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Arnaldo aprende a escutar

Da edição de setembro de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Arnaldo gostava do jardim de infância. Todos os dias ele sentava perto de sua melhor amiga, Daniela. Às vezes eles emprestavam os lápis de cera um para o outro e ficavam juntos na fila. Ter uma amiga especial como Daniela era a melhor coisa do jardim de infância.

Arnaldo, porém, precisava tomar cuidado com um problema. Às vezes, ele prestava tanta atenção a Daniela, que não escutava o que a professora dizia à classe. Com isso, não ficava sabendo o que devia fazer.

Nos últimos tempos, então, tinha ficado ainda mais difícil ouvir o que era dito na escola. Arnaldo sentia como se alguma coisa tapasse um dos ouvidos e bloqueasse os sons vindos de fora. Ele falou com sua mãe sobre esse problema e juntos oraram como fazem os Cientistas Cristãos. Isso quer dizer, ficaram quietos e começaram a pensar em Deus, que está sempre conosco. Deus é bom e Sua bondade é o nosso modelo. Ele realmente nos fez bons como Ele é.

Mamãe disse a Arnaldo que no filho de Deus tudo é espiritual. Isso significa que a maneira de nós vermos e ouvirmos também é espiritual. Ela leu aquilo que a Sra. Eddy diz sobre ouvidos, em Ciência e Saúde: "Não os órgãos dos pretensos sentidos corpóreos, mas a compreensão espiritual." Ciência e Saúde, p. 390. Claro, temos olhos e ouvidos, mas a verdadeira capacidade de ver e ouvir é dada por Deus, explicou mamãe. Portanto, nada pode impedir a entrada dos pensamentos de Deus: eles sempre chegam a nós. Mesmo assim, mamãe explicou, Arnaldo devia prestar atenção ao que Deus estava dizendo.

Bem, um dia, no jardim de infância, Arnaldo teve um probleminha. Ele não estava prestando atenção ao que a professora lhe dizia. Aí, disse à professora que ele estava com o ouvido tapado. Ela não sabia que o menino tinha problema de audição e retrucou que, às vezes, se não conseguimos ouvir, é porque não estamos prestando atenção!

Arnaldo sentou-se, mas ficou triste por ter sido repreendido pela professora. Procurou ficar quietinho e ouvir alguns bons pensamentos. Então, teve uma idéia que certamente vinha de Deus. O pensamento era: "Preste atenção e escute a professora."

Aí ele prestou atenção. Fez o melhor que pôde para escutar. E sabem o que aconteceu? O ouvido destapou. Não havia mais nada de errado com o ouvido e ele conseguia ouvir tudo!

Arnaldo ficou tão feliz! Pensou consigo mesmo: "Obrigado, Deus." E daí por diante foi muito mais fácil prestar atenção.

Nota da mãe: "Embora eu estivesse satisfeita por Arnaldo gostar do novo jardim de infância e ter uma amiga, fiquei um pouco preocupada. Ele precisava prestar mais atenção à aula e também ao que eu lhe dizia em casa. Além disso, cerca de uma semana e meia antes, Arnaldo tivera um forte resfriado. Fora curado rapidamente, mas depois disso começara a se queixar de que o ouvido estava tapado. Naturalmente, queríamos que o ouvido ficasse bom e eu achei que, de certa forma, os dois problemas eram parecidos. Vi que a solução estava em confiar na oração e no poder de Deus, como Cristo Jesus fazia ao curar todo tipo de discórdia.

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: "É nossa ignorância acerca de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia, e compreendê-Lo corretamente restabelece a harmonia." 1 Eu queria compreender a Deus com maior profundidade e queria discernir a relação de meu filho com Deus, como Sua imagem e semelhança. Sabia que a capacidade de Cristo Jesus para curar, registrada na Bíblia, era proveniente de sua confiança completa no amor e poder de Deus. Quer se tratasse de um cego, quer de um leproso, Jesus se voltava para Deus e a pessoa era curada.

Portanto, ao orar, procurei reconhecer as qualidades do Cristo, tais como pureza, mansidão, obediência, que eu sabia pertencerem ao filho de Deus por direito de nascença. Procurei evitar o pensamento de que meu filho era uma criatura distraída e indiferente. A Ciência Cristã ensina que Deus cria o homem sem pecado, puro e bom. Portanto, até a falta de atenção era contrária ao desígnio criador de Deus. Continuando a orar dessa forma, fiquei mais segura de que, em realidade, Arnaldo queria ouvir e era capaz de ouvir as intuições espirituais que Deus comunica a Seus filhos.

A cada dois ou três dias, Arnaldo se queixava de que o ouvido ainda estava tapado. Todas as vezes eu falava de sua capacidade espiritual de ouvir os pensamentos de Deus e o incentivava a prestar atenção a esses pensamentos. Por isso, fiquei grata por ele reconhecer que a cura física veio quando ele exerceu a receptividade espiritual e prestou atenção a Deus e à professora. Acho que Arnaldo começou a perceber que realmente é capaz de escutar a Deus e obedecer aos pensamentos que têm origem divina, efeito sanador e que vêm exatamente no momento em que Arnaldo precisa deles.

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