Numa crítica do recente livro de autoria do historiador Harry S. Stout intitulado “A Alma da Nova Inglaterra”, nota-se uma estatística um tanto surpreendente. Durante a vida de um puritano comum da Nova Inglaterra colonial do século dezessete, todo homem e toda mulher ouviam “mais de 7.000 sermões que exigiam cerca de 15.000 horas de atenção concentrada” Ver Kenneth L. Woodward, “When God Had No Competition”, Newsweek, 20 de outubro de 1986, p. 73..
As pessoas estavam famintas por serem asseguradas da vontade de Deus e de Seu propósito. Lutavam pela sobrevivência e reconheciam a necessidade de Deus ser o centro do tipo de vida que conseguissem esculpir do ermo. Havia poucas distrações frívolas para a mente e o espírito.
Hoje, é claro, a história é bem diferente. Nossa era aparenta ser uma incessante busca de entretenimento, diversão, recreação: uma era de distração. Para muitas pessoas, o ato de adorar a Deus e o interesse pelas coisas do Espírito são relegados a uma inexpressiva e relutante participação ocasional, desde que não interfira com a diversão. Para muitos, a vida cotidiana tem pouco ou nada a ver com Deus. Há tanto “barulho” a bombardear os sentidos, que o mundo parece quase nunca apresentar suficiente quietude para se ouvir a mensagem de Deus. A sociedade de hoje parece estar a anos luz de distância daquilo que, na crítica do livro do Sr. Stout, aparece descrito como uma era que representava “a espécie de quietude cultural sem a qual a Palavra não pode ser ouvida”.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!