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Todos nós já ouvimos a expressão: “Falar é fácil, fazer é que são...

Da edição de junho de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos nós já ouvimos a expressão: “Falar é fácil, fazer é que são elas!” Há alguns anos, tive de decidir se poria em prática os ensinamentos da Ciência Cristã, nos quais eu dizia acreditar, se seguiria a direção divina, ou ouviria a sugestão da mente mortal, fazendo aquilo que parecia mais cômodo.

Tudo começou em 1978, quando nossa empresa notificou todos os empregados de que, em meados de 1980, a montagem manual de nosso produto seria desativada e a automação computadorizada passaria a realizar a maior parte das operações. Alguns dos duzentos e cinqüenta empregados seriam aproveitados em outros departamentos. A maioria, no entanto, seria indenizada e seu contrato de trabalho, rescindido. Eu estava na empresa havia vinte e oito anos e foime oferecido um trabalho noturno com salário e posição inferiores.

Isso tudo foi um grande choque para mim. Contudo, procurei orientação na Bíblia e em Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, como sempre faço, quando preciso tomar uma decisão. O livro de Salmos, na Bíblia, está cheio de recomendações no sentido de confiarmos somente em Deus. O terceiro versículo do Salmo 31, em particular, ajudou-me muito: “Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás.” E em Ciência e Saúde, li estas palavras (p. 126): “A Bíblia foi a minha única autoridade. Não tive nenhum outro guia no ‘caminho reto e estreito’ da Verdade.”

Enquanto continuava a orar e estudar, veio-me, de forma muito acentuada, a idéia de que deveria recusar o emprego noturno. Assim fiz, para grande surpresa de todos. Mais tarde, naquele ano, fui eleito para o cargo de Primeiro Leitor em minha igreja filial. Se eu tivesse aceitado o trabalho noturno, não teria podido servir como Primeiro Leitor, pois nesse cargo teria de conduzir as reuniões de testemunhos das quartas-feiras à noite.

Nos últimos meses de 1979, o vice-presidente da empresa me fez lembrar que, em menos de oito meses, todo o meu departamento seria fechado. Insistiu para que eu aceitasse o trabalho noturno, ainda em aberto, para eu não ficar desempregado.

Novamente, dediquei-me mais a fundo ao estudo e à oração, recorrendo a Deus, a Mente divina, em busca de inspiração, discernimento e confiança renovada. Em Ciência e Saúde, à página 467, encontrei esta afirmação categórica: “Não tendo outros deuses, não recorrendo a nenhuma outra mente para o guiar, senão à única Mente perfeita, o homem é a semelhança de Deus, puro e eterno, e tem aquela Mente que havia também em Cristo.” Além dessa, encontrei várias outras passagens que também me inspiraram.

Eu tinha plena certeza de estar fazendo progresso espiritual como resultado do profundo estudo de Ciência Cristã que precisava realizar para cumprir meus deveres de Primeiro Leitor. Devo acrescentar que, enquanto procurava as respostas por meio do estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, também recebia a ajuda das orações de um praticista da Ciência Cristã. Quando comuniquei a meu superior a decisão de não aceitar o trabalho noturno e as razões por que assim procedia, ele disse que admirava minha devoção à minha religião. No entanto, ele também me advertiu que encontrar outro emprego, na minha idade, poderia não ser fácil.

Nos últimos seis meses, enquanto o departamento estava sendo desativado, o gerente, que era meu supervisor imediato, foi transferido para outro setor. Recebi, então, o encargo de realizar as tarefas finais dentro da programação e, ao mesmo tempo, realizar uma suave e bem sucedida transição para o novo sistema. Toda essa tarefa representou um enorme desafio, pois foi realizada com número cada vez menor de funcionários. Todavia, eu tinha a absoluta convicção de que Deus me guiava passo a passo. Posso afirmar, com sinceridade, que todo esse processo de mudança foi agradável e bem sucedido.

Certo dia, o vice-presidente encarregado da produção chamou-me em seu escritório e ofereceu-me outro cargo. Ele criara um novo departamento a partir de três já existentes e oferecia-me a posição de gerente. Disse que esperava que eu conseguisse aumentar a produção, sem aumentar os custos; portanto, eu deveria pensar bem antes de aceitar a proposta. Também informou que mais da metade das operações nesse departamento estavam ligadas a um computador, portanto, os dados relativos à produção e aos custos apareceriam, sem demora, nos extratos semanais. Disse ainda que nos últimos doze meses, o quadro de funcionários do departamento mudara em mais de 50 por cento e que um dos principais supervisores estava desanimado com a situação e pensava demitir-se.

Chegara o momento de pôr em prática o que vinha estudando. Se eu aceitasse o cargo e não conseguisse cumprir as exigências da empresa, provavelmente ficaria sem emprego. Mas poderia escolher o caminho mais seguro: receber a indenização e aposentar-me antes do tempo. Não foi difícil tomar uma decisão, depois de ter orado tanto nos dois anos anteriores. Aceitei o cargo.

Mergulhei no novo trabalho. Com a ajuda dos superiores, aliada ao constante fluir de idéias espirituais provenientes de meu estudo matinal das lições bíblicas, delineadas no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, as metas estabelecidas pela empresa foram, não só alcançadas, mas constantemente superadas. Os problemas com o pessoal foram inteiramente vencidos e o supervisor que estivera desanimado, tornou-se um forte apoio.

É claro que houve problemas e também houve épocas em que achava que não tinha tempo para orar. Dentre os desafios enfrentados, havia a programação com prazos demasiado curtos e as exigências de outros departamentos. Depois de passar por alguns apertos, cheguei à conclusão de que não poderia me dar ao luxo de não orar. Aprendi que perceber nossa união com Deus e reconhecer que Cristo, a Verdade, é nosso guia sempre presente, leva poucos momentos e evita fazermos o serviço mal feito e termos de fazê-lo de novo. Como lemos em Ciência e Saúde (pp. 12 e 13): “Na Ciência divina, em que as orações são mentais, todos podem valer-se de Deus como ‘socorro bem presente nas tribulações’.”

Houve tantas evidências do bem e sempre as atribuí a Deus. Pude sentir a onipresença da Mente divina. A orientação recebida foi de tal magnitude, que me fazia lembrar freqüentemente as palavras de Cristo Jesus: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” (João 5:30).

Após seis anos de trabalho empolgante nesse cargo, aposentei-me. Agora, continuo ativo como sempre, servindo a Deus através das muitas atividades da igreja.

A primeira frase de Ciência e Saúde diz (p. vii): “Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos.” Posso atestar a veracidade dessa afirmação, especialmente quanto à palavra repleto. Por todas as maneiras em que fui ajudado pelos ensinamentos da Ciência Cristã, um sincero muito obrigado!


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