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A cura pela operação do Princípio divino

Da edição de março de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Escola Dominical, uma manhã, a conversa se deteve na questão do que ocorre quando alguém é curado por meio apenas da oração — quando não se recorre nem a medicamentos, nem à cirurgia. Estávamos falando sobre uma senhora que fora membro de nossa igreja filial, que havia sido curada de câncer no rosto.

Foi uma bela cura testemunhada por toda a igreja. Essa senhora tinha ficado virtualmente desfigurada por esse crescimento canceroso que ameaçava estender-se mais. Quando a cura ocorreu, exclusivamente pela oração, foi completa. O tumor desapareceu, deixando-a intacta, em perfeita saúde, sem cicatriz ou sinal.

Então os alunos perguntaram: O que aconteceu? Como pôde algo que parecia tão real e substancial como isso, simplesmente desaparecer? Como ela orou para conseguir tal resultado?

Essas perguntas levaram-nos a uma citação do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, onde sua autora, a Sra. Eddy, diz: “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma.”

A cura por meios exclusivamente mentais e espirituais, daquilo que aparentava ser um caso grave de enfermidade, exigiu, é óbvio, a recusa radical dessa mulher a aceitar a evidência do sentido material, por mais agressiva e duradoura que se apresentasse. Tal recusa teve de ser baseada na lei científica, no fato espiritual, não meramente em palavras humanas. Pela oração apoiada na compreensão, ela teve de desenvolver e manter uma confiança em algo mais elevado do que a matéria para curá-la. Quando sua cura ocorreu, foi a prova de que a treva denominada doença grave não era, por certo, substância, mas sombra; não era realidade, mas irrealidade. O desaparecimento da doença demonstrou que não é a doença, mas a saúde, que é real e substancial.

Na Escola Dominical, então, entendemos que foi a operação do Princípio divino, não a mera petição humana sob o nome de oração, que levou à cura. Entendemos que o processo de cura é unicamente uma questão de elevar o pensamento para compreender o que está realmente acontecendo no reino de Deus. Essa elevação do pensamento trouxe o erro à luz e essa “operação” fez o erro corpóreo perder realidade na consciência da mulher (o único lugar onde pretendera existir) e desaparecer naturalmente. Os alunos concluíram que a cura metafísica implica em se obter um ponto de vista espiritualmente mental, a partir do qual o homem não é mais considerado material, mas sim a imaculada imagem e semelhança de Deus.

As pessoas não familiarizadas com a linguagem da Ciência Cristã talvez rejeitem a declaração de que a doença “não é real” ou de que é “ilusão”. Afinal, dizem os sentidos, ela existe, é real, é dolorosa. No entanto, se aceitamos, sem reservas, o que os sentidos materiais nos dizem, acabamos concordando com essa conclusão. É justamente isso que não devemos fazer.

A resposta da Ciência Cristã para a doença é encontrada em mais de um século de curas bem autenticadas. Por meio da oração ensinada pela Ciência Cristã, milhares de casos de doença e enfermidade foram curados, muitos deles depois de médicos terem abandonado toda esperança de restabelecimento. Em toda cura pela Ciência Cristã, Deus, o Princípio divino do ser verdadeiro do homem, opera para elevar a consciência do sofredor. Força-o a desviar-se resolutamente da evidência material mesmérica, cheia de medo, para a realidade espiritual de saúde e de inteireza que o homem expressa como imagem e semelhança espiritual de Deus. À medida que o sofredor obtém confiança nessa verdade e no poder curativo de Deus, ele vê desaparecer a evidência da moléstia física. A escuridão do pensamento mortal dá lugar à consciência divinamente iluminada da vida espiritual.

Cristo Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Seu pensamento sempre foi iluminado pela verdade em vista de seu sentido de total unidade com Deus. Repetidamente afirmou que ele mesmo não era a fonte da cura, mas que Deus, o Pai, fazia as obras. Seu sucesso magnificente ao curar originava-se de sua capacidade incomparável para perceber que Deus, o bem onipotente, é a única fonte de vida do homem e que, portanto, os males têm somente uma natureza ilusória. Ele reconhecia o pecado, a doença e a morte como ilusões, onde outros os viam como realidades. Como Filho de Deus, Jesus tinha uma compreensão natural de como o Princípio divino opera. Declarou-o sucintamente: “... o reino de Deus está dentro em vós.”

O método de cura da Ciência Cristã não se assemelha a nenhum sistema humano de tratamento. A cura ocorre unicamente por meio do sentido espiritual iluminado. Apóia-se somente no Princípio divino, no Amor divino, sempre em ação. Emprega as mesmas forças espirituais de cura nas quais homens e mulheres da Bíblia confiaram e provaram ser eficazes. Essas forças curativas são mentais, não físicas; espirituais, não materiais. A cura pelo Cristo não é uma ação química ou física. É exclusivamente uma ação do pensamento espiritual inspirado.

Ao buscar o método curativo de Cristo, você e eu devemos evitar o erro de encobrir, com declarações baseadas na Ciência Cristã, este ou aquele problema e chamar a tal processo de “tratamento”. Tal erro arrisca-se a fazer real o que não é nada mais do que uma falsa crença para então “tratar” essa falsa realidade tentando fazê-la desaparecer na irrealidade! Em vez disso, devemos erguer cada sugestão de dificuldade, cada atroz reivindicação, até o resplendor da luz divina, onde a nulidade do mal pode ser constatada e comprovada.

Tratamento, de acordo com a Ciência Cristã, é oração, não fórmula intelectual. Na Ciência a oração fervorosa traz o erro de pensamento à presença do Princípio divino, onde é destruído pela onipresença do Amor. O meio científico é usar a dificuldade para demonstrar a Ciência em ação. Assim, cada um de nós pode provar que a operação do Princípio divino inclui toda causa e efeito reais. É dessa forma que demonstramos e compreendemos que a Ciência que Jesus trouxe ao mundo, entendida e aplicada corretamente, ainda resolve todo e qualquer problema por meios espirituais, independentemente de seu suposto nível de dificuldade.

Há muitos anos tenho ponderado e amado esta declaração profundamente espiritual da Sra. Eddy, em Ciência e Saúde: “Se o Espírito ou o poder do Amor divino dá testemunho em favor da verdade, isso vem a ser o ultimato, o modo científico, e a cura é instantânea.” Não há nada nesse magno conceito fundamental que nos leve a crer que sejamos pessoalmente responsáveis pela cura. A verdade é o sanador. Somos, entretanto, responsáveis pelos nossos próprios pensamentos e precisamos refletir a Verdade. Nossa parte é opor resistência vigorosa, por meio do Cristo, a todas as sugestões atrozes da mente carnal e exigir e aceitar como nossos somente os pensamentos ou idéias que dão testemunho de Deus, o Espírito. Quando expostas ao resplendor da luz divina, as discórdias, que erroneamente aceitamos como substanciais, perdem realidade na consciência humana e desaparecem.

Deus, o Princípio divino, está sempre em ação. O Princípio divino, o Amor, conhece apenas a si mesmo, sua própria perfeição imaculada e o homem como semelhança pura e espiritual de Deus. Deus conhece-nos somente como Seu reflexo, manifestando Sua divina luminosidade. Ele brilha em onipotência e onipresença, iluminando toda a criação, removendo todas as sombras. Essa é a compreensão que cura.

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