ficava para dormir na casa de meus avós. Eu estava muito entusiasmada. Vovó contou que um casal com quatro filhos tinha acabado de se mudar para a casa ao lado. Por isso, eu quis sair imediatamente e ver as crianças.

Assim que cheguei perto da cerca que dividia os dois quintais, uma menina mais velha do que eu, do lado de lá, disse-me que era melhor eu parar. “Essa planta aí sobre a cerca é hera venenosa”, disse. “Se você a tocar, vai se arrepender!”

Nunca eu tinha ouvido falar de hera venenosa. Queria mesmo era brincar com as crianças, mas era muito tímida e temia que elas não me dessem atenção. Por isso, comecei a me exibir. Peguei um punhado de folhas da hera que me disseram venenosa e comecei a usá-las como leque, inclusive encostandoas no rosto.

“Você vai se arrepender”, repetiu a menina. “Vai ver como vai coçar!”

“Não vai coçar, não”, respondi. Minha avó era praticista da Ciência Cristã e, por isso, eu sabia que nada de ruim podia me acontecer que Deus não resolvesse. Elas riram de mim e continuaram a brincar de esconde-esconde. Não foram muito amáveis comigo. Fiquei olhando.

À certa altura, a mãe delas veio chamá-las e elas lhe repetiram o que eu havia feito. Ela recomendou que eu contasse tudo imediatamente à vovó, para que esta pusesse algum remédio na pele.

As crianças não saíram mais e eu também fui para dentro de casa. Mas não contei nada a minha avó, pois fiquei com medo de que ela me repreendesse por eu me haver exibido.

No meio da noite, acordei com coceira. Pela manhã, meus olhos estavam tão inchados que eu quase não conseguia abri-los. O rosto nem parecia o meu. Durante o café da manhã, vovó perguntou-me o que tinha acontecido. Eu estava assustada, mas contei tudo. Sabia que ela me amava. Embora eu tivesse cometido uma tolice, não deu bronca. Vovó sempre se volta a Deus para conseguir a ajuda de que precisa. Portanto, em vez de pegar um remédio, pegou a Bíblia e mostrou-me a história das tentações de Cristo Jesus. Em Mateus, é narrado que Jesus foi “levado pelo Espírito, ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. O diabo sugeriu a Jesus que se atirasse do topo do templo, se ele era mesmo o Filho de Deus, pois estava escrito na Bíblia: “Aos seus anjos ordenará a teu respeito; e: Eles te susterão nas suas mãos. ...” Jesus se recusou. Ele disse que também estava escrito na Bíblia: “Não tentarás o Senhor teu Deus.” Mateus 4:1, 6, 7.

Vovó explicou que exibir-se era o mesmo que dar ouvidos ao diabo. Eu tinha sido tentada a fazer o papel de boba-alegre, em vez de agir como a filha de Deus que eu era na realidade. Quando fazemos alguma coisa perigosa, só para nos mostrar aos outros, como eu fiz, achamos que somos tão espertos que nada nos acontecerá. É como se disséssemos que Deus vai nos ajudar a que nós pareçamos importantes. Mas o verdadeiro Cientista Cristão sabe que Deus é o mais importante. Saber que Seus anjos tomam conta de nós significa confiar em que Deus vai nos mostrar o que fazer e vai nos dar o tipo certo de atenção.

Não oramos a Deus para que algo mude a pele, os ossos ou o sangue, a fim de nos sentirmos bem outra vez, depois de algo ter saído errado. Oração não é isso. Oramos para nos sentir bem agora mesmo, tanto com Deus como com o Seu imenso amor. Aprendemos que o amor de Deus cuida de nós sempre e, então, as coisas endireitam novamente. O importante é obedecer a Deus e confiar nEle e em Sua presença e bondade que estão conosco a cada segundo do dia.

Tenho a certeza de que vovó percebeu que eu ficara arrependida. Disse-me estar certa de que eu havia aprendido uma lição. A tolice fora corrigida, portanto eu não poderia sofrer mais. “É muito importante sabermos disso”, acrescentou, e pediume que confiasse no poder divino de curar. Prometeu orar para que eu fosse curada.

Fui para casa e mamãe também não deu bronca. Dormi um pouco e, quando acordei, tinha o rosto bem menos inchado. Eu começava a parecer de novo como era em realidade. A coceira parou. Depois de dois ou três dias, eu estava completamente bem. O mais importante, porém, é que aprendi a confiar em Deus e a não tentá-Lo.

Sei que Deus me corrigiu e me curou porque me ama. Deus ama todos os Seus filhos.

As experiências de curas em artigos do Arauto foram cuidadosamente verificadas, inclusive em artigos escritos por crianças ou para estas.

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