Criei-me Em uma família que se sentia próxima a Deus. Com isso não quero dizer que falávamos muito acerca dEle. A verdade é que Deus era uma realidade, uma presença constante. Sentíamos que Ele estava conosco, sempre, um sólido fato espiritual em nossa vida.
Certa vez, meu pai ficou muito doente e meu irmão e eu tivemos de ir para a casa de nossa avó. Papai estava estudando a Ciência Cristã e ele optou por receber os cuidados necessários por meio da oração e tratamento de uma praticista da Ciência Cristã. Vovó nos disse que era algo grave, pneumonia, mas papai foi curado e dentro de uma semana meu irmão e eu voltamos para casa.
Essa experiência me mostrou que se pode confiar no amor de Deus. Comecei a perceber que o poder de Deus para curar estava disponível para todos os que O amam e Lhe obedecem.
A história de minha família inclui outras curas obtidas por confiarmos em Deus. Uma de minhas avós fora curada de tuberculose, graças ao que havia aprendido no livro Ciência e Saúde de autoria de Sra. Eddy. Quando meu pai estava na faculdade, foi curado de sérios ferimentos que sofrera ao jogar hóquei sobre o gelo.
Durante minha adolescência, eu costumava ter muitas dúvidas. O que causa a doença? Por que havia guerra? O que é a oração? Comecei a encontrar as respostas, especialmente em histórias bíblicas que me mostravam que Deus está perto de nós, em nossa vida. Na Escola Dominical da Ciência Cristã, aprendi que Deus é Tudo-em-tudo e totalmente bom.
Ao estudar a vida de Cristo Jesus, as curas das doenças me pareciam maravilhosas. Provavam, novamente, que o amor de Deus toma conta de nós em todos os modos. E elas explicavam a cura de meu pai. Pensava bastante sobre a cura que Jesus realizou do homem nascido cego, que declarou para aqueles que o questionavam: “Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito.”
Desse contexto familiar e do que aprendi na Escola Dominical da Ciência Cristã, cheguei ao casamento e tive meus próprios filhos. Portanto, foi natural para mim, ao educar meus três filhos, confiar nesse mesmo Amor divino, Deus, que havia guiado e curado a mim e a meus pais por tanto tempo. Como eu sentia profundamente a responsabilidade pelos filhos a quem amo muito, meu senso prático me levava a estar alerta como nunca e a confiar naquilo que era real, naquilo em que se podia confiar para atender a todas as necessidades da família.
Comecei a perceber como a oração e a compreensão espiritual modelam a vida em família. Desejando compreender acima de tudo o significado prático da vida e das obras de Jesus, dedicava muito tempo ao estudo do que ele ensinou e procurava pô-lo em prática. Compreendi que ser uma pessoa cristã implica muito mais do que ocasionalmente recitar palavras e ir à igreja aos domingos. Assim como a obediência a normas fixas é requisito em qualquer ciência, assim também para praticar a Ciência Cristã é preciso ter devoção abnegada e centrada no Princípio divino estabelecido.
Ciência e Saúde esclarece: “A acusação de haver incoerência nos métodos cristãmente científicos de lidar com o pecado e a moléstia, é enfrentada com algo de prático — a saber, a prova da utilidade desses métodos; e as provas são melhores do que meros argumentos verbais ou orações que não demonstram nenhum poder espiritual para curar.”
Isso é o resumo da maneira como encarei o bem-estar de nossos filhos, o que era minha prioridade máxima. A melhor orientação que eu podia obter e que eu conhecia, era a compreensão de Deus como nosso Pai e Mãe real. Isso incluía a profunda confiança de que doenças, desespero, confusão moral, ciúmes, tristeza, falhas de caráter, problemas de suprimento, medo, podiam ser resolvidos e curados da maneira como Cristo Jesus fazia, por meio da oração. Baseei minha confiança nas experiências de minha própria vida e nas evidências do Novo Testamento.
E isso tem sido algo prático. A aplicação da Ciência Cristã e da cura espiritual tem resultado em proteção, orientação, integridade emocional e saúde física para nossa família durante mais de trinta anos. Embora tenhamos tido alguns incidentes de graves doenças, as crianças foram curadas. Catapora, sarampo e coqueluche foram rapidamente curados e em muito menos tempo do que o previsto pelas autoridades sanitárias, a quem havíamos notificado. Uma grave reação alérgica a picadas de abelhas foi curada e o problema ficou permanentemente sanado sem uso de medicação. Um dente que o dentista declarou morto (devido a um acidente) foi restaurado. Uma desordem interna dolorosa foi completamente vencida. Houve muitos incidentes de proteção, muitas ocasiões em que as crianças se mantiveram firmes ao rejeitar o uso do álcool e das drogas e foram resolvidas complicações pessoais.
As palavras do Salmista têm muito significado para mim: “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas.” E também: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; ... e te coroa de graça e misericórdia.”
Sempre que os amigos me perguntam como superamos os anos tão complexos em que os filhos estavam crescendo, eu dou o crédito a Deus, sem reservas. Tendo vivido num contexto familiar, produto de oito décadas de confiança e demonstração, eu não poderia, em sã consciência, ter confiado em nenhum poder inferior. Deus foi e é nosso companheiro chegado, é quem nos consola, cura e restaura.
