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“Havia um amor com que podiam contar”

Da edição de agosto de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem não precisa de mais luz? de maior clareza numa época em que se questionam tantos assuntos? Se nós mesmos estivermos em busca da luz, a experiência de outros “que honestamente procuram a Verdade” Ver Ciência e Saúde, p. xii. poderá servir de ajuda. Esta seção apresenta experiências que podem ser úteis àqueles que estão à procura de novas respostas. Os relatos são mantidos anônimos a fim de dar aos autores a oportunidade de falar livremente sobre estilos de vida e atitudes que talvez tenham sido consideravelmente diferentes dos valores que agora adotam. Tais relatos focalizam necessariamente um determinado período e não têm a pretensão de contar uma história completa. Essas experiências, porém, mostram realmente um pouco da ampla variedade de pessoas que procuram a verdade e a maneira como a luz do Cristo, a Verdade, restaura, redireciona e regenera o modo de viver das pessoas.

Na faculdade, comecei a questionar minhas crenças religiosas e a procurar uma espiritualidade mais profunda. Estava desiludida com a religião em que havia sido educada. Descobri que os ritos não me atraíam, pareciam-me vazios. Havia muito simbolismo, mas não uma base sólida para mim. Tinha certeza de que devia haver algo mais, mas não sabia o quê. Sempre apreciara a Bíblia, estudávamos o Antigo Testamento e o Novo. Até aí, tudo bem. Mas eu não aceitava ou não entendia a doutrina.

Comecei a pesquisar outras religiões, especialmente nos anos de doutorado, quando gozava de muito mais abertura de pensamento, pois já não estava numa faculdade que pertencia a uma determinada organização religiosa.

Alguns anos mais tarde, numa festa, um rapaz que não estava bebendo como os outros, chamou minha atenção. Perguntei-lhe por que não bebia. Respondeu que simplesmente não bebia. No decorrer da conversa, porém, insisti em minha pergunta, pois ele parecia muito em paz consigo mesmo. “Sou Cientista Cristão”, disse.

“Ah”! disse eu, “The Christian Science Monitor. Já li esse jornal. Mas vocês não acreditam em médicos, não é?”

Naquela época, eu trabalhava como psicoterapeuta num hospital no nordeste dos Estados Unidos e tinha também minha clíncia particular. Continuamos a conversa e ele me perguntou se eu gostaria de ir a uma conferência sobre a Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss).

Na semana seguinte, fomos assistir à conferência. Ali foi mencionado o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã. Pedi um exemplar do livro, levei-o para casa e não conseguia parar de lê-lo.

Continuei por algum tempo a trabalhar no hospital. Aí aconteceu algo fora do comum numa sessão de terapia de grupo que eu estava dirigindo.

A terapeuta que trabalhava comigo faltou e eu tive de dirigir o grupo sozinha. Estávamos falando sobre o amor, amor no grupo, amor na família. Alguns pacientes disseram que seus pais não os amavam, que seus irmãos não os amavam, que ninguém realmente os amava e assim por diante.

Naquela semana, a lição bíblica, no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, era sobre o tema "Amor" e eu estivera descobrindo um significado novo na afirmação bíblica de que Deus é Amor. De repente, decidi dizer àquele grupo de pessoas que havia um amor com que poderiam contar sempre: o amor de Deus por eles.

Ficaram quietos vários minutos. Esse é um longo período de tempo para um grupo desses ficar sem se agitar, sem resmungar nem andar de um lado para o outro. Naquele momento, ficou claro para mim que todos haviam entendido e vi-os como filhos de Deus, esplendidamente normais. Parecia que eles estavam tendo o mesmo pensamento, pois homens e mulheres sorriram. Havia uma mulher que tinha um histórico particularmente violento e que olhou para mim. Pude ver como ficou com o olhar cheio de amor.

Essa experiência me fez pensar: “Um momento. Será que eu aceito e entendo isso, isto é, que o Amor divino está aqui e todos podemos confiar no Amor?” Foi muito esclarecedor para o início de meu estudo da Ciência Cristã.

Depois disso, durante as sessões de terapia eu me perguntava: “Como posso ficar aqui pensando que fulano tem tais sintomas, por isso o problema dele é esse ou aquele. .. ?” Quanto mais eu percebia a natureza espiritual do homem como filho de Deus, tanto menos eu aceitava o que a psicologia ensina.

Cheguei finalmente à conclusão de que não podia mais trabalhar no contexto das sessões de terapia hospitalar. Portanto, demiti-me.

Continuei, porém, a trabalhar em minha clínica particular de psicoterapia.

Aconteceu, então, que uma paciente com tendências suicidas me telefonou. Disse-lhe que não estava aceitando novos clientes, mas ela retrucou que estava desesperada. Dei-me conta de que eu estava orando para saber o que fazer. Comecei a achar que devia vê-la e marquei uma consulta. Enquanto conversávamos no decorrer da consulta, pus-me a identificar as características de seu problema, a esboçar um diagnóstico preliminar, a fazer um plano de tratamento. Caí em mim e vi: era a minha mente, o meu diagnóstico, o meu plano de tratamento. “Você pensa que é Deus”, disse a mim mesma. “Você pensa que é você que está agindo.” Ajudei a mulher a encontrar outro terapeuta e, pouco tempo depois, fechei a clínica.

Durante esse período de transição, uma lição indispensável tornou-se clara. Eu estivera trabalhando com a premissa de que minha mente curava, ao passo que Deus é a única Mente verdadeira e Deus é o único que cura. Se houver algo que precisa ser posto a descoberto, isso é feito pela oração, com o Cristo, a Verdade, pondo a descoberto o que precisa ser sanado.

Sendo viúva com um filho pequeno para sustentar, procurei outro campo de trabalho. Um emprego levou a outro e minha carreira tem sido variada, tendo trabalhado inclusive como consultora de várias empresas, na área de desenvolvimento organizacional.

Filiei-me n'A Igreja Mãe dois anos após ter conhecido a Ciência Cristã. O que me surpreende é como a cada ano, ou melhor dizendo, a cada dia realmente, aprendemos cada vez mais. Não é possível expressar isso em palavras. Mas pode ser expresso em sentimentos e o que eu sinto é a paz que procurava. A paz está presente. Talvez a esqueça, às vezes. Mas sempre volto a ela, à paz, ao amor. Por isso sei que é o certo.

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