“O último inimigo a ser destruído é a morte” 1 Cor. 15:26., diz Paulo. Ao fazer essa afirmação, não pretendia dizer que a morte seria o último inimigo por ser o maior e o mais importante. Nem tampouco queria dizer que, na nossa lista de prioridades dos males a serem debelados, a morte deveria estar em último lugar.
Pode-se denominar a morte o último e mais temido inimigo da raça humana, porque alega pôr termo àquilo que os sentidos físicos acreditam ser a vida. Para os sentidos materiais, a morte é a conseqüência lógica do modo limitado de eles perceberem a vida. Ora, tal como a ascensão de Cristo Jesus nos mostra, é possível pôr termo ao conceito de vida limitada, em todos os sentidos, sem ter de passar pela morte. Jesus declarou: “Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.” João 8:51.
É mais uma noção errônea da vida o que parece impedir as pessoas de conhecer a realidade tal como Deus, a Vida eterna, a conhece e como nosso sentido espiritual, o sentido puro que ouve e dá testemunho de Deus, intuitivamente a reconhece. A verdadeira existência é a realidade inalterável, em que a Vida, com todas as suas manifestações, não decai nem morre. Podemos, assim, concluir que o inimigo mais importante a ser destruído não é a morte, mas o sentido material de existência: aquele sentido que teme não só o seu próprio declínio e morte, como também o declínio e morte do amor, do suprimento, da segurança, da inteligência, enfim, de tudo o que há de bom na existência humana. Só à medida que esse falso sentido fôr destruído, se nos tornará nítido o sentido espiritual. Este não teme a morte, porque conhece apenas a Vida. Junto com a noção mais acentuada de nossa espiritualidade, vem o domínio pertencente ao homem como a imagem de Deus.
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