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"O 'macho e fêmea' da criação de Deus"

Da edição de setembro de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Propaganda insinuante, filmes e revistas populares, celebridades conhecidas do público mostram, hoje em dia, cada vez mais ostensivamente, imagens perturbadoras e provocativas, do corpo feminino e masculino. Com freqüência os homens e as mulheres são apresentados como meros seres sexuais, cuja vida é determinada por circunstâncias físicas que quase sempre escapam ao seu controle.

Contrastando, o livro Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, fazendo eco à Bíblia, declara: "Que apareçam o 'macho e fêmea' da criação de Deus.. .. Regozijemo-nos por estarmos sujeitos às divinas 'autoridades que existem'. Tal é a verdadeira Ciência do ser." Ciência e Saúde, p. 249.

No seu primeiro capítulo, a Bíblia define a origem e a identidade de homens e mulheres como espiritual, existente em Deus, a quem Cristo Jesus descreveu como Espírito. Ver João 4:24. Diz explicitamente: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." Gênesis 1:27. Essa criação reflete o único e infinito Pai-Mãe Deus, em quem a identidade masculina e a identidade feminina são igualmente abençoadas com domínio. Que jubilosa liberdade, pureza e integridade se encontram nessa dispensação da bondade de Deus, plena de amor!

Em grande parte, o segundo capítulo da Bíblia apresenta a criação como se fosse material, o que constitui a base da confusão e do sofrimento na história subseqüente de Adão e Eva. Um Senhor Deus antropomorfo cria um homem mortal e uma mulher mortal. Esses filhos da carne são parceiros desiguais e desprovidos de domínio, e, por causa de suas naturezas carnais, acham-se sentenciados, junto com as gerações futuras, a vidas impuras de agressividade e sensualidade.

Compreender essas narrativas acerca das duas criações aguça nossa percepção. Quando aceitamos mais abertamente a realidade do primeiro relato, a falsidade do segundo torna-se aparente. É a partir desse fundamento que nos pomos em ação para provar, passo a passo, o domínio celestial que possuímos sobre as pretensões limitadoras e deprimentes da vida humana, que incluem a doença, o pecado consciente e inconsciente, o medo, a ignorância.

A Ciência Cristã ensina que há uma só criação, à qual pertence por inteiro o que é gerado do Espírito e que nada contém que seja dessemelhante do Espírito, o bem. Mas a maior parte da teologia e das ciências humanas aceita que o homem tem duas identidades, um corpo físico, mortal, e um espírito ou alma, imortal, cujo bem-estar é determinado pelo físico.

A base para considerar mortal o homem e a mulher é sobretudo a crença de haver vida na matéria. Esse mito fundamental quer fazer-nos acreditar que a vida depende de parâmetros, forças e instintos físicos, sugerindo com agressividade que os homens e as mulheres são dominados pelo sexo, pela hereditariedade, pelo meio ambiente, pelos costumes populares, pela pressão da sociedade, por experiências do passado. A imagem mortal associada aos gêneros masculino ou feminino também pretende influenciar quase todos os aspectos de nossa vida e corromper ou suplantar nossa verdadeira identidade, que é espiritual.

Orar e estudar a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy eleva a consciência individual, a ponto de vermos cada vez mais da imortalidade de homens e mulheres, reconhecendo a masculinidade e a feminilidade espiritual do homem que Deus criou, homem e mulher. Os dois emanam do único Deus, um Deus que tem caráter tanto masculino quanto feminino, e expressa força, sabedoria, misericórdia, justiça, ternura, pureza, amor.

Um aspecto maravilhoso desse estudo é que, graças a ele, compreendemos que tais qualidades não são limitadas pelas definições humanas do gênero. Todas as qualidades são nossas por reflexo espiritual e, portanto, podem ser manifestadas livremente por homens e mulheres, pois são os filhos de nosso Pai-Mãe Deus. Por conseguinte, nenhum filho de Deus se encontra privado, sob nenhum aspecto do ser ou da capacidade de expressá-lo.

Cristo Jesus deu o exemplo dessas qualidades masculinas e femininas oriundas de Deus, ao conservar pura a compreensão de sua identidade espiritual. A humildade e a terna compaixão capacitaram-no a ouvir a voz de Deus e a discernir as necessidades humanas. A coragem e fortaleza espiritual o ajudaram a desvencilhar-se das garras do ódio e a depositar uma confiança mais elevada em Deus, levando-o a demonstrar por fim a identidade imortal. Os falsos traços de masculinidade, beligerância, luxúria, violência, animalidade, não faziam parte do caráter de Jesus, assim como os traços falsos de feminilidade, medo, fraqueza moral e indecisão tampouco o dominavam.

Nossa compreensão do "'macho e fêmea' da criação de Deus" reflete-se em nossa vida humana, mas não é formada ou limitada pela sexualidade, pois a sexualidade é, ela própria, um elemento da crença material, uma pretensão segundo a qual homens e mulheres são individualmente incompletos, de natureza sensual, que estão em fricção contínua e de que a humanidade é reprodutora e criadora.

A Ciência Cristã, ao reconhecer a natureza inteiramente espiritual da realidade e da criação, apóia e incentiva o relacionamento útil e feliz que pode existir entre homens e mulheres. Jesus, numa das primeiras realizações de seu ministério, transformou água em vinho numa boda. Ver João 2:1-11. Até que tenhamos demonstrado por completo a pureza absoluta e a inteireza da criação espiritual, o casamento é a única disposição para coabitação dos sexos e para a procriação que permite o progresso espiritual e promove a verdadeira masculinidade e feminilidade. A racionalização humana, procurando justificar o sensualismo, tenta sancionar outros tipos de relacionamentos com envolvimento sexual, que não passam de tentativas da mente carnal para se justificar. Tal mentalidade sabotaria, se pudesse, a genuína masculinidade e feminilidade e também pretende impedir o desenvolvimento do terno amor e da firme bondade que conferem felicidade e segurança aos relacionamentos humanos.

Quando compreendemos e aceitamos nossa identidade espiritual integral, estabelecida por Deus, gozamos progressivamente, através de relacionamentos sadios e duradouros, aquilo que no Princípio divino é fixo, imutável, harmonioso e incontaminado. Sob o governo desse Princípio, o Amor divino, tanto sua expressão masculina como a feminina, desconhecem exploração, discriminação, injustiça, competição ou guerras. Sob as leis do espírito, ninguém, homem ou mulher, é rejeitado, desprezado, feio ou incompleto. Na plenitude da criação, cada voz se harmoniza com a outra voz, preenchendo em pureza sua posição individual e sua expressão, livre do mítico legado de Adão e Eva.

Podemos ver agora "o 'o macho e fêmea' da criação de Deus". Podemos aceitar nossa identidade de filho ou filha de Deus. Haverá alguma razão para não começarmos já?

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