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Por que o nono mandamento é tão interessante

Da edição de novembro de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

Êxodo 20:16

Quem se importa com o nono mandamento? Todos nos precisamos importar!

Dar falso testemunho — mentir — parece desempenhar papel surpreendentemente amplo na vida humana em geral. É o que as pessoas fazem quando crêem necessário e possível manipular as circunstâncias em seu próprio benefício.

Seja no mentir sobre falhas em obras executadas sob contrato para fabricar naves espaciais, ou no ocultar déficits nos negócios, seja no encobrir imoralidade pessoal, ou prestar informações sutilmente incorretas sobre o que alguém disse ou fez, trata-se de uma forma de pecado. E, como pecado, pune-se a si mesmo. Em outras palavras, entregar-se alguém ao pecado é algo prejudicial a ele bem como a outros. E, o que é mais importante, a pessoa perde a oportunidade de reconhecer a verdade espiritual, o reino dos céus que já é nosso.

Será truísmo dizer que à ação de mentir precede uma mentalidade desonesta. Mas o que queremos ressaltar é que a atitude de mentir nos enleia em algo mais do que mau procedimento sem importância. Começamos a perceber o que está em jogo, quando nos lembramos das palavras de Cristo Jesus, de que o diabo é “mentiroso”  João 8:44..

A desonestidade no caráter tende a fazer de qualquer um, um homem do diabo. Subtrai-nos algo da individualidade, de maneira que apenas copiamos o modelo geral mesmérico de materialismo e hostilidade ao Cristo, a Verdade. Tal pessoa se põe a serviço, cega e inteiramente, dos propósitos destrutivos do mal, tal como, dentre a multidão, aqueles que fizeram a escolha do ladrão Barrabás para ser solto, em vez de Jesus, ou os soldados que se uniram para zombar do Mestre.

Se uma mentira está ligada com isso ou leva a isso, quem se poderá permitir compartilhar de mentiras, quer pequenas quer grandes, a nível alto ou baixo?

A Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) mostra por que o logro e o mal estão tão intimamente ligados, ao explicar o fato básico sobre o próprio mal: de que é uma mentira. Toda a operação do mal depende de que, ao apresentar uma mentira, esta seja aceita, mentira de que Deus esteja ausente, quando de fato não está, e de que o mal seja mais poderoso e desejável do que o bem.

Que alívio quando compreendemos que o sentido escuro e opressivo do mal é inteiramente oriundo de crer-se naquilo que não é verídico. Em vez de lutar contra um mal que enfrentamos, como se fosse real e impressionante, nossa função como cristãos é reconhecer que o mal não é de Deus e é, portanto, irreal.

Essa verdade muda imediatamente a cena em qualquer situação. Onde se tinha a impressão de que o bem era minoria e o mal maioria, torna-se claro que assim acontece só porque fomos enganados e aceitamos uma mentira. O fato é que o bem nunca é menos poderoso do que o mal. Mesmo que só um mínimo de bem se evidencie em nossa experiência, o bem é um aspecto da realidade divina, ao passo que montanhas de mal são apenas falsidades acumuladas.

Por exemplo: quando estamos enfrentando males de doença ou discórdia no corpo, não estamos fora de combate. Nossa noção do bem espiritual, mesmo parecendo ser pequena, realmente está vinculada aos recursos infinitos da bondade divina.

À medida que respondemos ao toque do Cristo, a Verdade, e aceitamos o fato de que o mal é uma mentira, é destituído da mínima substância, lei ou causa, temos maior liberdade de reconhecer o quanto do bem já está à nossa disposição, onda após onda, um contínuo fluir do bem, vindo de Deus ao homem. Cada intuição da bondade e do poder divinos que alguma vez tenhamos tido, é verdadeira. Há uma infinidade do bem a ser apreendida, sobre Deus e Seu homem. Este bem é concreto, prático, tem força e faz efeito. E com esta compreensão muda-se a cena, e a cura começa.

Semelhantemente, se nos defrontamos com as pretensões do erro, de que pode dominar, em dada situação, por meio de mentiras e mesmerismo, a liberdade não é conseguida mediante ajuntarmos o suficiente do bem para enfrentar o mal, mas mediante persistente distinção entre a mentira e o Cristo, a Verdade. O grande desafio não é o “poder” do mal, de enganar e controlar, mas a mentira de que exista o mal e alguma mente para perpetrar o mal ou acreditar na sua perpetração.

Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, explica: “A idolatria, a suposição da existência de muitas mentes e mais de um Deus, se repetiu em todo tipo de sutilezas através dos séculos, dizendo, como no começo, ‘Acreditai em mim que eu vos farei como deuses’, isto é, eu vos darei uma mente separada de Deus (o bem), chamada o mal; e esta assim chamada mente vos abrirá os olhos e vos fará conhecer o mal, e desse modo vos tornareis materiais, sensuais e maus. Mas, lembrai-vos de que isso foi dito por uma serpente; portanto essas palavras não procedem da Mente, o bem, ou a Verdade. Deus não é o autor delas; daí as palavras do Mestre: ‘[O diabo] é mentiroso e pai da mentira.’ ...” Miscellaneous Writings, p. 196.

Prestar obediência contínua ao primeiro e grande mandamento, “Não terás outros deuses diante de mim”  Êxodo 20:3., ajuda-nos muito a cumprir o nono mandamento, porque nos livra de reconhecer qualquer outro deus ou causa. Não há outro, e a nossa obediência nos livra da tentação de crer na mentira de que possa haver.

Dar falso testemunho, apresentando o mal sob o disfarce do bem, parece ser o método do mundo. Mas, como temos os ensinamentos de Cristo Jesus, estamos preparados para reconhecer e anular essas mentiras. Deixaremos de acreditar que haja para elas qualquer fonte ou sustentação, pois a onipresença de Deus nos está sendo iluminada. S. Paulo perguntou: “Quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?”  Gálatas 5:7.

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                                                                                        Mary Baker Eddy

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