Parece haver um componente na natureza humana que, com demasiada freqüência, cai na armadilha do “dinheiro fácil”, isto é, aceita a possibilidade de se conseguir alguma coisa sem fazer nenhum esforço. Cassinos rutilantes, corridas de cavalos, números de sorte, loterias, a “quina da loto”, ou sorte grande, e tudo por uma bagatela. Com insistência, sucedem-se os convites e são cada vez mais sofisticados.
Um artigo publicado numa revista semanal dedicada à publicidade e à propaganda, dá uma imagem vívida da situação atual. Logo após o cabeçalho, um subtítulo declara: Os anunciantes do jogo procuram emprestar uma imagem sadia ao desejo de riquezas fáceis.
Esse artigo da revista Adweek cita ainda a declaração franca feita pela diretora de publicidade de uma das maiores loterias estaduais dos Estados Unidos. Ao comentar suas expectativas em relação à mensagem que os novos anúncios deveriam transmitir ao público, ela diz: “Com [a loteria] você está comprando a chance de realizar um sonho. Não se esqueçam de que os ganhadores são seres iguais a vocês. ... Espero que, com esses anúncios, [a loteria] adquira a imagem de algo sadio, sem pretender exatamente colocá-la logo abaixo de Deus.” J. Max Robins, “Bringing Greed Out of the Closet: The New Gambling Ads”, Adweek, 15 de agosto de 1985, p. 21.
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