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Uma vasta audiência na África, na Austrália, na América do Sul, em partes da Ásia e na Europa recebe por rádio de ondas curtas The Herald of Christian Science. Achamos que nossos leitores que ainda não tiveram a possibilidade de ouvir essas transmissões, gostariam de ler, de vez em quando, trechos desses programas radiofônicos.

PROGRAMA N° 23

“Em perigo, ou em paz”?

Da edição de maio de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Locutor: Este é The Herald of Christian Science (versão radiofônica), levado ao ar pela Sociedade Editora da Ciência Cristã, a atividade editora de âmbito mundial d'A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, E.U.A.

Jacqueline: Olá, meu nome é .

Wanjohi: E eu me chamo . Bem-vindos ao programa do Herald.... Não conheço nenhuma parte do mundo em que as pessoas se sintam completamente fora de perigo. É muito importante a maneira como as pessoas tratam desse problema, por isso hoje abordaremos esse assunto.

Jacqueline: Nossos convidados, Graham e Yvette Alpe, de Surrey, na Inglaterra, viveram numa cidade assolada pela guerra. Mas conseguiam cumprir calmamente com os seus afazeres diários. Sua calma se baseava na compreensão que eles têm da onipresença de Deus. O diálogo [com a entrevistadora ] começa com Graham.

: Fui convidado a ir para o Líbano.

Pat: Por que motivo foi enviado a esse país?

Graham: Eu tinha experiência como engenheiro civil e era especialista em questões ambientais, em tratamento de águas e em resolver problemas relacionados com os detritos. O Líbano estava cheio desses problemas. Uma equipe de especialistas devia ir para o Líbano, preparar um plano diretor. Pediram-me para chefiar o projeto.

Pat: Como se sentiu quando pensou em ir ... ?

Graham: Orei bastante, para saber se isso seria o mais acertado, pois também levaria minha mulher e minha filha.

Pat: O senhor era Cientista Cristão?

Graham: Sim e, efetivamente, creio que isso fez uma grande diferença, pois sabíamos que podíamos confiar na oração. Minha mulher e eu consideramos o projeto e percebemos que era muito importante para o Líbano. Com a pequena compreensão que tínhamos já obtido acerca do fato de que Deus é Amor, pudemos também ver que, em qualquer situação, nunca nos encontramos fora do alcance do Amor. Se fôssemos para o Líbano, era possível que fôssemos uma bênção para aquela comunidade.

Pat: E então vocês foram para lá.

Graham:... Sim.

Pat: Yvette, como é que se sentiu quando Graham lhe disse que decidira aceitar a tarefa?

Yvette: Fiquei muito entusiasmada.

Pat: Nem todas as mulheres reagiriam assim.

Yvette: Sei que não, mas pensei que seria uma oportunidade maravilhosa de conhecer o país diretamente, pois já tínhamos vivido no estrangeiro. Meu marido havia trabalhado no Oriente e sabíamos que Deus é onipotente e está sempre presente. Minha convicção de que Deus preenche efetivamente todo o espaço, não era de 92 por cento nem de 98 por cento, mas, sim, de todo o coração. ...

Graham: Foi de fato um período difícil. Havia ocasiões em que a parte ocidental de Beirute estava num completo estado de anarquia. Dava para sentir a tensão ali presente e o medo espalhado pela cidade. Rapidamente me apercebi de que Beirute Ocidental não era o local ideal para minha mulher e minha filha. Arranjei uma casa na parte oriental da cidade, no cimo das montanhas, num local de nome Beit Meri. Ficava a uns dezenove quilômetros de Beirute.

Pat: Houve algum incidente, em particular, que o levasse a acreditar que suas orações fizeram de fato a diferença?

Graham: Houve, com efeito, uma ocasião da qual me recordo muito bem. Foi numa noite de novembro, em que eu tinha decidido visitar minha família. Nem sequer me era possível estar com ela todas as noites, embora passássemos juntos todos os fins de semana. Naquela noite, necessitava atravessar a Linha Verde para chegar a Beit Meri.

Pat: Como pode haver quem não saiba o que é a Linha Verde, quer explicar um pouco mais o que é isso?

Graham: Pois não. A Linha Verde [é] a linha que divide a parte ocidental de Beirute, predominantemente muçulmana, da parte oriental, predominantemente cristã. A linha tornara-se tão definível que havia apenas um ou dois lugares por onde se podia passar em segurança. "Eu o levo para o outro lado da Linha Verde," disse-me um colega libanês que vivia na parte oriental de Beirute. "Vou atravessar pelo porto," acrescentou.

A cena era bastante assustadora, pois aquela zona tinha sido severamente destroçada. Os edifícios que se destacavam contra o céu escuro se assemelhavam a silhuetas fantasmagóricas. Encontravam-se desertos, uma vez que tinham sido bastante atingidos por granadas e bombas. Enquanto íamos rodando, reparamos que havia apenas mais um carro que tinha escolhido aquele caminho. Esse carro, que ia aproximadamente cinqüenta metros à nossa frente, tinha já ultrapassado o último posto de controle. Logo que partimos e nos vimos em campo aberto, deparamos, repentinamente, com um tremendo estampido e um clarão. Uma granada de morteiro tinha acabado de cair logo atrás de nosso carro! E, instintivamente, meu colega freou bruscamente e escorregamos para o chão do carro. Foi nesse momento que uma metralhadora abriu fogo e alguma arma automática começou a disparar contra nós. Não sei o que meu colega fazia enquanto ali estávamos abaixados. Eu orava fervorosamente.

Pat: Lembra-se do que pensou?

Graham: Não pensei numa oração formal. Era apenas a consciência de que a Vida é eterna, de que Deus é Tudo, de que Deus é Amor. De que nada, nada, por muito assustador que fosse, nos poderia separar do Amor. De repente o barulho cessou, tão rápido como tinha começado. Meu colega levantou-se, ligou o carro e saímos da zona portuária em alta velocidade. "Ufa! Desculpe-me por tê-lo trazido por este caminho," exclamou. Nascemos de novo, vamos sair para comemorar," acrescentou. Eu apenas disse: "Agradeçamos a Deus em silêncio." "Sim, agradeçamos a Deus," concordou. Na manhã seguinte, regressamos os dois ao escritório. Em geral, quando confrontados com essas situações, os funcionários pediam folga por alguns dias, para conseguirem se recuperar. No entanto, nenhum de nós se sentiu abalado.

Yvette: Recordo-me muito bem da noite em que Graham chegou em casa após o incidente no porto. Foi em novembro, e, como ele disse, estava escuro. Justine encontrava-se na sala de estar, montando o presépio para o Natal. Quando Graham chegou, ela o chamou: "Papai, venha ver o que estou fazendo!" Ele foi ter com ela, entusiasmado, conversaram sobre as atividades escolares do dia, vivendo um momento familiar muito feliz. A seguir, apareceu na cozinha, onde eu preparava o jantar e pediu uma bebida quente. Foi àquela altura que se virou calmamente para mim e disse: "Eli e eu fomos alvos de disparos, enquanto atravessávamos o porto."

Não reagi. ... Senti-me extremamente calma. É claro que não foi surpresa para mim o compreender que meu marido e Eli tinham sido protegidos naquela noite, assim como o carro que vinha à frente deles, ao atravessarem o porto.

Graham: A Bíblia fala-nos em muitas pessoas que andaram com Deus e estiveram em segurança. Quanto a mim, isso não significa andar ao lado de um grande Deus com forma humana. Significa, sim, a consciência de um poder divino que está sempre presente; que podemos confiar em que esse poder sempre nos acompanha e nunca nos encontramos fora do seu alcance. Significa, também, estar conscientes de que o homem não pode ser dominado pelo medo. Agora, falar é fácil.

Pat: Mas fazer é que é difícil. ...

Graham: Creio que uma das formas de fazê-lo ter vida é compreender que temos um infinito Deus de Amor e que nunca nos encontramos fora do alcance desse Amor infinito.

Wanjohi: Muito obrigado. Acabaram de ouvir Graham e .

Jacqueline: Eu gostaria de acrescentar apenas uma coisa, Wanjohi. Graham, Yvette e a filha viveram no Líbano durante mais de um ano. Antes de partirem, ele e sua equipe de engenheiros completaram o plano de tratamento da poluição das águas no Líbano. Graham disse-me que o plano está guardado num cofre, pronto para ser aplicado logo que as condições sociais o permitam.

Wanjohi: No programa de hoje tivemos a oportunidade de verificar como a presença de Deus é capaz de nos proteger dos perigos que nos podem confrontar neste mundo. ...

Jacqueline: Nossos convidados de hoje nos mostraram o quanto a oração foi importante para obterem segurança. A segurança espiritual, tal como Cristo Jesus nos mostrou, encontra-se em Deus. Recordo-me de um versículo da Bíblia, que vem a ser uma oração muito útil, em qualquer situação. É assim: "O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre." Salmos 121:8.

Se o leitor deseja ouvir um programa completo de The Herald of Christian Science (edição radiofônica), queira escrever, pedindo uma lista das freqüências de ondas curtas da sua área, para Letterbox; P.O. Box 860, Boston, MA, E.U.A. 02123.

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