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Em minha família, venho a ser da terceira geração de Cientistas Cristãos,...

Da edição de novembro de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Em minha família, venho a ser da terceira geração de Cientistas Cristãos, e estou muito grato por ter sido criado nesta Ciência. Fico especialmente grato pela clara compreensão que a Escola Dominical da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) me deu, de que todos os problemas podem ser resolvidos quando nos volvemos a Deus. Destacam-se, entre as curas que tive, a cura muito rápida duma ferida no polegar, a solução de problemas financeiros durante meu curso de pós-graduação, a cura dum decréscimo, de longa data, na audição, a realização dum casamento feliz, numa época de minha vida em que, como alguém comentou, eu “estava muito velho para mudar meus hábitos de solteiro” e a cura, exclusivamente pela oração, duma contusão dolorida nas costas.

Há uns dois anos, enfrentei o que acho ter sido o maior dos desafios, quando fiquei acamado devido a uma condição interna aflitiva que me afetou as costas e uma das pernas, perturbando ainda as funções normais do corpo. Causava-me hemorragias e fazia com que eu precisasse de muito cuidado especial. Durante esse período, foi muito inspirador o apoio de minha esposa, que também é Cientista Cristã, bem como o apoio de dois praticistas da Ciência Cristã que me trataram, em épocas diferentes, por um período de cinco meses.

O problema nunca foi diagnosticado clinicamente. A certa altura, porém, achei que um diagnóstico médico ajudaria a deter a maré de opiniões e sugestões de tratamentos oferecidas pelos colegas e amigos que não eram Cientistas Cristãos. Além disso, por certo tempo temi não voltar às atividades normais, caso em que receberia seguro por invalidez pago pelo seguro de grupo patrocinado por meu empregador, mas só mediante pronunciamento médico.

Nunca de fato achei que diagnóstico e tratamento médicos trariam a solução, mas minha confiança no tratamento pela Ciência Cristã, ou seja, pela oração espiritual e científica, havia diminuído. Estava deprimido e sentia-me pessimista quanto ao futuro. Fiquei sabendo, então, que o pagamento do seguro, em casos tão sérios, provavelmente exigiria o diagnóstico de vários médicos. De repente dei-me conta de que não se pode confiar em diagnósticos da matéria, pois não relatam de modo acurado a condição real (espiritual) do homem. Também passei a ver que ligar um nome a sintomas físicos só daria ao problema uma aparente identidade e, portanto, um senso de realidade.

O que precisava ser tratado era a visão que eu tinha, de mim mesmo (e do homem, em geral), como um ser limitado, nascido da matéria e destinado a morrer na matéria. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 246): “Nunca registreis idades.... Os registros de nascimentos e de óbitos são outras tantas conspirações contra a natureza perfeita do homem e da mulher.... O homem, governado pela Mente imortal, é sempre belo e sublime. Cada ano que passa desenvolve sabedoria, beleza e santidade.

“ ... A Vida e a bondade são imortais. Modelemos, então, nossos conceitos da existência, em beleza, louçania e continuidade, em vez de em velhice e decrepitude.” Ao ponderar estas verdades espirituais, dei-me conta de que, com freqüência, eu aferia as realizações de outras pessoas comparando as idades delas e a minha. Percebi o quanto isso era limitador (para os demais e para mim), e deixei desse hábito.

Naquela época, pensei muito em começo e fim. Ficara doente exatamente quando ia ser considerado para a promoção final em minha ocupação dessa época, e também quando minha esposa estava esperando bebê. Eu precisava obter uma compreensão melhor de que o homem é eterno e espiritual, nunca nasce, nunca morre, e está sempre no ponto de perfeição e inteireza. A orientação bíblica contida em Efésios (4:22, 24), de que “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, ... e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”, deu-me muito o que pensar. Eu tinha de substituir os pensamentos do “velho homem”, baseados na suposição de que o homem seja mortal, pela visão do “novo homem”, criado à imagem de Deus, como a Ciência Cristã o ensina. Progredi, na proporção em que me esforcei nesse sentido.

Ocorreu, então, uma recaída, quando eu já caminhava com segurança sem muletas. Um dos olhos ficou injetado e dolorido. Por vários dias, não consegui ver nada com esse olho. A lição bíblica da semana, do Livrete trimestral da Ciência Cristã, continha este trecho de Ciência e Saúde (p. 448): “A cegueira e a justificação própria apegamse fortemente à iniqüidade.” Lendo-o, dei-me conta de que eu tendia para a extrema autopiedade e tinha a arraigada propensão de criticar. Orei para ver que a natureza real do homem não é produto do ambiente ou da hereditariedade humanos, pois o homem é o reflexo da individualidade infinita de Deus, o bem. Essa oração teve resposta na medida em que passei a encarar a mim e aos demais, de modo coerente, sob essa luz. Em resultado, houve a libertação de algumas falhas de caráter, como as já mencionadas, bem como a melhora da visão, até ser esta restaurada de todo.

Com a ajuda diária dum praticista e com o meu estudo devotado da Bíblia e de Ciência e Saúde, deu-se aos poucos a cura completa da condição interna.

O aspecto mais importante da cura, vejo-o agora, foi obter uma convicção mais profunda de que o homem é nada menos que o filho de Deus, não material, mas totalmente espiritual.

Após a cura, senti-me genuinamente inclinado a apreciar melhor os meus colegas que, junto comigo, também eram candidatos à promoção. Orei e estudei para ter amor mais profundo ao meu próximo, para livrar-me da sensação de competição e para perceber que Deus é o único Ego. Algum tempo antes dos contratos saírem, senti-me profundamente em paz.

Quando chegaram os contratos, não estava incluída no meu nenhuma promoção, mas não senti pesar nem amargura. Foi só um mês depois que fiquei sabendo que o processo de avaliação ainda não terminara e que havia promoções ainda a serem anunciadas. Acabei sendo promovido e, mais tarde, fui eleito para a comissão que avalia colegas para promoções.

Sei agora que ver que o homem é espiritual e perfeito requer esforço constante, esforço esse muito favorecido pela filiação ativa numa igreja filial, em A Igreja Mãe e numa Associação de Alunos de Ciência Cristã. Meu envolvimento nesse trabalho de igreja mostrou-me que o dito de Cristo Jesus “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48) não é uma ordem humana impraticável, mas é a verdade do ser. Graças a essa percepção, minha vida tem um maravilhoso sentido de propósito e direção.


É com prazer que confirmo o testemunho de meu marido. Fui testemunha de que ele teve sua audição restaurada. Sou grata pelo nosso feliz casamento e aprendi muitas lições sobre maturidade espiritual, durante o processo de cura daquela sua condição interna.

Dois dos traços de caráter que precisei corrigir, durante a última cura citada, foram raiva e impaciência. Na primavera anterior, eu viajara ao exterior para encontrar-me com Donald, ao fim de sua licença-prêmio. Encontrei-o descansado, cheio de entusiasmo pelo trabalho e ansioso por estar espiritualmente preparado para a chegada de nosso bebê, no outono. As semanas de invalidez contrastaram muito com aquele maravilhoso período de viagem. Logo comecei a sentir-me confusa e com pena de mim. Quando comentava sobre a vinda do bebê, meu marido falava no medo que tinha, de não poder ajudar a cuidar da criança, e esse medo roubava-lhe a alegria de recebê-la.

Tive de aprender a deixar de procurar em Donald a confirmação de que a cura se realizava. Houve maravilhosos momentos de inspiração, mesmo nas piores ocasiões. Mas daí olhava para meu marido e via sua dor, desânimo ou tensão e ficava abatida de novo. Dei passos importantes para a minha libertação mental, quando me recusei a ficar observando se nossas orações faziam efeito. Com o estudo da Ciência Cristã que eu fazia naquela época, aprendi a deter-me na beleza e na verdade de tudo o que Deus me revelava a cada dia, independente de quão boa ou má estivesse a situação humana. Desci da montanha-russa mental.

Tive de enfrentar a tentação de crer que a cura não estava ocorrendo porque os sintomas já se manifestavam havia certo tempo. De repente dei-me conta, um dia, de que os sintomas não tinham poder real para afetar a vida de Donald. Ainda que a medicina material ou a opinião humana pusessem muita ênfase nos sintomas físicos, a substância espiritual e genuína de Donald não ficava diminuída. Eu sabia que a vida dele estava exclusivamente no Espírito. Meu medo desapareceu naquele instante. Depois disso, houve instantes em que Donald sentia grande desânimo e queria desistir, mas pude ver claramente que esse não era seu modo de pensar como o homem real de Deus que era, o que me permitiu ajudá-lo.

Os desafios diários eram muitas vezes imensos, mas nunca maiores do que a inspiração que obtínhamos por volver-nos a nosso querido Pai-Mãe Deus, a cada momento, Fico muito agradecida aos dois praticistas com os quais trabalhamos em épocas diferentes, por sua paciente disposição de lidar com meus temores e, bem assim, com os de Donald.

Uma das glórias da cura pela Ciência Cristã é que todo o que a testemunha é abençoado por ela. De fato, somos uma família mais sagrada e mais dedicada, em resultado dessa vitória. Obrigada, meu Deus.

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