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Quando sentimos que desperdiçamos nossa vida

Da edição de dezembro de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Banhado Em Lágrimas, um amigo me disse: "Só agora compreendo que desperdicei minha vida." Uma doença repentina levou-o a refletir sobre a possibilidade de morrer e, ao analisar o tipo de vida que levara, percebeu que até então havia meramente sobrevivido. Sem se dar conta, ele estava de luto profundo. De luto pela vida que nunca vivera e que poderia ter vivido.

Lamentava ter passado a vida inteira acumulando dinheiro, em vez de se dedicar a seu genuíno talento artístico. Lastimava-se por nunca ter tido filhos e por um casamento que era mais uma guerra surda. Sentia pesar por ter levado uma vida de poucos amigos e ainda menos alegrias. E agora, ao enfrentar o crepúsculo de sua vida, sentia-se desesperado.

Segurei sua mão e tentei confortá-lo. Talvez esse gesto tenha ajudado mais do que qualquer coisa que eu tenha dito naquele dia. Ele se animou um pouco e agradeceu-me por escutá-lo. Disse-me que, de alguma maneira, agüentaria tudo aquilo.

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