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Paz conveniente ou paz verdadeira?

Da edição de junho de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Todos nós já presenciamos cenas de pacificação. Talvez tenhamos sido tocados pela candura natural de uma criança, ao consolar instintivamente uma pessoa que tem problemas. Talvez tenhamos visto no escritório algum pacificador sabiamente modificando o rumo de uma conversa que se estava tornando áspera. Ou talvez tenhamos observado um policial a acalmar um cidadão agitado.

Mas ocasionalmente também vimos se tornarem inúteis os esforços por resolver um conflito, porque se buscava uma paz meramente conveniente. Essa “paz” talvez tentasse ocultar o conflito que precisava ser encarado honestamente para melhorar a situação. Como conseqüência, o problema piorou, trazendo à superfície seu aspecto condenável.

Surge, então, a pergunta: “Pode alguém ser pacificador, passando por cima dos problemas?” Não. A verdadeira paz só vem quando o pecado é desvendado e quando há arrependimento. Essa é a maneira cristã de alcançar a harmonia.

Conquanto Cristo Jesus tenha ensinado: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus,”  Mateus 5:9. ele também afirmou: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.”  Mateus 10:34.

A vida de Jesus exemplifica ambos os ensinamentos. Ele se tornou muito conhecido por seu grande e puro amor, por suas curas, por seu consolo e seu perdão. Ninguém jamais ajudou tanto a humanidade ou trouxe paz tão real às pessoas. No entanto, ele nunca deixou de desvendar o pecado. Enquanto o Cristo, o poder divino que ele incorporava, trazia cura e paz a muitas pessoas, para outras sua vida e palavras eram uma contínua reprimenda, “uma espada”.

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O Mestre não se abstinha de dizer a verdade inteira, declarando com precisão aquilo que destruiria a doença, o pecado e a morte, embora seu ensinamento pusesse os lares em dissensão e trouxesse às crenças materiais não a paz, mas a espada.” Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), p. 19: “The Master forbore not to speak the whole truth, declaring precisely what would destroy sickness, sin, and death, although his teaching set households at variance, and brought to material beliefs not peace, but a sword,” E em outra parte diz: “O viver e a bem-aventurança espirituais são as únicas evidências pelas quais podemos reconhecer a verdadeira existência e sentir a paz inefável que provém de um amor espiritual que tudo absorve.” Ibid., p. 264: “Spiritual living and blessedness are the only evidences, by which we can recognize true existence and feel the unspeakable peace which comes from an all-absorbing spiritual love.”

A Ciência Cristã ensina que a base da verdadeira paz é espiritual. Há um só Deus, o Espírito, que é “nosso Pai”, como diz a Oração do Senhor. Seus descendentes, expressando a natureza de Deus, são espirituais, corretos, amáveis, completos. Os descendentes de Deus não podem causar dano, nem manifestar desarmonia. A contenda e o egoísmo que parecem inerentes ao homem, não são características de nosso verdadeiro ser. São produtos de um pensar carnal e material e têm de ser destruídos pelo Cristo, a Verdade.

A Ciência Cristã não só nos mostra nossa verdadeira natureza à semelhança da divina, como também nos mostra que podemos descartar tudo o que pretende encobrir essa natureza. Resulta daí uma permanente paz interior e harmonia maior no relacionamento com os outros.

Certa feita, uma Cientista Cristã encontrou-se numa situação muito explosiva. Era época de exames e o ambiente no dormitório no câmpus universitário não era nada calmo. Várias pessoas estavam dando por falta de dinheiro, jóias e roupas. A paz era ilusória. Muitas suspeitas havia de que uma jovem era a ladra, por ser conhecida como mentirosa, viciada em drogas e já ter precedentes de roubos. Mas todas as colegas procuravam uma paz conveniente, tratando de encobrir o problema e “ser amigas”.

A Cientista Cristã voltou-se a Deus para encontrar paz. Ficou até surpresa com a orientação espiritual que recebeu d’Ele. Sentiu-se impelida a dirigir-se a essa jovem e pedir-lhe que devolvesse seus pertences. Não houve resposta a esse gesto. Continuou a orar, com o profundo desejo de compreender melhor a Deus. Então, pela primeira vez, começou a ver que em verdade há um só Deus e que Sua família está em harmonia. Percebeu que Deus não havia criado uma ladra e que Deus é o único criador.

Aparentemente no mesmo instante, a jovem que ela havia enfrentado, que de fato lhe havia roubado alguns objetos, sentiu uma completa modificação em seu modo de pensar. Disse à Cientista Cristã que de repente sentiu-se invadida por um profundo amor devido ao modo como ela lhe falara, honesta e diretamente. Devolveu-lhe todos os pertences naquela tarde e, dentro de poucos dias, devolveu tudo o que havia roubado no dormitório.

A paz tem base espiritual. A paz de foro íntimo e, entre as pessoas, está baseada na verdadeira relação que o homem tem com seu Criador.

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