Ao retornar para casa após a Segunda Guerra Mundial, quando senti a proteção e a orientação do Amor divino, orei para ser conduzido a um trabalho em que poderia servir à humanidade de uma forma eficiente e prática. Antes da guerra, eu trabalhava como diretor artístico numa agência de publicidade, mas não queria voltar para o mesmo tipo de trabalho, embora tivesse ganhado bem para sustentar minha família.
Enquanto orava a respeito da situação, volvi-me a esta frase da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações.”
Pouco tempo depois, fui impelido a me filiar a uma associação de artistas profissionais. Em seguida, tive diversas ofertas de trabalho. Entretanto, não as aceitei, esperando o ideal antevisto e continuei a confiar no Amor divino.
Depois de esperar mais ou menos um mês, recebi um telefonema da diretora da associação de artistas. Ela estava muito entusiasmada com um telefonema que recebera das Nações Unidas. Estavam procurando um artista gráfico para criar projetos educativos que informassem o público sobre as Nações Unidas e suas atividades. Fui entrevistado e, duas semanas mais tarde, avisado de que fora escolhido para o cargo.
Aquilo era muito mais do que eu tinha sonhado. Imaginem minha alegria ao desenhar o primeiro cartão de Natal da ONU e trabalhar numa grande variedade de projetos criados para servir aos interesses de todas as nações. Amizades vitalícias se formaram. Minha taça de fato transbordou.
Penso que o trabalho na ONU daqueles primeiros anos demonstraram a promessa feita no Apocalipse: “Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar.” Aquela função permaneceu, de fato, uma porta aberta plena de oportunidades e firmou meu trabalho e reputação profissionais num alto nível pelo resto de minha carreira.
Minha família e eu tivemos muitas curas na Ciência Cristã. Certa ocasião, comecei a sentir muita dor nos pés. Os ossos começaram a se expandir e fui obrigado a comprar calçados maiores. Continuei a orar a respeito do problema.
Um dia, quando cheguei ao meu escritório na cidade, liguei a secretária eletrônica e ouvi uma mensagem bastante surpreendente. Parecia ser a voz de uma mulher falando num ritmo estranho, amaldiçoando-me numa linguagem extremamente vil. Dizer que fiquei chocado é pouco. Ouvi de novo a mensagem para ver se podia entender alguma coisa, mas não consegui. Aí dediquei minha atenção a esta maravilhosa afirmação em Ciência e Saúde: “Revestido com a panóplia do Amor, estás ao abrigo do ódio humano.” Assim revestido, fui tratar dos negócios do Pai.
Ao sair do escritório naquele dia, coloquei a fita na minha pasta e levei-a para casa. Mais tarde naquela noite decidi ouvir a fita novamente. Fiquei muito espantado ao ouvir meu nome sussurrado no meio daquela feitiçaria. Toquei novamente aquela parte e de novo ouvi meu nome sussurrado e depois as palavras: "Como estão os seus pés?" A pergunta estivera oculta na feitiçaria.
Volvi-me a Deus com gratidão. Percebi com nitidez que o problema não era simplesmente físico. Orei, reconhecendo o poder da Verdade para lançar no esquecimento essa imposição mental agressiva.
Minha oração teve resultados. Em poucos dias, meus pés voltaram ao tamanho normal e o problema não mais se repetiu. Mais uma vez o Amor divino me ensinara uma valiosa lição que reforçou minha compreensão da Ciência.
“Jesus de Nazaré ensinou e demonstrou a união do homem com o Pai, e por isso lhe devemos homenagem eterna”, escreveu a Sra. Eddy em Ciência e Saúde, revelando a Ciência dessa união. Palavras são insuficientes para expressar minha gratidão sincera pela Ciência Cristã e sua Descobridora, a Sra. Eddy, e por todo o bem que tem abençoado minha família e a mim, através do estudo e da prática desta Ciência.
Shelter Island Heights, Nova Iorque, E.U.A.
